Entrevista a um profissional TÉCNICO DE PRÓTESE DENTÁRIA
Entrevistado: José Maria Fernandes, licenciado pelo Conselho Federal de Odontologia.
Entrevistadores: Dyn d lvr Mnzs e Ccr Rbrt Crrr Vctr
Assunto: Você e a sua profissão
1)- Qual a maior satisfação que um técnico em prótese dentária pode ter?
Minha maior satisfação é ter um trabalho livre, honesto, e ter o meu diploma e com ele o meu reconhecimento nesta área de profissão.
2)- Em algum momento pensou em desistir? E qual a pior parte de ser um técnico em prótese dentária?
Não, nunca pensei em desistir, dentre os meus 58 anos de profissão, adoro o que eu faço pode ter cliente aqui até a meia-noite e eu estarei aqui de portas abertas para atender. Eu diria que a pior parte é que ultimamente tenho poucos fregueses devido a certos avanços nos tratamentos dentários.
3)- Já houve algum tipo de constrangimento entre você e seus clientes?
Acredito que não, mas pode ter acontecido de alguma vez o cliente se sentir insatisfeito com o nosso trabalho, mas sempre nos esforçamos para atender direitinho o cliente.
5)- Hoje você recomenda sua profissão para seus filhos? Se não qual a profissão que você queria que eles exercessem?
Meu filho Fernando trabalha aqui comigo, eu sou TPD – Técnico em Prótese Dentária e ele é Auxiliar de TPD, e é melhor do que eu dez vezes, o melhor que tem em Crateús, ele trabalha para os melhores dentistas daqui.
6)- Como se interessou pela sua atual profissão?
Desde criança quando eu tinha 9 anos de idade, quando comecei a trabalhar para o Dr. Antonio Cavalcante Bezerra um cirurgião dentista, assim permaneci com ele por 12 anos, realmente me interessei pelo negócio e estou aqui até hoje.
7)- O que você diria para uma pessoa que quer seguir a carreira de Técnico em Prótese Dentária?
Hoje em dia é meio complicado, pois precisa-se fazer vários cursos, especialização, quando eu tirei a minha licença em 1982 tudo era mais fácil, depois de alguns anos de experiência você poderia colocar seu próprio estabelecimento.
8)- Como decorreu seus primeiros dias de profissão?
Foi só na Maria Fumaça e na vassoura, limpando e um faz tudo do Dr. Antonio Bezerra. Depois apareceu a oportunidade de me formar, mas já tinha família e filhos para sustentar por isso continuei com o meu trabalho.
9)- Você é realizado profissionalmente? Quando planeja se aposentar?
Graças a Deus, na verdade já tenho 71 anos, e estou aposentado desde os 65 anos, mas o salário mínimo que ganho não dá para pagar a Unimed, pois a Unimed é 700 e tanto e o salário é 500 e pouco, mesmo assim não penso em deixar a minha profissão só quando eu me for.
10)- Afinal de conta tudo valeu a pena? Se fosse possível faria tudo de novo?
Sim, minha maior satisfação foi ver meus filhos formados a custo do meu trabalho tenho quatro filhos o Fernando que trabalha comigo e o que trabalha na Cagece, tenho dois em Fortaleza um advogado e o outro com material de construção, sim eu faço tudo de novo todos os dias.