ACIMA - Associazione Culturale Internazionale Mandala
L’Associazione Culturale Internazionale Mandala persegue i seguenti scopi: sviluppare ed intensificare le relazioni tra la comunità brasiliana, i popoli immigrati e la comunità italiana e internazionale.
sabato 4 ottobre 2014
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora ESTHER ROGESSI
MENDES, Rogessi. Projeto de mapeamento dos artistas e escritores brasileiros - “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”. Recife-PE/BR , 04 ottobre 2014. Entrevistada por A.C.I.M.A. – Associazione Culturale Internazionale Mandala (Itália).
A “A.C.I.MA.” – dando continuidade ao projeto de mapeamento dos artistas e escritores brasileiros - “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”, iniciado em setembro de 2011, com entrevistas dirigidas inicialmente para os artistas e escritores brasileiros residentes no exterior, dá início em 2013 ao segundo ciclo do projeto de entrevistas para a “Vitrine do Artista Brasileiro” com os artistas e escritores associados A.C.I.MA., residentes no Brasil, que contribuem para a divulgação e valorização da Arte & cultura brasileira no exterior.
O projeto “Vitrine do Artista Brasileiro” da A.C.I.MA. abraça a arte e a cultura dos povos migrantes em todas as suas formas e manifestações – sejam elas, musicais, literárias, teatrais, artes plásticas, cinema, dança, fotografia, folclore, enfim, todas as expressões artísticas brasileiras.
ESTHER ROGESSI
“Vitrine do Artista Brasileiro”
A.C.I.MA. – Bem vinda Esther Rogessi! Primeiramente, gostaríamos de saber um pouco sobre você: de onde vem, qual sua terra natal? Onde vive atualmente? Além da escrita, que trabalho ou hobby desenvolve?
E. R. – De início agradeço à diretiva ACIMA, e a você, Sônia Miquelín, por esse convite, tão pertinente. Nasci em uma cidadezinha da zona da mata pernambucana: Água Preta (município de Palmares - PE), atualmente resido em Recife.
Concernente a atividades paralelas à escrita... Sou artista plástica, porém, bem antes de eu ser escritora exercia e exerço, uma atividade eclesiástica: sou Bispa-Fundadora do Ministério Missionário Pentecostal Fonte de Água Viva (IMPFAV-PE).
O meu hobby é viajar, durante as minhas viagens busco conhecer pessoas, através desses novos conhecimentos capto essências, que indiscutivelmente têm me enriquecido com maravilhosas experiências, fontes inspiradoras para os meus textos e arte. Comumente, durante as minhas viagens, me abstenho do uso de celulares e computadores, para entregar-me à observância do comportamento dos que me cercam... Isso é recompensador.
A.C.I.MA. – Como e quando se dá o seu primeiro contato com a escrita? Sobre qual tema você escreve? De onde vem as inspirações para suas obras literárias? Poderia nos contar um pouco sobre seu processo criativo?
E. R. – Escrevo desde criança. Lembro, que muito pequenina o meu pai me presenteou com uma linda caneta de pena – presente profético –, a escrita sempre ocupou um espaço especial em minha vida. Quando casei o meu lado escritor adormeceu, analogicamente falando, fiquei igual a um vulcão adormecido, quando porém, as minhas cinzas encandeceram... A cratera se exauriu, e hoje flui, como que um rio incessante e calmo, de lavas poéticas.
Não me restrinjo a um tema específico... o momento, os fatos que se apresentam, ou o que a minh’alma grita é o tema. Penso que a inspiração é a parte maior. Metaforicamente falando, ela é a alma da criação, responsável pela sustentação do corpo, que se veste de gala, ou com simplicidade, de acordo com os sentires do meu EU poético.
A.C.I.MA. – Qual foi a pessoa que primeiramente acreditou em seu talento? E qual outra linguagem da Arte tem o seu interesse?
E. R. – É comum e faz parte da sabedoria, sermos ponderados, ao sermos entrevistados, é mister usarmos de muito tato, maquiando verdades... Porém, em certos momentos, a verdade mostra o quanto somos reais e próximos do nosso próximo, mesmo vivendo em outro continente, também serve de testemunho e exemplo para muitos.
Um escritor precisa de apoio e compreensão familiar; a inspiração, a ideia é momentânea, surge inesperadamente e precisamos de disponibilidade para por no papel, na tela, a nossa arte – sem resmungos –, o artista precisa de harmonia para criar, particularmente, desconheci esse prazer.
A minha sede por escrever foi tão intensa, que ensurdeci para criar; quanto mais ouvia resmungos, mas perseverava... Só uma pessoa acreditou em meu talento: eu mesma.
Quando o vulcão despertou precisou de forças sobre-humanas para prosseguir, as lavas fizeram um grande estrago... Explosões sucessivas, bem encima dos meus ouvidos... Perseverei, e o vulcão venceu!
Quanto à minha segunda paixão artística é a pintura em tela (expressionismo abstrato), arte moderna e digital.
A.C.I.MA. – O que você acha que seria prioritário fazer para criar oportunidades para valorizar e divulgar o trabalho dos escritores e artistas brasileiros no Brasil e no exterior?
E. R. – Certamente, que às Entidades Culturais “amem a literatura, a arte”, mais que as cifras; que valorizem o artista por seu potencial criativo, e que respeitem os novos talentos dando-lhes oportunidades, para publicarem os seus livros e divulgà-los, que criem projetos inovadores, possibilitando aos novos talentos a oportunidade de saírem do anonimato... Com amor, isso é possível! A criação e os sonhos de um artista não têm preço, joias raras são descartadas por falta de FARO artístico.
A.C.I.MA. – Na sua opinião, qual o maior obstáculo que encontra o escritor brasileiro para ingressar no universo literário? Como você divulga o seu trabalho? Onde é possível adquirir seus livros?
E. R. – Colocar cifras à frente da arte é o maior obstáculo. A publicação de livros no Brasil é dispendiosa e o retorno é sofrível, lento. Infelizmente, o nosso povo lê pouco. Tenho algumas centenas de textos publicados, em antologias nacionais e internacionais de relevância literária; escritos publicados em revista virtual e acadêmica, no Brasil e exterior, diversos textos publicados em E-BOOKS, através do grande projeto literário idealizado pelo Cônsul de Isla Negra (Chile): Alfred Asís: (Mil Poemas à Neruda, Miguel Hernández, Madre Teresa de Calcutá, Oscar Alfaro, e muitos outros. No entanto, publiquei o meu 2º livro solo, um romance intitulado: “Conflitos de uma alma”, no início deste ano, 2014. Aguardo a 2ª edição, deste livro, pela Editora baiana: “Pimenta Malagueta”. Não é fácil ser escritor, no Brasil, sem patrocínio, onde poucos levam a sério a cultura. Diante do exposto, o meu trabalho é divulgado na internet: sites, redes sociais e blogs; a internet é a grande aliada dos novos talentos, através dela, não mais anonimato. Com livros, ou sem livros estamos no mundo!
A.C.I.MA. – Que conselho daria a quem está dando os primeiros passos no universo literário?
E. R. – Perseverar sempre! Acreditar em si; ter humildade para acatar críticas – temos sempre que melhorar –; escrever para si agradar; não se deter por falta de comentários em seus textos... Escreva, você é lido!
A.C.I.MA. – Qual sua opinião sobre o momento “economicamente feliz” que o Brasil está vivenciando atualmente? Segundo seu ponto de vista será duradouro? Qual é o seu objetivo literário no momento?
E. R. – O Brasil está vivendo um caos econômico e governamental! Temos que ter esperança de que haja homens que possam futuramente retirar o país do fundo do poço, em que foi lançado através dos últimos anos, de governos irresponsáveis, sem o menor patriotismo, mas voltados para os próprios interesses.
De imediato, o meu objetivo é ver concluída a 2ª edição do meu livro, que está de capa nova (de minha autoria), e terminar a organização do meu 3º livro, intitulado “Coração brasileiro”, uma coletânea poética (poesias, crônicas, frases e pensamentos), a exposição do meu eu poético, que publicarei pela “Pimenta Malagueta”, cuja arte de capa é de minha autoria.
A.C.I.MA. – Poderia nos falar um pouco sobre suas obras, seu percurso, e particularmente sobre a experiência de divulgar suas obras no exterior?
E. R. – Quanto às minhas telas, tenho algumas espalhadas por paredes que desconheço... Amo expressionismo abstrato e mesclar acrílica com textura, recicláveis, e outros; sobre o meu romance "Conflitos de uma alma”, mescla ficção com realidade; expõe fatos e situações contemporâneas: pedofilia, o comércio de pessoas, de armas e drogas. Contravenções bem presentes no cotidiano do mafioso colombiano: Paco Guevara, e do seu cartel, que conduz o jovem jornalista Luís Escobar e Alícia María ao inferno, através de uma ardilosa e cruel trama. Os sofrimentos do jornalista e de sua amada são vencidos, através do imenso amor vivido por esses personagens. O poderoso mafioso, defensor da frase tão repetida em seus colóquios: “VINGANÇA É UM PRATO QUE SE COME FRIO”, aprende enfim, a intensidade da veracidade contida nessa frase, através do seu fidelíssimo “laranja”: Pablo Gutiérrez.
Quanto à divulgação das minhas obras, no exterior, presencialmente, não tive o prazer, espero fazê-lo em breve.
A.C.I.MA. – Quantos livros você publicou? Pode nos deixar aqui uma breve bibliografia (título/Ano de publicação/ Tema e público alvo/ Em uma frase a mensagem de cada obra.
E. R. – Abaixo uma breve relação:
1) Coletânea Versos inéditos, Mural dos Escritores, publicado em 2009, com o Indriso: “O laço”; o Rondó: “Reflexão” e a Vilanela: “O sexo Frágil é forte”.
2) Antologia Poeta Mostra a tua cara, em 2010, com a poesia: “À minha musa”.
3) Antologia Poesia do Brasil, em 2010 Proyecto Cultural SUR-Brasil, com “Sentir Flame”.
4) Antologia Poetas En/Cena 4 Belô Poético /RS “Impacto”, 2010.
5) Antologia “Interfaces de Amor e Paz” CAPPAZ VOL. I , 2010.
6) Antologia Destaque Literário Brasileiro em 2011, com o artigo: “O Capitalismo de Max Weber”, 2011;
7) Antologia Del’ Secchi VOL. XXI “ África Lusófona”, Editora Del’Secchi - 2011.87) Projeto Literário Delicatta VI Contos e Crônicas “A chave para a vitória”, Editora Delicatta – 2011.
8) Poetas En/Cena 5 Belô Poético, Porto Alegre/RS, 2011.
9) Publicou o seu primeiro livro solo, pela Real Academia de Letras ( Coletânea de 50 textos de categorias diversas), em 2012;
10) Antologia XII Prêmio Cultura Nacional (Real Academia de Letras),”O Laureado Senhor”, 2012;
11) Antologia Del’Secchi VOL. XXII “O Meu Melhor Presente de Natal”, Editora Del’Secchi - 2012.
12) Antologia dos Cônsules, “Ares de Ariano”, em 2013.
13) Antologia Del’Secchi VOL. XXIII “ O Meu Melhor Presente de Natal”, Editora Del’Secchi - 2013.
14) 4ª Antologia Poética ALAF “Amor de fã”, Editora Literarte- 2013.
15) Antologia da Associação Internacional Poetas Del Mundo, “ Por trás do aparente amor”, 1ª Edição, Editora Life, 2013.
16) “Conflitos de uma alma” Editora Literarte – 2014, ISBN 978 - 8 -5835200-8-5.
17) Antologia Del’Secchi VOL.XXIV “ A emoção de investir no real”, Editora Del’Secchi- 2014.
18) Participa ativamente de quase todos os Projetos literários do Cônsul Alfred Asís, Isla Negra Chile, sito alguns:
19) Mil Poemas a Cesar Vallejo, com o texto: César Vallejo o poeta, em 04/10/2011.
20) Mil Poemas a Pablo Neruda, com os textos : “Neruda do amor à política”, em 21/06/2012 e “Um pouco de Neruda” .
21) Mil Poemas a Gabriel García Marquez, com o texto: Gabo e a Literatura Fantástica, em 23/04/2014.
22) Mil Poemas à madre Teresa de Calcutá, com o texto: “De Agnes à Madre Teresa de Calcutá”, e “Agnes o pássaro cantante”, em 03/08/2014.
23) Mil Poemas a Óscar Alfaro, com o texto: “Óscar Alfaro o poeta das crianças”, em 23/06/2013.
24) Mil Poemas a José Martín, com o texto: “Tributo a José Mártín Pérez” , em 26/03/2013.
25) Participa ativamente da Revista Virtual Varal do Brasil (Genebra – Suíça))
26) Tem participações na Revista Literária da Academia de Letras de Teófilo Otoni (ALTO): Café-com-Letras.
27) Tem publicações no site da UBE/SP.
A.C.I.MA. – Se desejar deixe-nos uma mensagem, frase, reflexão ou poesia de sua autoria, por favor!
A VIRADA DO DESTINO
Um homem culto de boa aparência e modos finos, enfim... um homem bem-sucedido encontrou o inesperado. Enquanto guiava o seu carro, um louco ao volante lhe foi de encontro, impacto violento de consequências cruéis.
O vitimado tivera várias mulheres e alguns filhos, que não os soube valorizar, o seu alto salário se transformava em quase nada, diante das subtrações das pensões alimentícias impostas pelo sistema.
Morava de aluguel, jamais pensou em poupar, ou em aplicar um pouco do que lhe restava.
Às dívidas cresceram, a inadimplência concernente à casa onde morava o levou ao despejo, às portas estavam fechadas. O acidente deixou-lhe marcas, que impediam a sua contratação trabalhista; conviveu com a ralé lutou e relutou, para não comer do bocado dos mendigos... A fome o venceu.
Enquanto catava latinhas de refrigerantes, para vendê-las achou restos de comida, na lixeira de um restaurante pegou, e sentou-se no chão; receoso começou a comer às partes intactas, logo esqueceu que eram restos, e avidamente se alimentou.
Sentindo-se observado olhou a sua frente, um garotinho bem vestido o olhava admirado. Parou, por um momento, e olhou profundamente nos olhos do menino. A mãe do garoto logo apareceu e olhou para o homem, friamente, pegou a mão do filho, e fez a criança entrar no seu carro de luxo, e partiu. Não enxergou a extrema necessidade daquele homem, que olhando o carro se afastar viu a mãozinha da criança lhe acenando... E, chorou amargamente.
Àquela mulher não tinha os olhos de Deus.
O olhar da criança falou mais que muitas palavras... Haverá um momento em sua vida, em que a imagem daquele homem, no mais profundo caos, surgirá nas paredes de sua memória.
Refeito do difícil momento, o homem falou para si: “Não morrerei assim”!
By Esther Rogessi
RAPIDINHAS:
A.C.I.MA. – Uma saudade?
E. R. – Minha infância.
A.C.I.MA. – Um sonho?
E. R. – Jamais deixar de sonhar.
A.C.I.MA. – Um lugar?
E. R. – Aonde houver paz!
A.C.I.MA. – Uma música?
E. R. – Águas de Março (Tom Jobim ) Elis Regina.
A.C.I.MA. – Uma tristeza?
E. R. – Morte.
A.C.I.MA. – Um barulho?
E. R. – Do mar.
A.C.I.MA. – Um cheiro?
E. R. – Terra molhada e COCO MADEMOISELLE CHANEL.
A.C.I.MA. – Doce ou salgado?
E. R. – Agridoce.
A.C.I.MA. – Destino ou casualidade?
E. R. – Destino... Está escrito!
A.C.I.MA. – Quente ou frio?
E. R. – Depende do momento.
A.C.I.MA. – Seu hobby?
E. R. – Viajar.
A.C.I.MA. – Comida preferida?
E. R. – Nordestina.
A.C.I.MA. – O que ama?
E. R. – Família, delicadeza, criança, natureza....
A.C.I.MA. – O que não ama?
E. R. – Agressões verbais e corporais, principalmente aos indefesos.
A.C.I.MA. – Um livro?
E. R. – “E o Vento Levou” (minha 1ª leitura).
A.C.I.MA. – Um filme?
E. R. – Conversando com Deus.
A.C.I.MA. – Uma homenagem?
E. R. – Aos meus filhos.
A.C.I.MA. – Momento inesquecível?
E. R. – Nascimento dos meus filhos e netos.
A.C.I.MA. – Três coisas fundamentarias para ser feliz?
E. R. – TEMOR A DEUS; SAÚDE e AMOR.
A.C.I.MA. – Muito obrigada ESTHER ROGESSI!
SUCESSO SEMPRE!
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