LUTEMOS POR UM MUNDO MELHOR, JÁ!
Dr. Márcio: Obrigado por tentar nos abrir os olhos, em suas frases!
Queria fazer-lhe uma colocação sobre os protestos de rua atuais. Acho que a população está iniciando o processo de abertura, que há muitos anos já deveria ter iniciado para se livrar de canalhas dominantes, que no fundo só querem fazer e influenciar a feitura de gestos políticos, visando obter vantagens.
Sou professora com carreira inicial dirigida aos primeiros anos e com a reforma que vem acontecendo já trabalho com adolescentes com até 18 anos.
È muito comum, diria que até diuturnamente, recebo pais que vem me pedir orientações para afastar os filhos das drogas. Falo o que sei e é pouco e queria que me ajudasse a ter mais argumentos para influenciar a estes pais, para lutarem por uma reforma séria de costumes errados, principalmente sobre o uso das drogas.
Desde já agradeço se puder me ajudar. – Clarice
Clarice: Quem tem a agradecer sou eu, pois fui convidado pelo Padre Carlos, recém-retornado à nossa Basílica para discutir com os pais esta quarta passada, sobre este assunto e pude me sentir feliz, por ajudar a quem pediu minha posição sobre o assunto.
Em primeiro lugar, como você, acho que já passamos muito tento sendo “acabrestados” por estes trapos políticos, alguns, que como vários jovens usam das drogas e outros das propinas, para fingirem-se de importantes, usando das tropas para se defenderem, o mesmo erro daqueles que protestam destruindo os bens públicos, apelidando seus erros como manifestações.
Comecemos do princípio. A primeira droga em consumo e em número de mortes é a nicotina. Quantas mães usam do cigarro para trazerem ao mundo crianças através de abortos, ou mesmo com problemas pulmonares e cardíacos graves, algumas chegando ao uso de 5-6 maços de cigarros por dia. Isto sem falar que a aspiração dos contaminadores ambientais, é um crime maior, pois não estão solicitando, pelo contrário estão nervosos com fumantes próximos.
Desde os tempos antigos, os índios usavam chás miraculosos, que levavam os futuros guerreiros a verem um mundo sugerido pelos caciques e pajés, onde lutas e defesas aos invasores índios ou animais eram inibidas, pela ação “maravilhosa” dos drogados. Até hoje muitos indivíduos fazem isto, usando a ayhuaska, uma bebida produzida a partir de duas plantas amazônicas: Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, que me traz muita vergonha, ao relembrar que a politicalha admitiu ser uma planta importante na realização de rituais religiosos e a tornou liberada nestes rituais, mas sei de indivíduos que a ingerem em quantias de até 2,5 litros ou mais por semana, sendo direcionados para quadros psicóticos sem retorno, muitas vezes. Imagino quanta propina seus seguidores pagaram para se tornarem milionários traficantes despistados.
Outro problema grave, que está para acontecer, protegido por viciados políticos e o povo em geral é a liberação da maconha. Conheço por relatos verídicos que temos um ex-presidente e um candidato a este cargo, que estão muito empenhados nesta luta, sabendo que fazem uso da maconha.
Seguindo temos a “turma do cachimbo”, usuários de crack, que deviam ser instruídos, pois seu uso constante os tornará a “turma do funil”, pois serão se não pararem de usá-lo, serão afunilados num caixão, onde nem os animais predadores de defuntos, gostarão do “tempero”. O mais grave, é que para conseguirem o crack, estão se envolvendo no crime organizado, matando sem parar, assaltando padarias, pequenos e grandes estabelecimentos, ou ainda, recebendo ordens do PCC, para matarem militares e juízes que os condenaram à prisão, onde no conforto das celas, os celulares, as TVs e os computadores estão sendo localizados frequentemente e eu fico a questionar: “Como entraram na prisão?”
A cocaína, que antes era a mais usada, cedeu sua posição para o crack, que nada mais é do que o resto do refino da cocaína, misturado a substâncias tóxicas, como até a gasolina foi identificada, dentre os componentes. Imagine o mal que isto causa.
A mais antiga das drogas causadoras de dependência, ainda é o álcool, donde vem o lucro dos bares.
Para tornar mais despistado este vício os donos de bares compraram e alugam o uso de pebolins, ou sinucas, onde os viciados riem, fazem troças, batem os tacos de sinuca ao solo, arrancando suas pontas de feltro, que empurram as bolas para as caçapas.
Mas vamos nos concentrar nas causas que levam os indivíduos aos vícios.
Fomos eu e meus cunhados Maria Imaculada e seu esposo Paulo Roque a tomar posse na direção e trabalhos do COMEN (Conselho Municipal de Entorpecentes) nos fins da década de 1990.
Nossa primeira missão foi a de estudar como andava o uso de entorpecentes entre os alunos de Araras, abrangendo desde a quinta série do primário, até as faculdades. Nossa meta era fazer uma varredura nos hábitos nocivos em curto espaço de tempo, de modo a evitar que os vendedores de drogas interferissem em nossa pesquisa.
Assim, pedimos ajuda a 82 ajudantes que foram preparados a aplicar as pesquisas, sem que houvesse tempo para falas prejudiciais.
Professores de escolas foram incluídos neste volume de ajudantes, sendo que eles aplicariam as pesquisas em outras escolas, que não as suas, para evitarmos medo de reconhecimento das respostas.
Na ocasião o CONEM (Conselho Nacional de Entorpecentes) considerou nossa pesquisa um Recorde de números de respostas em quatro dias apenas, onde 12.424 alunos receberam as folhas da pesquisa e 12.023 responderam de forma compreensiva sem falsificar dados, omitindo alguns dados, que eles julgavam pudessem ser identificados.
Não cito os achados, pois hoje eles já foram considerados ultrapassados, uma vez que as drogas mais usadas não eram as de hoje.
Trabalhos de palestras foram logo iniciados entre os alunos de nossa Araras querida.
A seguir, fiz uma nova pesquisa sobre “as motivações para o uso das drogas”, buscando dados sobre as iniciações, os primeiros fornecedores, as consequências psíquicas, orgânicas e sociais, realizada em escolas, grupos de recuperações de usuários de drogas e em bares, onde fornecia as folhas de perguntas e respostas, depois de me identificar o mostrar os motivos benignos de tal pesquisa.
Não consegui obter respostas falsas e descobri que os amigos e parentes eram os maiores fornecedores das primeiras drogas.
Resumindo, descobri dados muito importantes para iniciar os trabalhos, que realizo até hoje.
Iniciei dando palestras em escolas e grupos de recuperações de diversos municípios, mas aos poucos descobri que locais onde haviam traficantes, estes iniciavam com falas e piadas para que muitos alunos sequer prestassem a devida atenção ao que era dito de produtivo.
Com esta experiência, resolvi criar cursos denominados de “Sexo feliz”, “Sexo responsável e outros nomes que me eram sugeridos pelas Diretoras, onde o principal era mostrarmos como fazer uma vida de amor proveitoso, com gratificação sexual consequente e onde além de despertar a atenção para as lâminas de sexologia, eu demonstrava os prazeres que o amor precedente gerava em indivíduos sexualmente recompensados.
Propositalmente, nos 15 minutos finais, eu mostrava os estragos que uma vida de drogas trazia aos seus usuários, quanto à resposta sexual.
Foi então que eu percebi um aumento significativo de perguntas e consultas sobre o abandono das drogas. Era como se as lições sobre as drogas carimbassem seus usuários como pessoas de mau relacionamento sexual.
Devo confessar aqui um modo meu de ser: não me permito parar de pensar nas coisas que proponho realizar. Não estou me rotulando de sábio, mas de eterno desconhecedor. Assim resolvi dar outro passo: criei um curso de “FORMAÇÂO DE ORIENTADORES SEXUAIS”, onde eu criaria novos atuantes em cursos e orientações sexuais para usuários ou não de drogas, dando aulas para alunos e formados na área de Ciências Humanas, onde eles poderiam até orientar na solução de problemas sexuais, de relacionamentos afetivos, de conselheiros conjugais, que não exigissem tratamentos clínicos, bastando dar orientações.
Dei cursos para advogados à época, ensinando-lhes que se fizessem uma separação dos casais, estariam sendo castradores de procuras por outros processos, mas se agissem ensinando a resolver os problemas ou encaminhando para tratamentos clínicos, seriam amigos dos casais e fariam vários processos para seus amigos.
A principal motivação para este curso foi sentir que eu não seria apenas um a fazê-lo, mas criaria vários Orientadores Sexuais, que orientariam outros a seguirem este trabalho e até aperfeiçoá-lo.
Pensando sempre sobre este tema, fui mais além: criei uma peça teatral chamada “SAI DESSA!” onde eram abordadas as formas de solução corretiva, o descaso de uma escola e seus componentes, o descaso de uma família, que terminou com o suicídio da filha, ao se descobrir aidética, via venosa por cocaína, nos aconselhamentos médicos e policiais e onde era chamada a atenção da platéia para o seu descaso com o problema drogas, chocando-a e mostrando sua timidez sobre o assunto, como se ele só acontecesse em outras galáxias.
Esta peça foi transformada em filme por uma maravilhosa equipe de Timbira- MA, que me prometeu cópias deste filme, para distribuição em diversos município e escolas do Brasil.
Estou no Aguardo!
Tudo isto, sei que de propósito me alonguei, tem uma função que trabalho nela há anos: “Quando será que encontraremos com nós mesmos e veremos que a insatisfação de nossos filhos e companheiros existe por não dialogarmos com paciência, compreensão e amor.
Quando será que a raiva por vê-los se drogando, não é tanto por estarem se destruindo, mas por estarem demonstrando aos outros que vivemos um mundo de fantasia, camuflando o descontentamento, criando imposições e regras que nem merecem ser discutidas.
Vamos analisar os acontecimentos por todo o mundo, inclusive no Brasil: Os “dialogantes” sabem agir pacificamente, apoliticamente, sem badernas, mas ameaçando os políticos acomodados, com a negativa de apoiá-los com os votos, se não se engajarem em campanhas reais, como o uso indiscriminado e permissivo criminosamente com as drogas e outros malefícios sociais que diariamente enfrentamos?
Vamos demonstrar alguns pontos de vista já conhecidos como causa deste uso cada vez mais abusivo das drogas:
1 – Má preparação para a fase adulta, que pode ser ocasionado por uma educação muito rígida, sem diálogos, com muita crítica sobre aquilo que os pais, as religiões mal preparadoras, muitas delas mais preocupadas com os lucros, do que ensinar o bem, os porquês, limitando-se a formar indivíduos solicitadores de perdões, muitas vezes por coisas que não sabem nem diferenciar se seus atos são agressivos, prejudiciais, ou sem culpa.
2- Formação errônea da personalidade do ser em desenvolvimento, que acaba aprendendo com os pais a ser um ”falso perfeito”, muitas vezes com má formação psíquica e consequentemente amorosa e sexual, levando o indivíduo à ejaculação precoce, ou ao medo do ato sexual e com muita frequência à impotência sexual
3 – A insatisfação social, com regras administrativas onde existe impostos, que não trazem vantagens ao povo, só servem para construir maravilhas, que rendem boas propinas políticas, favorecimento de parentes e amigos.
4- A crença de que tudo pode ser transgredido, se houver cobertura financeira, ou favores posteriores.
5- Eleições, onde as disputas mais parecem jogos de futebol, sem haver escolha do candidato mais preparado, envolvido e determinado a produzir mudanças de real valor social.
6- A formação errônea que a alegria social está ligada a bebidas alcoólicas e até drogas leves, que após produzirem o vício, podem ser sentidas como fracas e levem seus usuários à busca de outras que os pintem como desafiadores, corajosos, mas que acabarão tornando-os isolados, desprezados, sem regras criativas, sem limites de boa conduta, criminosos, impotentes diante dos P.C.Cs.
7- A aceitação de fingimentos de políticos que vivem em viagens, cujo motivo é só o exibicionismo, enquanto a economia do país vai degringolando.
8 – A percepção, ainda que leve, de que o mundo se transforma num campo de batalha, onde idéias, muitas vezes religiosas ou mesmo tolas, passam a comandar guerras, levando ao drogado a achar que o melhor é continuar fugindo e fingindo, até perder a coerência, ou entrar em quadros psicóticos irreversíveis.
Diante desta realidade, só me resta um pensar:
“AORDEMOS POVO; CHEGA DE FALSIDADES.
FAZER REIVINDICAÇÕES BOÇAIS, COM ENVOLVIMENTO DE MARGINAIS?
REIVINDICAR É UM DIREITO E PRECISA SER FEITA COM GESTOS IMPOSITIVOS, SEM REVOLTAS, COM DIÁLOGOS QUE FORCEM AS MUDANÇAS, QUE OCUPEM OS JORNAIS, QUE SEJAM DISCORDANTES DAS MENTIRAS IMPOSTAS.
É O NOSSO DIREITO E DEVEMOS FAZÊ-LO COM O PESO DA RESPONSABILIDADE, ACUSANDO E CASTIGANDO COM PENAS EXISTENTES, AQUELES QUE TENTAM DISSOLVER COM BALAS DE BORRACHA, SPRAYS DE PIMENTA, OU BOMBAS DE GÁS LACRIMOGÊNIO, SE O DIREITO ESTÁ SENDO CUMPRIDO.
SEJAMOS UM PAÍS DE GENTE COMPETENTE. PAREMOS DE ACEITAR REGRAS DE BANDIDOS, VICIADOS, INCOMPETENTES.
SAIBAMOS ESCOLHER!
Não estou fazendo campanha política, pois aprendi que ao ser médico, já sou obrigatoriamente político, sem cargo eletivo, mas reformador daquilo que minha prática diária demonstra ser errado.
Cantemos o Hino Nacional, com o coração envolvido, como fazemos com as orações.
JURO QUE TEREMOS SUCESSO, SE ASSIM AGIRMOS!
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Dr. Márcio Funghi de Salles Barbosa
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