Opinando e Transformando - Marc Souza
Nome: Marc Souza
Autor dos livros de crônicas: Casos, Acasos e DEScasos – Várias Variáveis de uma Vida Sem Graça Fatos, Relatos e Boatos. É colunista do Jornal Interativo de Dracena.
Reside: Dracena interior de São Paulo
Em sua opinião, o que é cultura?
Cultura é o conjunto de costumes, tradições de um povo, de uma nação, de uma determinada região, inclusive a sua língua. No entanto, para mim a cultura também é um meio de se manter estes costumes, de perpetuá-los por gerações, através da arte. Seja escrita, desenhada, representada.
Você se considera um difusor cultural?
A arte de um povo é a cultura em seu formato bruto (talvez a mais importante forma de cultura), por que é através dela que se transmitem os conhecimentos de um povo, pois o artista através de sua sensibilidade retrata o meio em que vive num determinado momento da história.
Qual é o seu papel neste vasto campo da transformação mental, intelectual e filosófica?
Meu papel como difusor cultural é a de retratar por meio de minhas crônicas (semanais no Jornal Interativo ou nos meus livros) o momento em que vivemos, seja político, seja comportamental, de forma que todos analisem o dia a dia e tomem suas próprias conclusões acerca do meio em que vive. Seja na cidade, no estado, no país e até no mundo.
A cultura liberta ou aprisiona os indivíduos?
Quando falamos em cultura falamos em liberdade. Liberdade de expressão, liberdade de pensamento. Liberdade no jeito de falar e de viver, pois, quanto mais bagagem intelectual, mas consciente o ser humano fica. Consciente da sua vida e das suas limitações, consciente do meio em que vive e da sua real importância para a sociedade. Para a comunidade em que vive. A partir daí ele começa a tomar decisões mais sensatas e baseadas no bem comum. A pessoa “culta” analisa todas as situações nas suas mais diferentes formas e forma o seu caráter. A pessoa culta não se deixa ludibriar por meras palavras jogadas ao vento, ele questiona, ele pensa, ele sugere, ele analisa o que está vivendo, não se deixa levar por meras palavras bonitas, sem qualquer nexo ou qualquer explicação plausível. Ele não se deixa enganar.
Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?
Infelizmente a difusão cultural é muito difícil no país, pois, não há apoio, e o que é pior, não há interesse por parte da maioria da sociedade que considera a cultura seja em qualquer tipo de expressão algo supérfluo. Esquecem-se que a cultura de uma região ou estado ou até mesmo do país esta até no tipo de alimentação. Pratos típicos de uma determinada região fazem partes de sua cultura. A sua língua (falada) e seus tipos regionais (gíria) também fazem parte da cultura. Mas infelizmente, a sociedade e principalmente o estado deixa a cultura sempre em segundo plano. Não dá a devida importância, se esquecem que, calando os divulgadores culturais as tradições dos povos (suas danças, comidas, gírias, músicas), das regiões podem desaparecer para sempre.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural brasileiro e mundial?
A era digital está contribuindo e muito para a perpetuação de algumas tradições e até ajudando no estudo trazendo à tona costumes a muito esquecidos. A divulgação das diversas formas de arte através da internet está deixando um registro histórico e fiel, principalmente, acerca da maneira em que vivemos hoje em dia e que poderá, no futuro, ser de suma importância para a análise do nosso comportamento e principalmente das mudanças comportamentais da nossa geração perante as gerações anteriores, e claro, quanto as próximas gerações.
Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?
Espero que todos os agentes culturais do país não desistam nunca desta nobre missão. Por que é uma missão, nobre, linda, maravilhosa. Pois sem os agentes, que por muitas vezes, ou melhor, na maioria das vezes, realizam o seu trabalho por amor. Realizam o trabalho de graça, quando não tiram o dinheiro do bolso para realizá-lo. A cultura de um povo tende a desaparecer. Desaparecendo também a sua identidade. Perdendo para sempre o que lhe é mais sagrado que é a sua individualidade, a sua exclusividade.