ENTREVISTA – Giustina fala sobre a liberalização da mulher em seu dia internacional
Assim como sem inspiração para fazer uma poesia que pudesse homenagear todas as mulheres do planeta, em seu dia, 08.03.2013, tomei a liberdade e a ousadia de convidar a querida amiga e grande escritora Giustina, do Recanto das Letras e alhures, a fim de me conceder a entrevista que se segue, da qual se saiu airosamente, principalmente em razão de seu poder de síntese:
- – Quando se deu, realmente, a liberalização da mulher?
Giustina: A mola propulsora para a independência feminina foram as décadas de 60 e 70 quando, cansadas da opressão histórica, as mulheres saíram à luta por seus direitos. E ao assumirem profissões que eram privilégio dos homens, sem descuidar das tarefas do lar e da criação dos filhos, provaram que de frágeis não têm nada.
- – Acha você que a TV entrando nas nossas casas com programação eivada de notícias de crimes, assim como de novelas com cenas agudas de sexo, pode trazer para as nossas famílias esperanças de dias felizes e sossegados?
Giustina: A mídia, enfocando demais a violência, transforma bandidos em heróis e as cenas de sexo quase explícito banalizam os relacionamentos. A meu ver deveria existir uma censura rígida para determinados horários. Afinal, os meios de comunicação são formadores de opinião e, como tal, deveriam ter uma preocupação maior com os valores éticos e morais que são repassados aos nossos jovens e crianças.
- – Qual a influência desse pequeno aparelho, o celular, na liberalização da mulher?
Giustina: O celular é extremamente útil à mulher, principalmente a que trabalha fora de casa, pois proporciona um contato mais permanente com a família, especialmente os filhos.
- – Em sua opinião o que se deve fazer para elevar o nível da educação brasileira? Concorda com isso? Meu fraternal abraço e parabéns pelo Dia Internacional da Mulher, que será amanhã, quinta=feira, 08.03.2013.
Giustina: A melhoria da Educação brasileira passa, inevitavelmente, pela valorização do professor no que concerne ao salário. Enquanto o professor estiver desestimulado, preocupado com sua sobrevivência, desvalorizado como profissional, nenhum programa educacional dará certo, pois é ele a mola-mestra do processo ensino-aprendizagem.
Agradeço ao meu amigo e grande cronista/cordelista Ansilgus pelo gesto simpático de entrevistar esta simples professora de História. Ah! E sem esquecer que ele foi mestre e estimulador para que esta gaúcha apreciasse e até se arriscasse pelos caminhos do cordel.
Meus agradecimentos pelas respostas verdadeiras e de uma competência fora do comum. Peço desculpas aos leitores, eis que nunca tive a coragem de entrevistar pessoas de tão alto gabarito.
Fraternalmente – Ansilgus, seu criado.