Vou vivendo
Vou vivendo alicerçado no amor eterno e incondicional de Deus. O amor aos livros é um amor que existe em mim desde quando eu comecei a ter consciência do mundo e de mim mesmo.
Houve um período na minha vida, quando eu tinha 11 anos de idade, mais ou menos, em que eu ia buscar a uma distância de 6 quilômetros ou mais, na casa de uma colecionadora, Literatura de Cordel, com o objetivo de ler em casa. Quando era noite, eu começava a ler em voz alta. Algumas pessoas se aproximavam para escutarem as histórias dos livros. Dizem que ninguém lia tão bem quanto eu; e eu era apenas uma criança.
Lembro-me de "Rufino, o Rei do Barulho", "Antônio Cobra Choca", "Juvenal e o Dragão", "O Bom Pai e o Mau Filho", "A Chegada de Lampião no Inferno", "Zezinho e Mariquinha", entre muitas outras histórias daqueles inesquecíveis livros.
Quando eu morava em São Luís, MA, o dinheiro que eu recebia por mês era economizado para comprar alguns livros. Após me formar e conseguir um trabalho, eu continuei comprando. A diferença é que eu pude comprar muito mais.
Os meus livros são companheiros que não me abandonam. Tenho o privilégio de ter livros sobre os mais variados assuntos: livros filosóficos (a maioria), religiosos, gramaticais, linguísticos, literários, jurídicos, sociológicos, políticos, poéticos, Literatura de Cordel (uma antiga paixão, a minha primeira paixão), educacionais, didáticos, entre outros assuntos.
O verdadeiro filósofo é um amante do conhecimento, da sabedoria, dos livros. Tenho obras que me falam das mais variadas formas; conteúdos que me consolam, que me provocam choque, que me alimentam, que me combatem, que me compreendem e que me fazem ser este ser multifacetado que sou.