COAÇÃO MORAL
Dr. Marcio: Ando muito desiludido com a maneira que as pessoas julgando-se superiores, maltratam e tentam achatar seus discípulos, comandados e até amigos metidos a "DR. SABETUDO". Porque fazem isto? - Danilo.
Danilo: Existe uma frase que cito todos os dias em meu consultório Psiquiátrico: "Quem agride está inseguro e quem se sente agredido também o está!"
Tenho falado isto de sobra em meus Saraus e Palestras, mas sei que a quantidade de pessoas que leem e continuam inseguros, pertencem a uma maioria imensa.
Em minha rotina é muito comum ver pessoas que querem ser tratadas de quadros graves sem medicação, chegando a dizer que se os medicar, eles não tomarão e não retornarão para consulta.
Ao contrário de me indispor pergunto sorrindo: "Qual o motivo desta colocação?" A resposta quase sempre é: "Não quero ser dependente de medicamentos".
Respondo mostrando a eles que o modo mais fácil de não ter clientes é ficar a vida inteira prescrevendo medicamentos e que este não é o meu método, exceto em doenças onde ainda estão testando as curas.
Imagine você fazer um tratamento por vários anos e não ter nada tão grave? Seus amigos ao cansarem de ver você tomando medicamentos sem ter uma doença crônica, vão ter um pensamento firme e correto: "Se um dia eu precisar de um psiquiatra, este eu não busco!" O que é muito certo.
à medida que o conhecimento psiquiátrico cresce, você acaba percebendo que todo tratamento clínico deve, se a pessoa for capaz de notar, que o importante é nos descobrirmos, olhando bem no fundo de nós mesmos (não falei naquele fundo -:).
Nos últimos vinte e cinco anos a psicoterapia tradicional deu lugar a este entendimento, pois não adianta o psiquiatra ou terapeuta fazer o cliente seguir seus passos, a começar que o número do calçado é diferente, como cada caminho leva a outra visão.
Entendendo que para nossos amigos nós sempre ajudamos a achar uma solução para um problema dele, fazendo perguntas que o levem a meditar, por quê não fazermos o mesmo com o nosso melhor e mais próximo: nós?
Aprendi a pensar e escrever sobre mim e ensinar que escrevam os seus achados, bons ou maus e tentem achar soluções sem medo de errar, para suas questões.
Não há necessidade de mostrarmos o que estamos pesquisando para ninguém. Se tivermos uma desconfiança, descreva sobre um João ou José e se, por acaso, alguém achar o escrito e aí vão pensar que você esta romanceando alguém.
Termos medo de sermos sinceros conosco, nos renderá muitos sofrimentos, pois o Sábio já morreu. Portanto paremos de fingir que somos os donos do mundo, ou de uma rede de comunicação.
Não sabemos muito sobre nós, por mais que finjamos e isto é um erro crasso, pois continuaremos errando e tapando o sol com a peneira.
Aprendi a fazer minhas consultas usando uma abordagem cognitivo-comportamental, onde só ajudo com perguntas, para que as pessoas se enxergando, adquiram consciência do que precisam fazer por elas e para elas mesmas.
Uso medicações sempre que preciso e mostro às pessoas, os métodos que empregarei para ir retirando os medicamentos.
Não me permito mentir sobre isto!
Portanto, pergunte-se porque as pessoas o aborrecem com suas coações morais.
Tenho certeza de que um número enorme de pessoas buscam afastar-se do trabalho, com licenças erradas, por não entenderem suas inseguranças.
Faço consultorias de Relações Humanas em Empresas, procurando criar consciência de que um ambiente tranquilo com Relações Humanas agradáveis, criam um ambiente produtivo e com os funcionários percebendo como são importantes no crescimento da sua "segunda casa, família".
Quem criou a nomenclatura "RECURSOS HUMANOS" foi alguém que tinha a intenção de rebaixar o funcionário à posição de uma porca (amiga do parafuso), para que sentisse a fragilidade de seu emprego e que se não pisasse na linha certa. iria para a caixa dos dejetos.
Os funcionários vivem pouco menos de 1/3 de sua vida trabalhando e querem ser reconhecidos pela sua amizade, pelos seus feitos e não serem usados pelos "palmeiras imperiais", que roubam suas idéias e as levam aos cargos superiores, como se fossem gênios e os funcionários "samambaias" (água e sombra).
O mundo está desta maneira, com criminosos e ladrões nos governando, porque somos tolos, votamos como se estivéssemos torcendo por um time.
E depois ainda reclamamos das balbúrdias que deixamos criar, dos roubos que fazem.
A pessoa transformou-se de uma incapacidade de votar, escolher gente com bom passado, com propostas reais, sem exageros, unindo o povo em suas realizações.
Eu, Danilo, procuro entender o que se passa comigo. Estou muito longe da descoberta integral, que sei, provavelmente, nunca saberei, mas minha atenção está voltada para dentro e com isto já tenho algumas dicas para comparar e ver como ando e como andam.
Tem pessoas que compram carros, outras andam de moto. Já percebeu?
Meu abraço.
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Dr. Marcio Funghi de Salles Barbosa
recanto@drmarcioconsigo.com