RELACIONAMENTOS: COMO MELHORÁ-LOS?
Dr. Márcio - Desejo antes de tudo felicitá-lo pela ajuda que intenta dar à população.
Gostaria de solicitar-lhe um artigo sobre como melhorar os relacionamentos, principalmente os conjugais. Eu e minha esposa brigamos muito. Sei que isto ocorre porque estou infeliz num emprego público e apesar de eu saber que gostamos um do outro, não sei como deixar em branco as coisas que ela me fala.
Pode me ajudar? Sei que já falou sobre isto, segundo me relatou o Anselmo, meu irmão. Ricardo
Ricardo - Obrigado pela pergunta, pois sei que lá em cima, Alguém se alegra com meu trabalho.
A população procura aparecer, como tenho dito em meus artigos. Mesmo quando sabemos que a vida está difícil, cara, com muito trabalho e pouca remuneração, exceto para os ‘espertos’.
Assim muitos só pensam em ter um belo túmulo, limpinho, visitado pelos parentes e amigos e que chorem a sua falta, mesmo que o que contribuíram foi muito pouco.
Basta andarmos pela rua, para percebermos o quanto estão elegantes e frequentadores de academias, para não engodarem, pois a comida é a sua maior fonte de prazer, isto quando ainda conseguem sentir outros pequenos prazeres, muitas vezes obtidos com elogios falsos de amigos.
‘Ver a realidade da vida’, que desperdício de tempo! “Vamos que vamos!”.
Meu sistema de trabalho, como psiquiatra, mostrou-me que preciso de um mínimo de medicamentos, na maioria dos casos, pois é a depressão a maior causadora de tanto sofrimento. Assim o trabalho tem que ser feito com pelo menos 90% de introversão, apesar da turma acreditar que sei fazer milagres.
Mostro-lhes que se for necessário, algum medicamento, o usaremos, mas buscar e encontrar as causas de seus sofrimentos os auxiliará demais e posso garantir, “quem não se conhece, se esmorece”
Existe um canto popular, que ignoro o autor, que diz: “comer, comer, beber, beber...” como se a solução é obter prazer com satisfações incapazes, tipo ‘meia boca’.
A melhor maneira de sermos felizes, como conta a história, não consiste em comer a maçã, para saber muito, ser super-homem, como dizia a dona Eva, a do paraíso, influenciada pelo diabo.
Às vezes fico brincando e digo que talvez ela fizesse isto porque Adão não dava muita conta do “recado”. Tanto não foram felizes, que o Velhinho os expulsou de lá e Caim matou Abel.
Está vendo como o problema de relacionamento amoroso é complicado? E existem pessoas religiosas que afirmam que a fruta do “pecado”, não foi a maçã e sim a banana. Será que a banana andava escassa e o diabo conseguiu fazer a tentação?
Mas vamos ao que interessa. Creio que para achar uma comunicação perfeita entre o casal, precisa-se em primeiro lugar saber integralmente quem eu sou, o que faço, quais meus modos de reagir e agir, como agrado sem mentiras, como demonstro meu amor, como faço para que a outra metade sinta-se amada, para que veja que estou buscando mudar, sem exigir que ela mude, percebendo o bem que isto pode fazer a nós dois.
Se a outra metade tiver certeza de que os gestos são sinceros, ela vai buscar ver seu interior, a sua maneira de ação e reação, procurando achar um “modo vivendi”, compatível com a felicidade corrigida.
Parece muito fácil, não é mesmo? Então porque não o fazem? Porque tem muito medo de não ser uma pessoa ideal. “Tapar o sol com a peneira”, parece mais adequado, menos trabalhoso, mais escamoteante. Para que buscar defeitos, se posso escondê-los?
Conheço pessoas que para conseguirem que a outra faça exatamente como elas querem, repetem a ordem direcionada, quatro a seis vezes, até que o outro se canse e para ficar livre faça o exigido, mesmo que não seja o adequado.
Isto traz uma canseira, um afastamento enorme dos dois.
Conheço pessoas que nem esperam que a ordem seja repetida, cumprem-na, como se estivesse alisando seus cabelos com as mãos, sem perceber que a cada dia se tornam mais facilmente controláveis.
Além do incômodo causado psiquicamente, a humanidade virou “burrinho de cangalha”, que repete o mesmo caminho transportando sua carga, até no domingo, quando pode descansar.
Quais as consequências de todas estas ações? Vida agitada, sono com pesadelos, ou insônia, despejar o cansaço nas costas de seus comandados, tornar-se arredio, socialmente com contatos curtos e quase sempre agradando quem o interroga, com diminuição a cada dia de seu futuro realizador, sendo que conheço inúmeros casos onde uma parte do casal assume o papel da outra, tornando-a serviçal, ao contrário de crescer profissionalmente, com prazer.
Muitas empresas têm seus chefes ditadores, geralmente em voz alta, onde se o funcionário não entende a ordem por inteiro, acaba causando prejuízos que gerarão sua dispensa ou xingamentos inolvidáveis. Na verdade se a ordem dada pelo superior fosse acompanhada de um elogio, sobre a participação do empregado no crescimento que a empresa, ele funcionário realizaria com melhor aplicação e prazer.
Se ler o que escrevi no parágrafo acima é tão fácil e lógico, qual a causa de não ser empregada?
Alguns patrões me confidenciaram que tem medo de elogiar e o empregado tomar partido e se tornar incapaz, ou preguiçoso. Ao ouvir isto, pergunto: “Quem fez a contratação estava capacitado para tal, ou contratou porque sentiu que o futuro empregado era um paspalho, engolidor de chumbo?
Como Consultor de Relações Humanas nas Empresas encontro frequentemente com este tipo de atração marginal (= marginal não é usado como bandido, mas como semelhante a), mostrando que principalmente um multiempregador precisa ter muito equilíbrio, para colocar sua empresa estável, a menos que só receba propinas.
Toquei neste assunto de propósito, pois quis mostrar que o relacionamento ótimo não é necessário apenas no casamento, mas na formação completa do pensamento humano.
Quantos casos de doenças são gerados por esta conduta inadequada? Milhões.
Olhar para dentro, esta a principal expectativa do Criador. Tenho certeza, pois ele espera que sejamos felizes.
Tenho dito (e não tenho vocação para ser Cardeal)!
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