QUE PAÍS É ESTE?

Dr. Márcio: Li no Jornal, que cerca de 10% dos presos que tiveram permissão para visitar os filhos, no dia das crianças, não retornaram à prisão. Creio que isto é um absurdo. O quê será que eles têm na cabeça? Passaram a ser foragidos e podem ser mortos, ou acabarão se filiando ao PCC, Que país é este? - Pedro P. Silva.

Pedro: Aprendi ao vir para o Sanatório Sayão trabalhar como Psiquiatra, com a ajuda do Dr. José Roberto Antonini DD Promotor de Araras, do Dr. Paulo de Oliveira DD Juiz de Direito de Araras e Dr. Maximiliano Baruto, Nobre Advogado e um dos Diretores do Sanatório Sayão, a ser Perito Médico-Judicial, pois o Sayão era, na época, uma referência importante em Perícias Médico- Judiciais. Fazíamos muitas por semana.

Assim, como Perito, vou às Prisões fazer perícias.

Duas coisas me chocam muito lá dentro: primeiro a visão de falsos religiosos, que ganham bastante para ensinarem a alguns presos a fingirem ter se regenerado, agindo como se fossem convertidos ao Reino de Deus, para solicitarem encurtamento das penas; depois a vida passiva, só preenchida ocasionalmente, com horários de diversão com futebol e outros afazeres que pretendem diverti-los.

Sempre me sobrou a pergunta: Quem paga para eles levarem esta vida sem responsabilidades, a não ser a perda de liberdade? A resposta óbvia: Somos nós, que damos duro em nosso dia a dia.

A lei, ao contrário de dar casa, comida, recreação, e bolsa para os familiares dos prisioneiros, deveriam ter indústrias agregadas, cobertas de segurança, onde os presos aprendessem a ter uma profissão, que lhes rendesse salários, para manterem os custos da penitenciária e a família mantida em alimentação e liberdade mais feliz, além do que as indústrias custeariam suas próprias despesas.

A população, aos poucos está perdendo sua liberdade, com ameaças de roubos, para custearem o uso de drogas, bebidas e prostituição, muitas vezes com violência.

Hoje o PCC tem quase tanta força, como os governantes, que nada fazem e mandam ambos neste país lindo cheio de medo.

Precisamos de uma força policial mais tática, menos agressiva com a população e com entrosamento nas moitas de bandidos, e forma a terem informações antecipadas de seus gestos.

O Dr. Paulo de Oliveira, juiz daquele período era capaz destas informações, como me segredou, tendo agentes que o informavam dos gestos de muitas tentativas de crimes, como quando eu e ele fomos ameaçados de morte, por negarmos a um preso sua liberdade precoce. Ele acabou com o plano, assim que teve a informação.

Pensem um pouco, senhores administradores: Se as penitenciárias fossem um ambiente de recuperação, ao invés de castigo apenas, as famílias não sentiriam honradas em levar seus filhos a visitarem seus parentes presos para ensiná-los a terem orgulho do preso, que está sendo produtivo, ao contrário de destruidor?

A grande verdade, todos nós sabemos: a criação para o crime é feita por familiares que não tem preparação para educar os filhos, maltratando-os, evitando o diálogo e muitas vezes os superprotegendo-os.

Vejo nas escolas particulares, professores e diretoras (es), que só sabem gritar para corrigir, mostrando uma insegurança de dar pena. Pobres filhos e alunos; acabam partindo para o crime, ou às drogas que os levarão a obedecer PCCs, ou outros controladores de seu vício.

Roubar e matar são para eles um sinal de poder.

Fico pensando, como falo sempre, como será seus instantes finais, ao perceberem que só foram ingênuos criminosos, deixando para seus sucessores uma imagem triste de sofrimento, pois seus gestos irão marginalizarem seus familiares.

Precisamos nos unir, oh povo, para conseguirmos que os mandatários (não dirigentes) de nosso país sejam pessoas que podemos confiar e não apenas serem repetidores de discursos escritos para enganarem a população.

Saibamos reconhecer pessoas valorosas e as lançarmos no cargo de políticos realizadores.

Chega de votos de merrecas.

Quero tentar, até o meu último dia de vida consciente, lutar para trazermos melhoras a este País, para não precisarmos de ser vigiados pelos obestas quadradas, que pensam ter um domínio incalculável sobre “os burrões” que vivem pedindo esmolas e doam campos de petróleo para gente que não traz felicidade a seu povo, que não sabem reconhecer o valor de nosso sacrifício.

Repitam e ajam comigo, com fé:“CHEGA DE CANALHICE! VAMOS DAR A VOLTA E EXIGIR, PACÍFICA, MAS COM FIRMEZA: SUMAM, SEUS IDIOTAS, OPORTUNISTAS, PROPINEIROS, CRIADORES DE SUBMUNDOS DOMINADOS!”.

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Dr. Márcio Funghi de Salles Barbosa

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