O Consultor e o Pensador
Entrevista concedida a grupo de formandos de administração da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC – após conferência naquela Instituição.
Formandos da Faculdade de Administração – Dr. Luiz Roberto, pudemos conferir em sua página na internet que em sua carreira como consultor o senhor esteve envolvido numa diversidade incomum de trabalhos que vão bem além daqueles que se costuma encontrar na área de administração. Foi uma questão de oportunidade ou proposital?
Luiz Roberto Bodstein – Eu não diria ter sido proposital, já que eu não fiz uma escolha, digamos assim, por esse modelo de trajetória. Também não posso dizer que foi por acaso: acho que tem muito mais a ver com uma necessidade que sempre tive de explorar possibilidades, de estar descobrindo outras coisas. Conhecer mais sobre tudo o que me cai nas mãos sempre se apresentou como uma compulsão na minha vida. Algo bem maior do que eu consigo controlar dentre todas as minhas manias (risos).
FFA – Isso se estende aos seus livros não técnicos, pelo que a gente percebeu.
LRB – Com certeza!
FFA – E isso se mostra mais forte no escritor ou no consultor?
LRB – Nos dois, se bem que acontecendo de maneira diferente em cada um. No que toca à escrita, eu gosto de explorar estilos novos de me expressar. E sempre que descubro algum eu faço experimentos com ele, uma espécie de teste para descobrir se consigo expressar minhas idéias dentro das regras que o estilo impõe, sem me sentir tolhido por elas. Em alguns eu fico confortável e dou continuidade ao uso. Em outros posso não me identificar, e não insisto neles.
FFA – Pode dar algum exemplo?
LRB – Claro! Eu tive algumas experiências com “Haikais”, por exemplo. Acho interessantíssima a forma concisa e direta de contar toda uma história, que os japoneses conseguem fazer de forma admirável! Pra mim, no entanto, não passou de uma experiência. Não me senti identificado com o estilo para me fixar nele mais do que durante um curto espaço de tempo. Já a prosa poética me atrai de uma forma muito mais forte.
FFA – Tem a ver com ficar preso às 17 sílabas que o senhor precisa obedecer nos haikais?
LRB – É. Acredito que tenha a ver com isso. Mas não necessariamente pela dificuldade de respeitar a silabação, nem à concisão obrigatória. Muito mais talvez com a sensação de ter um trilho rígido demais para eu explorar toda a poesia que parece pedir mais lá por dentro... Algo assim (risos). E não tem nada ver com o tamanho: tem mais a ver com identificação do que com dificuldade da forma. Tanto que fiz muitos “poemínimos” que se fecham em 4 ou 5 palavras inteligentemente utilizadas, e adorei fazê-los. Tem a ver com você, não com a forma. Eu, por exemplo, me considero rebelde por natureza. Quando sinto o estilo me prendendo mais aos trilhos do que me dando o espaço que preciso para me sentir inteiro, tento me livrar da sela nas costas, acho que é mais ou menos por aí.
FFA – E pelo lado profissional também acontece desse jeito?
LRB – No que toca à identificação e o de precisar me colocar inteiro no que faço, nisso é igual. A diferença maior fica por conta da mensagem a ser passada: eu preciso acreditar nela, antes de levá-la ao público que pretendo atingir. Se me oferecem um conteúdo pouco consistente, que não me convence de que possa atingir o objetivo que é vendido para o cliente, ou que não permite ser explorado em todos os seus diferentes aspectos, não há remuneração que me leve a trabalhar com ele. Hoje posso dizer que só me envolvo com projetos em que acredito no resultado que se propõe a oferecer! Já na escrita, seja em linguagem poética ou em prosa, não existe essa exigência de precisão, nem de resultado junto ao público envolvido. O compromisso é com a auto-satisfação, pura e simplesmente. Não escrevo com o intuito de vender livros nem de me projetar pela escrita.
FFA – Isso é um privilégio que poucos podem se permitir, não é assim?
LRB – Concordo. Conheço muitos profissionais que se preocupam em vender aquilo que virou febre no momento. Se está “bombando”, o caminho é esse. No meu caso sinto uma resistência enorme pra acompanhar esse tipo de lógica.
FFA – Mas isso não restringe seu espaço em termos de concorrência?
LRB – Em termos de marketing eu acredito que restrinja, sim. Mas é aquele negócio: entre ter quantidade ou oferecer qualidade, eu fico com a segunda. Eu já cumpri minha cota de me envolver com coisas onde a sobrevivência exigia que eu engolisse alguns sapos. A esta altura da minha vida posso me dar ao luxo de me ocupar só com o que realmente acredito, e aí a qualidade fala mais alto. Isso também vale para quem paga pra me ouvir, Se ele opta por resultado em vez de “oba-oba”, acaba saindo com uma sensação de que fez uma boa escolha, e isso é o que me importa.
FFA – E o que diria para a outra parte – talvez a maioria – que fez a escolha pelo que está “bombando”?
LRB – Que consigam ter o que buscam. Cada um tem direito de escolher entre o que enfeita e o que faz diferença, mesmo que não esteja na moda. A mim me dá mais prazer falar para quem eu possa produzir alguma diferença no que busca para si mesmo.
FFA – O senhor tem uma longa lista de trabalhos aplicados a instituições de ensino na docência de MBA’s, pós-graduações, além de conferências sobre os mais diversos temas, não é assim?
LRB – Sim. E não apenas voltado para universidades de ensino formal, como a de vocês. Fiz muitas apresentações em instituições educacionais de toda natureza como o INES (Instituto Nacional e Escola de Surdos), centros de formação tecnológica, instituições de capacitação técnica do sistema “S” e até para estudantes com necessidades especiais do ensino médio. É um público bem diferente do corporativo.
FFA – Diferente em que sentido?
LRB – De que o trabalho se mostra bem mais gratificante! A diferença maior é na motivação. A maioria desse público é de jovens buscando espaço no mercado, e se mostram ávidos por ocupar esse espaço. Então mergulham fundo em tudo que lhes chega. A gente sai com a certeza de que contribuiu para que, a partir de nós, mais uma porta se abriu para cada um deles! Isso dá muito combustível para trabalhos altamente produtivos.
FFA – Seu público sempre foi bastante diversificado, não?
LRB – Em todos os aspectos possíveis: institucional, hierárquico, cultural, geográfico, intelectivo, etc.
FFA – Poderia dar alguns exemplos desses públicos?
LRB – Institucional: empresas do serviço público, privado, e do terceiro setor; hierárquico: da alta administração ao chão de fábrica, de operários a ministros de estado e altos dirigentes de autarquias governamentais; geográfico e cultural: direcionados para todas as regiões do país tanto em corporações das grandes capitais como em microempresas de cidades ribeirinhas da Amazônia, às quais só se tem acesso por “teco-teco” ou navegação fluvial; intelectivo: fazendo uso de linguagens que cobrissem toda a diversidade das propostas pedagógicas, desde adolescentes com atraso escolar, passando por deficientes em diferentes funcionalidades, até especialistas de alta performance. Numa área de atuação tão abrangente como a da Qualidade, imaginem que ao longo de anos percorrendo inúmeras vezes todos os estados da União não há como imaginar algum tipo de público que fique de fora de um tipo de trabalho tão abrangente como esse a que me dediquei.
FFA – Dá pra citar algumas dessas instituições governamentais e seus dirigentes, que teriam passado pelo senhor ao longo desses trabalhos?
LRB – Minha nossa! Se considerado que foram centenas de entidades das três esferas de governo, imaginem a dificuldade para atender essa pergunta!... Para citar apenas os mais representativos, no tempo do MARE (Ministério de Administração e Reforma do Estado) estive um bom tempo em Brasília em contato com a Cláudia Costim – que na época assessorava o Bresser Pereira – para implantação do programa de qualidade no Ministério. Teve também o Joel Jorge que conheci na Diretoria do Ministério da Justiça e que depois me chamou para um novo trabalho pelo IBQN quando já estava à frente do Detran, também em Brasília. Governos municipais foram muitos, com destaque para o do Dante de Oliveira, já falecido, quando esteve à frente da prefeitura de Cuiabá. Ele deixou o governo municipal para sair governador de Mato-Grosso, deixando o vice – Cel. Meirelles, em seu lugar. Na Bahia um trabalho que marcou foi o contratado pela prefeita Lídice da Mata (PT Salvador), para ser aplicado à todo os integrantes de sua assessoria. Pelo Ministério do Planejamento percorri o país em 2002 aplicando “workshops” de desburocratização, seguindo a orientação iniciada por Hélio Beltrão quando lá atrás comandou a pasta criada para reduzir o impacto da burocracia no país. Peço desculpas, mas vocês hão de convir que ao longo de 17 anos apenas nesse tipo de trabalho é uma tarefa impossível nomear todos os que se mostraram significativos.
FFA – Tudo bem, Dr. Luiz. Está desculpado! (risos)... Mas tem um ponto do seu curriculum que acreditamos não ser difícil para o senhor dar mais detalhes: a missão de estudos que cumpriu na Universidade da Pensilvânia. Estou certo?
LRB – Ah, sim! Com toda certeza! Por onde começamos?
FFA – Comece explicando uma coisa que interessa a todo o grupo aqui: o que vem a ser uma “missão oficial de estudos” no modelo que o senhor integrou? O que o senhor acredita que pode acrescentar para qualquer um de nós que, num futuro próximo, possa estar seguindo a trajetória que o senhor cumpriu em consultoria organizacional?
LRB – Bem, conforme sugere Jack, o estripador, vamos por partes... (risos). Uma “missão oficial de estudos” é um evento especialmente criado para proporcionar troca de experiências entre especialistas de alta performance nas suas respectivas áreas de atuação. No meu caso específico, elas aconteciam como exigência de atualização e nivelamento do conhecimento requerido para os profissionais que estivessem à frente de um processo de disseminação de programas de excelência corporativa, os chamados “Programas de Qualidade”, embasados por um modelo conhecido como GQT – Gestão pela Qualidade Total.
FFA – A quem compete a iniciativa de um evento desse porte?
LRB – Para essa resposta é preciso que vocês entendam a estrutura desses sistemas na época da Missão: a idéia na época foi do Governo Collor, que decidiu estabelecer no país uma mentalidade voltada para a qualidade do serviço público, tido como um dos mais atrasados pelos parâmetros que havia para as práticas já amplamente internalizadas pelas grandes corporações no exterior.
FFA – Com base na credibilidade que o senhor mencionou como pré-requisito para seus trabalhos, o senhor acreditava nas boas intenções do governo, na época, para efetivamente investir na melhoria dos serviços que prestava?
LRB – Pra ser franco, nunca entrei no mérito dessa questão. Pra mim pouca diferença fazia se o Collor estivesse realmente pensando no crescimento do país, na efetiva melhoria na qualidade dos serviços prestados à população, ou se tudo não passava de um grande projeto de marketing sustentado pela sua megalomania, de forma a criar a imagem de “grande estadista” para o resto do mundo. Na minha cabeça havia uma certeza de que o ganho não ficaria refém de qualquer dessas motivações: fossem elas interesseiras ou não, estávamos em um processo de permanente contato com referenciais do que de melhor se estava fazendo no planeta, e isso, por si só, já era um enorme ganho para todos. Se até então – tão hermeticamente fechados em nosso mundinho tupiniquim – não se tinha acesso a qualquer parâmetro de comparação entre o que possuíamos e o que ainda se poderia obter em termos de melhorias, esse processo agora exigia uma importação de referências segundo os conceitos mais avançados em caráter global. Ainda que não sendo o bastante para mudar realidades por si mesmo, apresentava-se como um incontestável gerador de massa critica, fazendo com que tivéssemos a dimensão do quanto estávamos atrasados em relação a tudo o que poderíamos estar obtendo diante do já possível de ser atingido.
FFA – E onde entrava a missão de estudos nesse contexto?
LRB – Justamente para nivelar a compreensão do “modelo universal” a ser seguido para corrigir as distorções e diferenças entre as diferentes culturas, de acordo com o método preconizado pelo padrão de qualidade que deveria – hipoteticamente – ser acessível a todos os povos desse novo mercado globalizado, que buscava encontrar uma linguagem comum em termos de desenvolvimento. O governo decidiu então nomear algumas das mais respeitadas instituições especializadas em gestão de alta performance para funcionarem como “nucleadoras da qualidade”, ou seja: como multiplicadoras da metodologia que se propunha a disseminar para gerar o salto de qualidade no serviço público.
FFA – Discurso esse afinado com a promessa de campanha do Collor de “acertar um tiro na testa do dragão da inflação” por conta da ineficácia operacional do país. Teoricamente uma sacada convincente com enorme retorno político!
LRB – Sem a menor sombra de dúvida! E o suficiente para dar projeção nacional a um político de Maceió, vindo de um partido que ninguém conhecia, a tal ponto de vencer a primeira eleição por voto direto após 21 anos de ditadura militar. Como mencionei, foram três as empresas habilitadas como multiplicadoras da qualidade para esse trabalho de amplitude nacional: a Fundação Vanzolini, em São Paulo, a Fundação Christiano Otoni, em Belo Horizonte, e o Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear (IBQN) no Rio, cuja equipe de consultores vim a integrar. Essas três nucleadoras tinham que cumprir um calendário de nivelamento metodológico sistemático com instituições mundiais que detivessem o “know-how” da Qualidade, de acordo com os princípios de operacionalidade estabelecidos na época. E foi assim que fui parar numa dessas missões de estudo. A Universidade da Pensilvânia (Pennstate), onde ocorreu a missão da qual participei, era tida como a meca mundial da qualidade, concentrando no “The Center for Total Quality Schools” os maiores especialistas do assunto e a grade curricular das disciplinas que deveriam ser compartilhadas por todos os países membros.
FFA – ... A que aparece descrita lá em sua página (www.luizrobertobodstein.com.br).
LRB – Correto!
FFA – Na sua opinião as missões de estudo cumpriam seu objetivo?
LRB – O de nivelar a metodologia da qualidade? Acredito que sim, embora isso não tenha se aplicado ao meu caso, especificamente. Não por falha da missão, com toda certeza, que foi impecável da primeira à última disciplina ministrada, mas por uma competência técnica mais impecável ainda por parte do IBQN, para o qual eu trabalhava! De tudo o que vi, ao longo do período em que permaneci em Pennstate, não me deparei com absolutamente nada que desconhecesse até antes da missão, com exceção de uma talvez – o Ensino à Distância – por conta da tecnologia que, para a época, o Brasil ainda não dava acesso. Mas nada além dos recursos tecnológicos utilizados na disciplina, o que era de se esperar. No que toca ao conteúdo, mesmo, não encontrei qualquer novidade, o que se apresentou como um incontestável indicador de que eu integrava uma das mais avançadas estruturas organizacionais do assunto, sem a menor sombra de dúvida. Talvez para outros integrantes da missão, oriundos de outras instituições participantes, essa constatação não se mostrasse verdadeira, e aí a missão estaria cumprindo esse papel nivelador.
FFA – Não sei os meus colegas aqui presentes, mas eu pessoalmente contei mais de 120 cursos em seu curriculum. Qual o peso que eles têm para o senhor hoje?
LRB – Como background para o que faço agora, nenhum!
FFA – Como assim? Está dizendo que durante todo aquele tempo era um colecionador de diplomas?
LRB – Não! Estou dizendo que eu não teria me mantido no mercado se dependesse deles. E é muito simples de entender a razão: as coisas mudam numa velocidade intensa atualmente. As competências que adquiri quando passei por aqueles treinamentos servem hoje como base para algumas escolhas, ou referências sobre como tais conceitos evoluíram ao longo dos anos. Qualquer coisa que tenha vivenciado há mais de dois anos, no entanto, não possuem qualquer aplicabilidade dentro do que faço agora. Antes isso acontecia num intervalo maior. Daqui a pouco, passados um ou dois anos do que estamos fazendo agora já serão suficientes para o mesmo estágio de obsoletismo.
FFA – Isso não é assustador se pensarmos em todo o investimento feito para tudo se perder em tão pouco tempo?
LRB – Depende do que você entende como “perda”. Considerando apenas os conteúdos, eles se perdem, sim. Mas se o foco for estendido para o sistêmico, o resultado final é um consistente preparo para o novo e uma percepção igualmente intensa de sua atual realidade, o que se mostra muito mais útil para o seu agora do que o simples acúmulo de conhecimento. Já se sabe que mais importante não é o conhecimento em si, mas o que se faz com ele.
FFA – Falando em conhecimento acumulado, o senhor é autor de quantos livros até o momento?
LRB – Se você pergunta dos lançados, vinte até aqui. Mas tem três em andamento que ainda não sobrou tempo pra terminar.
FFA – A maior parte sobre assuntos dos seus trabalhos?
LRB – Não! Apenas seis são técnicos. Um dos três que estou trabalhando será o sétimo. Os demais são dos mais variados estilos: sonetos, contos, ensaios, pensamentos, e outros.
FFA – Já fez cordel?
LRB – Poucos, mas estão entre os estilos que mais gosto. Aquela linguagem interiorana, tão rudimentar e, ao mesmo tempo, de uma sabedoria profunda e ingênua que brota do cotidiano me fascina!
FFA – Contei quase 40 cidades nos diferentes países que o senhor visitou. Algum motivo especial para as viagens, além do lado profissional?
LRB – Você sabe de coisas que nem eu mesmo sabia... (risos). Respondendo sua pergunta: o lado profissional, nas viagens, é o menos importante. Capacitação técnica a gente pode fazer em qualquer lugar. Temos instituições no Brasil que cuidam disso brilhantemente, sem dever nada a muitos países de primeiro mundo. Veja só: não estou falando da educação de base, que é uma lástima, mas da especializada, ao que a maioria não tem acesso. Mas quanto às experiências lá fora, o que proporciona o maior aprendizado mesmo é a troca de culturas, a vivência de realidades tão diferentes da nossa. Isso é o que acredito acelerar um crescimento que nenhuma escola consegue proporcionar. Tenho pra mim que cada ano passado num país estranho corresponde no mínimo a dez que se passa no próprio país, em termos de aprendizado.
FFA – Ouvi dizer que o bom entrevistador é aquele que pesquisa bem o entrevistado antes de iniciar a entrevista. Acho que todo mundo aqui se preocupou com esse lado (risos).
LRB – Percebe-se! (novas risadas)
FFA – Professor, perguntamos alguma coisa que não gostaria de ter respondido ou deixamos de perguntar alguma coisa que gostaria de dizer?
LRB – Nem uma coisa nem outra. Vocês foram bem práticos na escolha das questões. Acredito que em uma semana estarei refeito para outra sessão de perguntas como essa (risos). Obrigado a todos.
FFA – Nós é que agradecemos. Obrigado pelo tempo que nos dedicou, e até a próxima!
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