RELAÇÔES HUMANAS NAS EMPRESAS E ASSOCIAÇÔES CIVIS

Dr. Márcio – Soube que o Senhor é um Consultor de Relações Humanas, em diversos locais, inclusive na es-cola do meu filho. Para que isto é aplicado? T.N.J.

Meu caro – Na prática do dia a dia, percebi que as pessoas “se vestem” de dominadoras, esperando com isto uma obediência “produtiva” nos diversos segmentos da sociedade.

Só para que veja a comprovação disto, cito a “governabilidade”, onde a população elegendo pessoas ditas “responsáveis”, colocaram tanta “tranqueirada”, que hoje estamos em crise econômica séria.

Descobri que a administração em diversos setores, se fundamentava num comportamento rígido, onde os subalternos eram obrigados a se fecharem, obedecerem aos comportamentos inadmissíveis e muitas vezes até sabotarem as instituições, de forma sigilosa.

Assim percebi que se mostrasse como poderíamos fazer a felicidade dos que convivemos, as associações e empresas se tornariam um lugar de paz, amor e dedicação, melhorando e aumentando até a produção e os re-sultados.

Consegui inicialmente adentrar empresas de porte, onde eu ficava sabendo, que os tratos indevidos criavam atritos e passei a mostrar-lhes coisas óbvias, como: “Quem agride está inseguro” e muitas vezes despreparado para o seu cargo, usando a rigidez para ocultar sua incapacidade.

Mostro nestes trabalhos, que a produtividade e o ambiente tranqüilo devem ser obtidos, principalmente quando somos capazes de aprender, que errar é humano, que ninguém tem sabedoria total.

Aos poucos, como já citei nesta coluna, os inseguros se fecham e apesar de serem competentes e percebe-rem a insegurança de quem os comanda, preferem se calar, por saberem que se constatarem o correto, pode-rão ser tripudiados e até rebaixados de cargo, ou mesmo despedidos.

Quero lhe dizer, que isto não ocorre só em empresas, mas em todas as áreas humanas, começando pelas famílias.

Conheço milhares de casos, onde “os mandantes” destroem a confiança e a capacidade de ter alegria ao re-alizar as funções de seus “obedientes”. O ambiente se torna fechado e o local passa a ser ambiente de tristeza e decepção.

Para demonstrarmos isto aos participantes das Consultorias, evitamos ditar normas, mesmo que sejam uni-versalmente comprovadas. Fazemos perguntas, sem dar respostas e criamos novas perguntas, sem caráter crítico, sobre as respostas. Aos poucos conseguimos ter um consenso sobre o que “está faltando naquela me-sa”. Daí fica mais fácil de obtermos sugestões, sem agressão, de como agir, onde deixamos claro, que as su-gestões não têm que ser inicialmente corretas, mas irão se adaptando e aperfeiçoando, conforme vamos per-cebendo as correções.

Tenho notícias, para lhe contar, de alunos que relatam atitudes tão agressivas de professores e direção de escolas, que muitos, propositadamente fingem e depois se sentem incapazes de aprender determinadas maté-rias.

Conheço casos em que professoras ditaram nomes pejorativos ou xingamentos fora da moral, a alguns de seus alunos, muitas vezes tentando brincar, ou tornar o ambiente melhor.

Nos estudos que fazemos nas empresas, nunca procuramos jogar regras para a realização de determinados proveitos, mesmo que estas observações, já tenham sido comprovadas em outras empresas.

Já percebi, que até no campo de algumas religiões, ao contrário de pregarem um Deus rígido com os com-portamentos humanos, se elas direcionassem seus fiéis para uma descoberta de como ser feliz, tenho certeza de que Nosso Pai iria adorar estas atitudes de melhorias.

Nos lares, por exemplo, de que adianta a imposição de um dos conjugues, ou de ambos, sobre o compor-tamento em geral? Só cria desavenças, onde “o que manda”, cria tristeza e até doenças psíquicas nos demais.

A prova disto, eu tive ao constatar casos precoces de Arteriosclerose Cerebral e outras doenças graves, em lares, onde a paz fugiu. Para mim é uma ofensa a Deus, casais que buscam a desarmonia, pois creio que ele não pune ninguém. Somos nós que causamos nossas desgraças, por não estarmos em paz, alegres.

Enquanto não percebermos que a paz se faz procurando corrigirmos, parando com a agressão, para escon-der a insegurança do agressor e suas incompatibilidades, nós seremos fracos e despreparados.

Isto vale até para inibir políticos safados, que esperam ficar ricos, prejudicando até a natureza, fingindo es-tarem dando recursos excessivos, obrigatórios, em época de economia, para faturarem mais com as multas exageradas aplicadas, que me fazem perguntar: “Irão para o bolso de quem?”

Felicidades e tenhamos sempre os pés no chão e em nossa cabeça a idéia, que sendo felizes, no mínimo es-taremos agradando ao PAI, que nos quer alegres e felizes, sem exigências absurdas. ELE apenas espera que nos amemos.

Tudo que é percebido com lógica nos torna mais eficazes. Nada de invenções sem substrato compreensível, ou falso.

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