ENTREVISTAS Conjuntas

Esculápios, ou esculachos?

Dr. Márcio – Os Jornais estão divulgando incessantemente, que o “Programa Mais Médicos” permitiu a entrada de pessoas que nunca frequentaram uma Faculdade de Medicina e foram enviados ao brasil para atendimento à população. Como O Senhor vê isto? – José Carlos P.

José Carlos – Quando li sobre esta decisão escrevi um artigo, que você deve ter lido, onde eu falava que a maioria dos médicos que não atendem nos órgãos governamentais, o fazem por perceberem que o pagamento profissional os leva a passar fome, se candidatarem-se a este tipo de assistência médica.

A lenda grega criou um Deus da Medicina, que chamou de Esculápio, depois abençoada pelos romanos e que pretendia ensinar aos primeiros tratadores, como eles deveriam imitar a este Deus Greco-Romano. A meu ver foi o primeiro código de ética (lendário) que surgiu.

Ao nos formarmos médicos, temos um Código de Ética que ajuda-nos a entender e a agir com lealdade e responsabilidade no nosso atendimento, bem como ensina-nos a receber pelo nosso trabalho, aquilo que julgamos justo, pela forma que atendemos aos nossos clientes.

Existem diversos patamares de cobranças pelas consultas e o que os determinam é a experiência médica, o tempo de formado, a qualidade do atendimento e o amor aos clientes. Pelo menos a maioria dos médicos pensam assim.

Entretanto os governos brasileiros são de uma inexperiência e às vezes oportunistas; afinal tem suas propinas para receber e querem que os médicos recebam um pagamento de “uma galinha morta e em decomposição”, atendendo inúmeras consultas, consequentemente fazendo uma abordagem e tratamento de poucos minutos, onde reagem ao que recebem, e cuidam com velocidade aos seus atendidos.

Ví uma plantonista atender as urgências do Pronto-Socorro, por 48 horas, com cerca de duas horas de sono na primeira noite e de 4 horas na segunda noite. Isto aconteceu pelo fato do plantonista que deveria substituí-la no segundo plantão, adoeceu, precisou de ser internado e não tiveram tempo para avisar ao Hospital. A coitada estava tão desgastada, que estava angustiadíssima com os novos clientes.

Daí surge o caos, em que vivemos, com pacientes insatisfeitos e médicos mal-pagos.

Creio que se houvesse honestidade, nos comícios eleitorais, as promessas de melhoras no atendimento médico da população, daria a certeza de um engajamento maior dos médicos, com a certeza de bons tratamentos, sem correrias.

Vejo políticos envolvidos em escândalos, como houve no “mensalão”, que conseguem menteir e declarar que precisam de atenção familiar, pois “seus casos são graves”, embora nada tenham de doenças e portanto não podem ser presos. Tem que cumprir sua pena em casa, protegidos pela família.

Se um empregado de uma empresa precisar ficar afastado do trabalho e seu patrão for rhista, tão logo ele retorne ao trabalho, pode ser despedido pelas faltas, mesmo que justificadas com Atestado Médico.

Sabemos, por pesquisarmos as leituras ou termos ouvirmos nossos antepassados contarem, que os verdadeiros esculápios, nem sempre formados em Medicina, atendiam as pessoas sem cobranças e a população os adorava e os mantinham com doações e alimentação, onde muitos chegaram a se destacar em escritos passados, alguns até se tornando nobres e bem afortunados.

Hoje, com a população sofrendo, por alimentação errada, contaminações por agentes graves, sequer tem condições (até psicológicas), de agradecer o atendimento, de tanta revolta; às vezes quase chegando ao nível da morte, para que os Pronto-Socorros os atendam.

E aculpa deve ser atribuída a quem? A nós que votamos iludidos pelas pessoas de uma má qualidade cultural, que só querem mentir e ter a certeza de que a saúde popular, ao invéz de esculápios, serão atendidos com esculachos.

Temos que aprender a sermos mais informados e não votarmos como se fosse uma torcida em jogo de futebol.

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MAIS MÉDICOS OU ATENDIMENTO MELHOR REMUNERADO?

Dr. Márcio – Li sobre a realidade da criação da Faculdade de Medicina em Araras e achei muito lógico o comentário feito. Como o senhor, caso tenha lido, o encara? - José Carlos.

José Carlos – Resolvi propositalmente não citar seu nome, pelas razões que nós dois conhecemos e que poderia prejudicá-lo profissionalmente.

Quando recebi a notícia da vinda da Faculdade de Medicina para Araras, com o apoio de Pirassununga, Leme e Conchal, minha primeira reação foi de alegria, pois via a população sendo bem atendida, pelos Catedráticos e alunos. Esta emoção não desapareceu, pois estamos carentes de atendimentos médicos em todo o País.

Quero entretanto, comentar algo que me deixa na expectativa: formei-me na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais considerada como concorrente com a USP, no primeiro lugar no Brasil.

Além das aulas teóricas em salas confortáveis, frequentávamos depois das aulas básicas, o Hospital das Clínicas, que era uma beleza, com vários andares, onde internavam clientes das enfermidades não contagiantes, com instrumentos de auxílio diagnóstico, de causar inveja nos clientes e visitantes.

Complementando, atendíamos clientes em outras especialidades isoladas em hospitais, que tratavam de doenças contagiantes, como a lepra e a tuberculose e outras doenças infectantes, todas as clínicas bem distantes da Faculdade e do Hospital das Clínicas.

Cheguei a ter muita alegria, ao descobrir que eu era imune à Lepra e por isto não me assustava cuidar destes pacientes.

Além disto, tínhamos uma vez por semana, uma aula na escola de enfermagem, onde éramos preparados para entender o trabalho da enfermagem, a cuidar com carinho de quem cuidava diretamente dos clientes, não apenas ministrando nossas medicações, como cuidando fisicamente deles, chegando a limpá-los ao fazerem suas necessidades, banhá-los e dar muito carinho a todos.

Esta parte da minha formação foi tão importante, que ao vir Trabalhar no “Sayão”, era muito querido por enfermeiras, enfermeiros e suas chefias.

Executei tantos trabalhos publicados e apresentados nos Congressos de Psiquiatria, nos primeiros dois anos, e fui um dos principais responsáveis pela eliminação do Eletro-choque em pacientes, que fui dispensado de fazer provas para obter o título de Psiquiatra.

A Faculdade nunca me cobrou um centavo sequer pela minha formação, o que me criou a idéia de que eu jamais poderia cuidar mal de meus clientes e nem parar de ser um estudante ferrenho.

Estas falas, podem lhe parecer que estou fazendo propaganda do meu trabalho. Eu só tenho orgulho dele e o faço criando verdadeiros amigos entre meus Clientes.

Uma das afirmativas que li, como você deve ter lido, diz respeito à cobrança do ensino, que será muito cara, fazendo com que os médicos busquem Faculdades já experientes.

O Governo vive buscando mais médicos num papel safado, onde se não houverem propinas, o país que os manda para cá, recebe uma porção de dinheiro, no mínimo quatro vezes maior do que ganham os profissionais. Vejo nisto uma dupla canalhice, pois os profissionais no atendimento médico, vivem de cestas abaixo das “básicas” (melhor dizendo: enganação para obterem votos).

O mais sensato seria se o (DES)Governo pagasse uma quantia melhor, pois assim, a grande maioria médica iria mais feliz, não precisaríamos de importar explorados e o atendimento seria adequado, não de 15 minutos, sem exames, na maioria das especialidades.

Como pode ver Faculdades de Medicina feitas aos montes, com mensalidades altas e ensino vagabundo, vão formar o quê?

Uma Plantonista conhecida, disse-me que em seu horário de trabalho chega a atender até cem pessoas num plantão. Estou procurando entender a espécie desta “planta grande”...

Como vê a politicagem é doce (para os políticos), mas é de difícil deglutição (para nós).

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TRANSTORNOS DE AJUSTE FAMILIAR

Dr. Márcio – Desculpe importuná-lo, mas preciso de uma orientação. Tenho 18 anos, concluí o colegial, mas minha vida apesar de me sentir com bom comportamento estou muito deprimido. Vejo que desde os meus avós, que só conhecí os paternos e toda a família é inquieta e parece perceber erros em tudo que é feito e dito.

Por incrível que pareça minhas irmãs, meus primos e tios, são todos esquentados, perdendo a calma, ou achando correções para tudo que é dito, ou feito. Procuro manter-me em contato com meus colegas de estudo e trabalho, procurando não dar muita importância ao que falam. Eu lhe pergunto: Isto é por herança genética, ou é adquirido? Como corrigir tudo isto? Henrique P.J.

Henrique – Quero lhe agradecer por tocar neste assunto cruel, que já abordei em algumas palestras e artigos publicados.

Pode existir um componente genético em casos semelhantes, mas a aproximação via Ferormônio, que secretamos pela pele e que um pequeno órgão nasal capta, nos leva a buscarmos, nem sempre corretamente, mas procurando nos encostar em pessoas que parecem nos aguentar.

Quase sempre estes encontros são de pessoas que creem poder dominar os outros, ou pelo contrário, nos fazer sermos pacientes (tolerantes) com a nossa metade.

Cito também uma frase que repito sempre: “Quem agride está inseguro e quem se sente agredido também o está.” Resta para corrigir estes fatos uma obrigação de encontrarmos a nós mesmos, estejamos em que situação estivermos diante da insegurança, buscando entender os “porquês” e como fazer, sem agressão, mas com lógica e carinho, para as corrigirmos as atitudes hostis.

Encontrei uma frase que publicaram esta semana, mas que já é velha. Trata-se de uma pergunta: “O que é melhor: a raiva, ou o amor. A resposta imediata é para muitos é o amor, como defesa, muitas vezes, de ser uma pessoa que teme não estar compartilhando com o esperado. Quem perguntou responde: “Mas o amor é cego”.

O amor é cego, quando não se enxerga o outro, e passa-se a agir em função da direcionabilidade que o ferormônio (sem cheiro perceptível, portanto inconsciente), conduz as pessoas. A raiva surge da insegurança, para lidar com o que não se gosta e não consegue desatar com carinho, objetividade, alegria e amor.

Agravando tudo isto, a frustração por não levar uma vida feliz, vai fazendo com que se afaste de quase todos os problemas e dos desafios que fariam crescer. Isto leva a um quadro de acomodação, onde vários motivadores de alegria, prazer e distração não são notados.

Surge uma fuga à realidade, onde as pessoas fingem ser felizes e aos poucos se tornam até indiferentes à busca de soluções, abrindo caminho para a racionalização de uma vida frustada e logo começam a se tornar esquecidos, contentando-se com uma rotina vulgar.

As pessoas tem o mau hábito, de não procurarem se aconselhar, temendo ser taxadas de incapazes, deprimidas. Eu pergunto: “Qual a quantidade de pessoas deprimidas, com olhar de uma enganação frustrante?” Estima-se que pelo menos 80% dos humanos sofrem de depressão média a grave.

“Psiquiatra? É coisa de louco, que adora receitar calmantes”, costumam usar este raciocínio os que temem encontrar sua paz.

Será que a Psiquiatria é tão ingênua assim, ou são as pessoas que se escondem?

Tenho muitos amigos conseguidos após uma auto-avaliação, onde muitas vezes só uma abordagem de visualização do seu interior resolve os problemas, com soluções simples, onde eles próprios se encontram, sem que precisemos dirigí-los.

Eu me sinto muito feliz por estar lhe mostrando isto, Henrique, pois faço isto todos os instantes de meu trabalho.

Tenho pacientes com doenças genéticas, que a Medicina está buscando encontrar a cura para seus problemas, mas fico muito alegre, como creio que Deus espera isto de mim, sem precisar ser candidato safado, propineiro, pois meu dormir é muito tranquilo, com um relaxamento consciente de que não sou um sábio, ou que resolvo todos os problemas do mundo, mas tento fazer com que estes pacientes se aceitem e mantenham a expectativa de uma vida melhor.

Não uso este assunto para me promover. Sei que precisamos melhorar nossa vida, nossa capacidade de achar soluções para nossos desejos, trabalho, diversão. Isto me traz muita, mas muita mesmo, gratificação.

Tente dialogar sem sentir raiva, mesmo sabendo que o amor é cego. Agrade os atos que mereçam seu apôio, quando alguém da família estiver agindo. Ajude-os a crer em como a vida pode ser boa; como poderemos chegar ao fim de nossa jornada e termos pelo menos dois segundos para percebermos o quanto valeu a pena acharmos nosso caminho.

Tenho certeza de que este é o único caminho correto.

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COMO É E COMO ENFRENTAR O PROBLEMA DA OBESIDADE?

DR. MÁRCIO – Minha vizinha me disse que o Senhor já relatou umas duas vezes o problema do ganho de peso . Não sei se poderá falar de novo sobre o assunto, mas eu gostaria que me desse umas dicas, pois em casa, eu, minha esposa e três filhos jovens fomos considerados por um amigo, cujo genro é médico, que somos gordos. Como saber se é verdade? Eduardo F. J.

EDUARDO – Posso falar sobre isto sim, mesmo que seja repetido, pois gostaria de ver a população mais feliz, com o peso normal.

Vamos primeiro mostrar como se calcula o índice de Massa Corporal Normal (IMC). O cálculo é feito dividindo o peso pelo quadrado da altura (altura X altura). Este cálculo serve para mostrar se estamos dentro da normalidade do IMC=19,5 a 24,9.

Além disto, temos de encarar as causas da obesidade, começando, como já falei outra vez, que após o trauma que sofremos com o parto, aprendemos a ter nosso primeiro prazer, que é sugar um seio e recebermos o leite quentinho. Isto nos faz saber que comer é muito agradável e provamos com o passar da vida, que comer nos dá algum prazer, diante dos problemas que nos dão um trabalho difícil para enfrentar.

Entretanto todos nós passamos por problemas e apesar de já termos um percentual de obesos, muitas pessoas aprenderam a resolver seus problemas sem desespero.

Sobra então uma pergunta: Qual a diferença entre os dois grupos (obesos e não obesos)?

Não são os problemas que causam obesidade, mas a forma de encararmos estes problemas podem criar outras causas, como a depressão, hoje muito frequente, principalmente numa sociedade que luta contra os problemas advindos de má administração do trabalho, perdas eleitorais, crenças errôneas sobre as verdades, empregos distantes, obrigando o uso de conduções caras, doenças hereditárias, falta de uma visão interna de “quicoçô, quicoquero, prondecovô e cumecovô”.

Como agir sensatamente, diante de uma solução angustiante? Eu tive diversos problemas importantes para resolver, incluindo a prática médica. Assim tive que voltar meus olhos para minhas psicoterapias e perceber que, quanto mais eu buscar soluções complicando o encontro com o resultado, mais as respostas demorarão.

É lógico que existem problemas que exigem respostas urgentes. Como consegui-las? Em primeiro lugar lendo e aprendendo, como, por exemplo, exige constantemente a medicina. Isto nos torna mais animados e felizes, ao sabermos que não precisamos só inventar. Existem muitos informes, que a população crê desprezáveis.

Ler e aprender é uma solução boa, para evitarmos fugir para comer.

Em seguida devemos perceber que não sabemos quase nada. Assim, quando surgir um problema novo, ao invés de sofrermos, devemos nos sentir felizes, por estar aparecendo algo fora da rotina. Podemos conversar com alguém que possa nos ajudar, ou fazermos perguntas que nos mostrem soluções de início incompletas, mas se percebermos que são incompletas é porquê existe alguma coisa correta no pensamento e se o descobrimos, vamos errando no pensar, até que a idéia se torne mais viável. Atingido este ponto, fica mais fácil descobrirmos o porquê da inviabilidade.

Já percebo gente falando: “Falar é fácil, o duro é acertar” Mas é esta dureza, que vai nos levar a ter o prazer e não um quilo de doce em dois dias.

Gosto de andar olhando para mim, vendo minha barriga e comparando-a com as dos outros. Meu pensamento surge desta forma: “Se cuide cara, aquilo não é bonito!”

Os especialistas decretaram que a obesidade, assim como a falta d’água por desmatamentos e plantios de vegetais que destroem a natureza, apesar de enriquecer os seus plantadores, nos localizará num planeta de obesos.

“E se eu não conseguir achar a solução, o quê faço?” Não adianta desesperar; pergunte-se: “O que devo fazer?”, ou “Será que conheço alguém que pode me ajudar a pensar?”, nunca pense: “Mas se eu for buscar ajuda, poderão pensar que nada sei”, pois se o faz é porque a barriga já está estufando.

Infelizmente a população mundial adora fingir que é uma maravilha, usa roupas largas e bonitas para esconder sua fragilidade e gordura e lança frases estudadas, para fingir que é competente, inteligente.

Eu, pessoalmente, sei que tenho muito para aprender, ler e deixar de ser ignorante. Minha barriga é pequena! Melhor falar: “É levemente estufadinha!”

Viva e sinta como é bom ter auto-critica e a visão exata do que somos, meu caro Eduardo. Seja feliz, percebendo o quanto pode solucionar, se buscar.

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A RIQUEZA, ESCONDE A INSEGURANÇA?

DR. MÁRCIO – Sou uma pessoa que luta bastante pela vida e por isto adquirí um estágio de tranquilidade financeira, sem me enganar que sou rico. Vejo pessoas muito ricas, mas que ao contatá-las, observo que têm uma cultura muito pobre. Porquê elas não buscam aprender um pouco mais, saber votar, saber ajudar a sociedade com seu saber? – Celso M. R.

CELSO – Muitas pessoas, incluindo alguns políticos, buscam este caminho, exatamente para esconder sua incapacidade cultural. Elas creem que sendo ricos, ninguém duvidará de sua competência. O pior é que ao serem obrigadasa se expor verbalmente, acabam se despindo e vemos como são realmente.

Observe que a maioria dos sábios tem uma vida como você se descreve: equilibrado e competente.

Pais sábios, humildes, ensinam a seus filhos que o estudo é um caminho eficaz para obterem esta estabilidade econômica, muitos até surpreendendo suas famílias com descobertas importantes, que fazem o mundo se orgulhar deles, pela sua competência.

Temos visto recentemente, como o nosso país se abasteceu de políticos que só sabem ler o que lhes escrevem, muitas vezes tropeçando em palavras que sequer conhecem. Você vê isto a todo instante, inclusive personas que sequer sabem os termos explicativos de seus cargos, incluindo denominações únicas que definem aos dois sexos. E é comum, se deixarem levar por pessoas mais incultas, que por ignorância dos que as situam em posiçoes importantes, tem menos cultura, que a maioria da população.

Tenho um exemplo muito simples que você poderá constatar: Diretores de escolas, ou empresas, que deram um “passo maior que a perna” e creem que a sua posição permite que maltratem seus comandados. Isto ascontece em todas as áreas, inclusive na educativa.

Conheço diretoras de escolas, cujas professoras se sentem “esborrachadas”, de tantas broncas, ao invéz de receberem orientações sábias, colocadas para sempre no aprendizado com linguagem de quem sabe o que fala, isto é, com bastante calma e alegria por estar ensinando corretamente.

Um dos problemas que leva muitas pessoas a se tornarem mal comunicadoras é a insegurança quanto ao sexo, até, em certas situações, as pessoas terem um comportamento sexual que as agrada, mas a sociedade aprende que isto é uma adequação diferente.

Escrevi um livro cujo título é “Relações Humanas a Grande Alavanca nas Empresas”, escrito inicialmente para a orientação das empresas com transtornos na comunicação, mas que aos poucos fui convidado por um número grande de associações culturais, para explicar aos seus associados, incluindo clubes de lazer e atletismo, como conseguir transmitir melhor seus pensamentos e orientações para o viver tranquilo.

Conheço empresas onde seus comandantes são verdadeiras “palmeiras imperiais”: _ Faça o que eu mando, ou derrubo-o com meus cocos. Seus comandados, que prefiro chamá-los de “samambaias”, pois ficam quietos, observadores, conhecem como agir e como consertariam os erros administrativos, da produção, e do maquinário, de forma que seus chefes nunca verão, mas se por um acaso os samambaias deixam escapar algo maravilhoso, os palmeiras correm a falar ao seu patrão, como se fora idéias deles. Esta a principasl razão de serem chamados de palmeiras imperiais. O motivo deste apelido é porque seus patrões, normalmente são inseguros e querem ter alguém que agrida os funcionários em lugar de se exporem.

Trabalho neste ramo, além de ser psiquiatra, transformando o Departamento de Recursos Humanos, em um local familiar, onde o ser humano deixa de ser recurso, para ser mais amigo, colaborador, incentivador do crescimento de seu local de trabalho, sentindo que o RH deve ser entendido, apesar do apelido, em um local de Relações Humanas. Aliás, torno a repetir algo que sinto: Departamento de Recurso Humano é uma forma de tornar os empregados em passivos aceitadores de ordens. Creio que quem criou este termo, era um palmeira imperial que nem cocos produzia.

Só para concluir, levo ao seguinte raciocínio: Como reagem as pessoas que são instruidas no trabalho, na educação escolar e familiar, ao receberem com carinho suas orientações? Serão vencedores, criadores de idéias maravilhosas e tão felizes, que conheço Empresas deste porte, onde de tempos em tempos, os funcionários fazem um sábado feliz, com churrascos, apresentações de teatro, ou musicais, convidando seus superiores, onde muitas destas Empresas, acabam tirando o gasto das mãos dos funcionários e levam seus familiares, para a comunicação afetiva. Já vi funcionários que atrazaran suas aposentadorias por vários anos, para viverem a alegria de serem elementos de crescimento na produção.

“Viver é não ter a vergonha de ser feliz!”

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PROPAGANDAS INTENCIONALMENTE CONFUSAS DE MEDICAÇÕES

Dr. Márcio – Lí no jornal que o Rivotril pode causar Alzheimer. Tenho um tio que está com esta doença e por isto lhe escrevo, pedindo se não existe outro medicamento que o substitua. – Edna.

Edna – Infelizmente neste Brasil, as notícias publicadas não são claras e muitas vezes até feitas de propósito erradas. Eu lhe explico: A doença de Alzheimer é degenerativa e acontece em pacientes que apresentam demencia, muitas vezes por má circulação vascular, o que acarreta um aumento inadequado de certas proteínas, com várias causas apontadas e algumas ainda duvidosas e atrapalhando o conhecimento, o comportamento, as atividades diárias, incluindo as profissionais, com lesões no cérebro, nas áreas frontais, temporais e parietais, além de outras, com envelhecimento mais rápido.

Os fatores de risco são: a idade, caos familiares, vida desregrada, baixa escolaridade, retardo mental, famílias desorganizadas, traumatismos cranianos, abuso de álcool,.

Os fatores de protetores são: alta escolaridade, exercícios físicos regulares, estimulação à busca de soluções, com vida ativa.

Seus portadores se mostram esquecidos, deprimidos, com falas inadequadas,, desorientados, dificuldades visuais e de interpretação dos fatos, dificuldade para exercer atividades conhecidas no passado, dentre outras. Entretanto não apresentam delírios.

Seu diagnóstico é feito poor uma série de exames, que não queremos abordar, pois nossa intenção é outra, ao redigir-mos este artigo.

Se percebemos que a doença é ocasionada pelos fatores citados, não podemos crer que o uso de medicamentos causem tal problema, exceto se os medicamentos forem nocivos.

Não poderemos usar nestes casos, medicamentos que deixem o cliente “apastelado”, usando uma expressão brincalhona. Mas perceba, que nenhum médico competente usará calmantes em pacientes com sinais de Alzheimer; aliás, não se usam calmantes, apenas neurolépticos (substancias corretivas de quadros psíquicos graves, como a esquizofrenia, o transtorno bipolar (depressão com agitação sem causa aparente).

A tendência moderna é evitar a acomodação (para não usarmos o termo vício) com calmantes.

O Rivotril serviu principalmente para combater um tipo de disritmia, chamado de crises de ausência, onde o portador se desliga por instantes ou períodos prolongados, sendo que provamos ser ele um auxiliar fantástico no uso de antidepressivos corretos, não esta corja de produtos proibidos, inclusive com prescição proibida nos Estados Unidos, pelos órgãos reguladores, que no Brsil são usados livremente, com “conselhos de uso vigiado”, conseguidos por benesses do Ministério da saúde, apesar das recomendações contrárias das Entidades Médicas “Responsáveis”.

Assim, além de não usarmos calmantes, como demonstramos em nosso artigo sobre depressão, já publicado neste Jornal, vemos a prática comum de se usarem calmantes para tratar de sintomas depressivos, alguns deles confundidos com a “Doença do Pânico”, sendo que a maioria imensa de “Ataques de Ansiedade Sem Causa Aparente”, são ocasionados pela Depressão e não por Andiedade pura.

Portanto, nossa prática médica é sensata, pois estudamos Medicina, sabemos fazer diagnósticos diferenciais e além de não gostarmos de ver Clientes habituados no uso de calmantes, sabemos diagnosticar a Doença de Alzheimer, não contribuimos para o seu aparecimento e o Uso de Rivoril, jamais causou esta doença. Tranquilize-se, evitando, como citamos acima, desespero que o faça ter este mal terrível.

O principal problemas que estamos DENUNCIANDO, se deve ao fato de os Calmantes estarem em desuso pelos médicos conscientes de sua profissão, principalmente os formados em boas faculdades com um curso integral, não apenas generalista, com pretendem os defensores dos ”mais mediquinhos”, fazendo cursos onde doenças graves terão que lotar hospitais do Governo, especializados em um Curso de Gabarito e onde seus alunos não precisem de ónibus especializados para frequentar hospitais de clínica generalista, fora do local das faculdades.

O “MAIS MÉDICOS”, como já divulguei, pode ser resolvido da noite para o dia: BASTA QUE OS REIS DA PROPINA, DEIXEM VERBAS PARA PAGAREM RAZOAVELMENTE OS MÉDICOS CONCURSADOS E COMPETENTES, ao contrário de lhes darem gorgetas, colocarem plantonistas que creem dominar o uso de Sôro Fisiológico, para a maioria de internados em Pronto Socorros, ou os mediquem com produtos exagerados, quando os pacientes estão desesperados, com problemas onde um pouco de atenção e carinho resolveria seus medos.

Enquanto não passarmos a modificar nossa visão da vida, continuaremos a buscar dirigentes políticos e. Propineiros, sem vergonha; laboratórios de genéricos fajutos e alguns e similares safados.

Gostaria de estar mais feliz com a realidade, jamais com a safadagem!

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DEPRESSÃO APÓS O RESULTADO DAS URNAS

DR. MÁRCIO – Tenho, normalmente, um sentimento de angústia quando alguma expectativa, que me alegraria, não se confirma. Eu esperava outro resultado das eleições, me entusiasmei com o início da apuração, mas ao final me senti muito triste. Como o senhor vê isto? – Norberto V.T.

Norberto – Desde pequeno, eu aprendi com meu pai que quem ganha as eleições é quem deixou se levar pela campanha do candidato, ou pelo seu trabalho, em caso de releições. Isto começou ao final da era Vargas.

Lembro que minha mãe se aborrecia, ao não eleger algum candidato e meu pai brincava com ela, perguntando se o candidato ganhasse, se ele poderia parar de trabalhar. Ela não compartilhava da ideia, mostrando que a vida é feita de expectativas.

Isto me ajudou muito a procurar ver com profundidade diversas coisas, inclusive as promessas falsas de pessoas que tentavam nos iludir e a pensar que não conseguiriam, se nós tivéssemos os pés no chão e compreendêssemos que o Pais é fruto do nosso empenho e que será grandioso, se nos aplicarmos em fazermos o que é certo.

Não estou dizendo com isto que só sei acertar. Como todos também me sinto fraco diante de certas tarefas, mas o desafio acaba me dando a certeza de que sermos crentes que somos invencíveis, o mínimo que irá nos acontecer será criarmos calos nos pés, de tanto procurar, andando sem rumo.

Minha convicção sobre a política é que devemos buscar ver tudo que for possível sobre a maneira de ser do fulano(a) e decidirmos fazer uma aposta nele. Isto porque temos visto maravilhas se candidatando e no transcorrer de seu mandato, percebemos o quanto estávamos errados.

Tenho visto candidatos, de uma classe social razoável, se elegerem e durante, ou após o término de seu mandato, viverem como milionários, viajando para outros países, não raro, levando seus familiares. Será que seus salários eram tão elevados que os tornaram milionários, ou será que a tal de PROPINA é tão poderosa e linda assim. Se assim fosse, deveríamos elevá-la ao patamar dos Santos ou de acertadores da Mega-Sena.

Tivemos uma eleição Presidencial das mais disputadas, com mil informes falsos durante as apurações e vi pessoas alegres e outras profundamente tristes. Será que com o resultado das apurações nós vamos ganhar algum dinheiro fácil, ou teremos que prosseguir com o nosso trabalho, com os nossos impostos, para que o Brasil cresça?

É lógica a resposta, mas fica uma certeza que somos obrigados a cumprir: Temos que cobrar atitudes corretas, exigir que as aplicações financeiras sejam em prol do nosso desenvolvimento, que as dívidas do governo sejam compatíveis com suas arrecadações e em projetos de engrandecimento.

Conheço muitas pessoas que “filiam-se” a seus partidos e aceitam qualquer coisa, pequena ou grande, certa ou errada, com aplausos imensos. Fico pensando: O que as fazem tão cegas? Será que torcem como no futebol? Será que estão crendo não importar, o que fazem seus candidatos, desde que sejam de seu partido?

Este pensamento me ocorre em todas as eleições. Não estou me referindo a uma especificamente.

Para mim a fiscalização do comportamento partidário deve ser buscada e elogiada, ou denunciada, assim como as autoridades correlacionadas aos seus atos, devem elogiá-los, ao estarem fazendo algo bem feito, ou corrigi-los, se estiverem agindo errado. Lembrando sempre, que todos nós nos aplicamos em determinadas tarefas, certos de seu retorno de benefícios e no meio do caminho percebemos um obstáculo que não prevíamos. Neste caso o que fazer: desistir, ou remover o obstáculo?

O que eu consigo ver em todo o mundo é que a maioria das pessoas se põe a lamentar por algum tempo e depois pensam nalguma coisa que as distraia, e param aparentemente de sofrer. Só não percebem, que quanto mais decepções e fugas acumularem, mais perto de um quadro de depressão viverão.

Pessoalmente eu tenho uma visão um pouco diferente de como as coisas acontecem: temos que procurar o caminho do acerto, principalmente logo depois de um erro inesperado. Desta forma, os políticos não seriam julgados com palavras duras, mas a população os veria como humanos, coisa que normalmente não acontece, seja por ignorância, ou por ganhos secundários que poderão vir.

Minha visão da imprensa, me mostra que ela muitas vezes é partidária e lucra com suas interpretações erradas.

Vejo uma necessidade profunda e urgente, dos canais da imprensa fazerem debates sobre assuntos esclarecedores, não apenas de dois candidatos, ou de partidos opostos, mas de ouvir a opinião de pessoas com gabarito para a imparcialidade, não deixando que a população mais carente de conhecimentos se iluda com falas incompletas, injustas, falsas.

Imaginem como seria elevada uma audiência de um canal de TV, que tivesse em sua programação, um quadro de debates eminentes? Vejam como as eleições motivaram a assistência aos canais que se dedicaram a mostrar os fatos. Quem não concorda com isto, como temos visto, quer esconder seu "rabo preso".

Uma certeza final, jamais mudarei de observar: “Nossa maior falha é sermos um país que não faz tudo ao seu alcance real, para modificar e implementar a educação!”

Vejo Professores e Diretores se digladiando nas escolas, pois não aprenderam a resolver suas inseguranças. Pobres futuros eleitores!

Para finalizar, lembro de algo semelhante ao que o passado nos legou: “Até quando “mandantes” irão abusar de nossa paciência?” Tenho a resposta: “Até quando, 'cidadãos sem cultura', continuarem a deixar ser iludidos”

Pensemos povo!

MEU ABRAÇO!

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