APTIDÃO SEXUAL NA TERCEIRA IDADE

A ditadura do corpo perfeito e da eterna juventude tem ajudado a alimentar um preconceito ainda muito arraigado na sociedade: a de que os homens e mulheres na terceira idade e até os idosos não têm mais apetite sexual. Hoje, seja pela elevação da auto-estima, da melhoria da qualidade de vida e até pela potência rejuvenescida com reposição hormonal, sem esquecer o uso providencial do Viagra, no caso dos homens mais velhos, muitos cinquentões, sessentões e até setentões têm prolongado a vida saudável.

È o caso de Maria Aparecida Pereira Lima, que aos 54 anos, afirma está com tudo em cima e acrescenta ainda: “Tenho o mesmo fogo que tinha na juventude. Fiz reposição hormonal, e hoje me sinto uma adolescente de 15 anos”. Ao contrário de muitos coroas, Maria aceita o envelhecimento como um processo natural da vida e está muito realizada ao chegar aos seus 54 anos com muita experiência, bastante “fogo” e uma grande vontade de viver.

Há também mulheres sessentonas, que após passarem pela tão “temida” menopausa, vivem em constante harmonia sexual com seu parceiro. Mulheres que afirmam ter pelos seus amantes o mesmo apetite de antigamente. É o caso de Maria Alice das neves, 65 anos, que apesar de viúva duas vezes, garante ter o mesmo vigor na hora de amar. “Sou viúva, mas o apetite sexual não acabou, acho que se encontrar um homem simpático, agradável que me dê a qualidade de vida que eu mereço, farei tudo com o maior prazer, pois além de toda a minha energia, me sinto uma mulher linda ”.

Essas são as pessoas que descobriram que com o passar do tempo não se perde o desejo, a vontade de estar em intimidade com seu parceiro e sim, aprende a controlar seus impulsos e o que se pensava em “quantidade”, na juventude, hoje se pensa em “qualidade”.

A tal chamada panela velha também pode fazer comida boa. A verdade é que o sexo, assim, como várias outras atividades vai se tornando menos necessário com o passar do tempo. O mito da perda do apetite sexual quando mais velho, entretanto, é alimentado pela desinformação e pela má interpretação das inevitáveis mudanças fisiológicas, que ocorrem nos indivíduos de mais idade. O fato de haver a diminuição das relações sexuais e o contato físico, não significa dizer que o coroa ou o idoso perdeu o apetite sexual e que não sente mais vontade de realizar o ato.

Muitos homens também estão se empenhando na melhoria da qualidade de vida e da vida sexual. Alguns se consideram jovens, apesar da idade, possuem a mesma energia e o mesmo espírito, não esquecendo também de seus limites. “Considero-me uma máquina, tenho o mesmo dinamismo de antigamente, para mim idade é apenas um pretexto do tempo, mas estou realizado em chegar a ela e me sentir como se tivesse 30 anos”, assim disse o aposentado Ataíde Lins, 50 anos.

Ainda hoje, dúvidas são bastante freqüentes na cabeça das pessoas. Não apenas os cinquentões, ou sessentões, mas até mesmo os jovens, pensando no futuro, sentem necessidade de se manter informado. Uma das dúvidas muito comum entre os homens, é até quando o homem tem ereção. Segundo o Clínico Geral, Drº Miguel Aragon, a ereção acontece até o fim dos dias. Para o homem não é necessário o uso de estimulantes, não pelo físico, mas pela mente, pois esta sim sente a necessidade do mesmo para consegui manter-se em atividade.

Dúvidas, medos e mitos. Essas são características de jovens preocupados com o futuro e de pessoas que começam a chegar à idade estereotipada pela sociedade de “coroas” ou “idosos”. “Meu maior medo é ficar impotente quando chegar numa idade mais avançada”, disse o estudante, Elielson Ferreira, 18 anos.

Adriana Souza
Enviado por Adriana Souza em 22/05/2007
Código do texto: T496666