Entrevista com a colunista Claudia Nina para o site Epifania

Queridos!

O Epifania entrevistou a Jornalista e professora Claudia Nina. Aproveite e conheça um pouco mais desta autora que teve por inspiração e objeto de estudo a obra de Clarice Lispector e enriquece atualmente a revista Seleções Reader's Digest com sua coluna.

EPIFANIA: Para quais jornais e/ou revistas você trabalha ultimamente? Fale um pouco sobre você.

RESPOSTA: Eu assino uma coluna de ficção e não-ficção, de autores nacionais, na Revista Reader´s Digest (Seleções) e também sou colaboradora na Revista Pessoa. Veja o site desta publicação, é muito interessante o trabalho da editora, Mirna Queiroz.

EPIFANIA: O jornalismo on line representa alguma ameaça às produções impressas?

RESPOSTA: Não acho que ameaça seja a palavra certa. É um caminho sem volta, não tem jeito. As publicações impressas precisam se reinventar para conquistar leitores sem perder os antigos... Tarefa difícil, mas necessária. Em contrapartida, as publicações on-line precisam se preocupar mais com a qualidade do conteúdo. É preciso, também aí, haver o trabalho de edição. Caso contrário, tudo se perde e ninguém encontra o trigo no meio do joio.

EPIFANIA: Em sua opinião qual a importância da internet para a difusão do ensino?

RESPOSTA: Indispensável. Contudo, não se pode trabalhar a internet de modo isolado. O bom e velho professor, quanta importância tem este profissional...

EPIFANIA: Qual gênero textual você classificaria como preferido pelos brasileiros?

RESPOSTA: Arrisco que seja o romance, mas não tenho dados precisos quanto a isso.

EPIFANIA: O maior poder de persuasão quem exerce? A mídia ou o professor?

RESPOSTA: Não há dúvidas de que seja a mídia, o que é lamentável. Especialmente no que toca à televisão. Tenho birra. Não suporto, estou quase à beira de uma reação muito radical contra a televisão aberta no Brasil. Sou radicalmente contra programas como Big Brother e outros tantos.

EPIFANIA: Por que Clarice Lispector?

RESPOSTA: Porque ela escreve o que não se escreve: a entrelinha.

EPIFANIA: Uma leitura inesquecível

RESPOSTA: Não vou dizer Clarice só para falar o diferente: vou citar A vendedora de fósforos, de Adriana Lunardi. O melhor livro que eu li ano passado.

EPIFANIA: Que relação você estabelece entre ficção e jornalismo?

RESPOSTA: Acho muito importante este diálogo. Muitos autores passaram pelas redações dos jornais antes da ficção, isso inclui Machado de Assis e uma série de outros. Acho que existe um ganho enorme, facilita o trato com o texto, dá ao autor uma grande agilidade. Nunca me arrependo de ter feito Comunicação e de ter começado a carreira em uma redação.

EPIFANIA: Um conselho para um professor iniciante

RESPOSTA: Ser claro e comunicativo. Falar complicado, só para parecer inteligente, é dificultar o caminho do outro que merece/precisa aprender.

EPIFANIA: Um conselho para um autor iniciante.

RESPOSTA: Não tenha pressa em ter um livro publicado. Qualquer trabalho feito com apuro é um trabalho de muito vagar e paciência. Em uma palavra: releitura. Não se pode achar lindo o que se escreve e passar logo adiante para uma editora. Tem que deixar na gaveta um tempo. Na releitura, se o trabalho for realmente bom, irá sobreviver. Senão for bom, o mofo toma conta e se encarrega de fazer sumir. rs

AGRADECEMOS, O CARINHO, A ATENÇÃO E A DISPONIBILIDADE DESTA QUERIDA PROFISSIONAL, CONTRIBUINDO CONOSCO E NOS PRESENTEANDO COM SEU TALENTO. MUITO OBRIGADO.

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