MINHA VIDA É AJUDAR O MEU PAÍS...
Dr. Márcio - Tenho lido seus artigos na internet e nos jornais de Araras e gostaria de lhe fazer uma pergunta: “O que significa para o Senhor se expor tanto; isto não o incomoda, não lhe cansa?” – José Cunha Neto – Estudante.
José – Conheço seus pais e sei que se perguntasse para eles esta questão eles lhe dariam a resposta, não só por sermos amigos, mas porque eles também pensam como eu.
Já falei rapidamente sobre este assunto e vou estendê-lo, para que você perceba o que isto tem haver com a nossa saúde, que é o tema que o Jornal Opinião me entregou a responsabilidade, para traduzir meios de vida sadios.
Em meu primeiro dia de aula na Faculdade de Medicina da UFMG, fiquei conhecendo meu maior amigo, do qual fui monitor por cinco anos e ele me retribuiu sendo meu padrinho de casamento. Ele começou a aula dizendo:
“Bom dia meus caros; meu nome é Domingos Gândara da Silva, serei seu professor de Antropologia, dentro da cadeira de Medicina Preventiva e lhes desejo muitas alegrias.”
“Minha primeira aula começa com um pensamento que aprendi , dirige a minha existência e quero ensinar-lhes a meditar sobre isto, principalmente porque vocês estarão em contato direto com a sociedade, numa aproximação tão grande como a que tenho com vocês, alunos: Nós temos que entender que a nossa profissão nos tornará políticos sem cargo eletivo, vivenciando os erros e acertos dos caminhos que tentam nos impingir e tentamos compreender, mas que nem sempre é o caminho correto. Portanto seremos políticos lutando pelo bem estar de nossa população, raciocinando, discutindo, levantando as dúvidas de qualquer tema, para produzirmos eficiência com muita alegria, ao atingirmos nosso desafio.”
Nossa primeira reação ao terminar a aula, onde o tema foi abordado, foi a de acharmos que nos defrontamos com um falador de textos chiques, sem percebermos o seu real valor.
A partir dos diversos contatos com pessoas pobres, em vilas, onde tínhamos que melhorar a higiene de suas cisternas, retirarmos suas “casinhas” sanitárias de locais mais altos, que dirigiam os líquidos secretados para baixo, contaminando as águas potáveis.
Ao sentir a dificuldade da população por ficar alguns dias sem usar estas águas, que estavam sob recuperação com desinfetantes, eles viviam alguns dias buscando em casas de vizinhos, para obterem água melhor tratada.
Sentindo a tristeza de vermos suas verduras mal irrigadas, a dieta empobrecida e posteriormente sentirmos a alegria da população ao terem sua higiene melhorada, nós percebíamos o que o Gândara falara.
Quantos de nós recebemos convites para sermos vereadores ou prefeitos, mas não era esta a melhor solução, pois nos limitava, conforme explicava a nossa moral.
Nossa luta é engrenada, pelo fazer um papel positivo eliminando as doenças capazes de serem corrigidas, sabendo que não éramos mágicos e portanto, não podíamos nos sentir como deuses, mas com os pés no chão, buscando reduzir a nossa ignorância, sem nos magoarmos, mas sorrindo a cada vitória.
As descobertas da Medicina foram correlacionando às causas, a melhor forma de vida, os fatores de tomadas indevidas prejudiciais ao meio ambiente e aos poucos percebemos nossa necessidade de luta contra os erros administrativos produzidos por patrões e políticos.
Só para lhe dar uma idéia, quando inventaram menosprezar os funcionários das empresas com a criação de um malévolo “departamento de recursos humanos”, que creio errado lutei fazendo cursos sobre a transformação empresarial incentivando a criação de um “Departamento de Relações Humanas’, pois o ser humano não pode ser rebaixado à comparação de um parafuso, uma porca, ou qualquer outro utensílio produzido, ou usado pela empresa, uma vez que se dedica cerca de um terço de sua vida, ao crescimento e admiração social de onde trabalha.
Infelizmente alguns patrões e dirigentes incapazes de setores industriais, à época, adoraram esta alcunha de “recursos”, pois acreditavam que rebaixando seus funcionários com este termo pejorativo, os dominariam melhor.
Meu grito foi tão alto, que resolvi escrever um livro ,RELAÇÕES HUMANAS – A GRANDE ALAVANCA NAS EMPRESAS, que distribuo de graça no Recanto das Letras, mostrando os malefícios que esta medida sem objetividade, cega, criara com certeza 80% de falsos pedidos de licença no INSS, outrora INPS e a quantidade de atitudes de agressões pelos “palmeiras imperiais”, incompetentes administradores, que vivem desfrutando falso reconhecimento, repetindo coisas colhidas dos “Samambaias”, humildes funcionários, que são observadores e muito competentes. Tudo isto causando prejuízos sérios às empresas, muitas vezes, como já descobri agindo como Consultor de Relações Humanas, levando a sabotagens nestas empresas, como resposta a estes mal tratos.
Em meu livro, que não o cito para ganhar dinheiro, ou popularidade, descrevo o que vi e como modificar este erro, mesmo que parte da classe empregatícia acomodadamente fosse incapaz de modificar este termo e mudar seu modo de tratar, para agir com carinho e reconhecimento aos seus propulsores.
Mostro mais tentando fazer com que os “Samambaias” possam se expressar a ter seu espaço com felicidade, até quem sabe ocupar no futuro o cargo de algum “palmeira” sem competência.
Em uma grande firma que assessorei, um samambaia deixou, ao morrer, uma coleção de cadernos, com anotações sobre a produção e a manutenção da Empresa, que seus donos premiaram a esposa viúva e seus filhos, com uma boa casa e todo o estudo que precisassem. Como consequência, criaram uma fábrica nova, com uma produção quatro vezes maior, que chegou a exportar seus produtos.
Ser gente, José e todo médico precisa ser, nunca foi só saber receitar, mas olhar para dentro de si, se quiser ver como age, como se porta e recusa a concordar com a sociedade dominada pelos propinas, desinteressados com o futuro da sociedade, desde que ganhem para permitir semvergonhices, como o mundo está repleto.
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Dr. Márcio Funghi de Salles Barbosa
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