Entrevista para a Revista de Poesias (2011 - Parte IV)

(Antônio Poeta pergunta)

6 – Andrezão, conta pra gente, como e quando começou a poesia na sua vida... Seus familiares curtem essa sua arte e o incentivam... A esposa quando vê um poema novo daqueles que exacerbam o amor, não fica com a “pulga Atrás da orelha” (risos)?

– André:

Meus familiares são loucos por poesias, mas assim como eu, foram todos num estalo!

De repente senti uma necessidade imensa em me expressar além da pintura e da música, queria colocar pensamentos nas melodias! Transformar aquela roda de viola em um som mais elaborado! Minha vó me presenteou com uma bateria, minha primeira, pois a que eu usava era do meu tio! Começamos a fazer um som e eu construía umas letras, coisas simples e fáceis de memorizar!

Mandei construir um quartinho no meu terreno, com isopor nas paredes e isolado dos vizinhos, para o som da bateria, guitarra e outros instrumentos, não incomodar!

Chamei o quartinho de “Taba”

Até membros da Igreja local apareceram na “Taba” com teclados e percussão!

Mas, voltando á poesia... Meu primeiro livro de poesia foi “Alguns Poemas” de Emily Dickinson, comprado em 27/02/2009! Apaixonei-me pela poesia e história dela!

Como vê sou “novo” na poesia, escrevo há pouco tempo, mas sempre tive grande amor pela leitura!

Minha esposa é muito incentivadora. Poesia não é a praia dela, mas não impede que me apóie em todas as minhas empreitadas!

Ela sabe que às vezes a poesia não fala do poeta, não condiz com sua vida e muito menos o que o mesmo está sentindo na ocasião! As letras podem “mentir”, olha o “fingidor” do Pessoa ai!

Existe um provérbio que fiz uma releitura!

“Para um bom entendedor um olhar já basta!”

(Antônio Poeta pergunta)

7 – Nossos poetas do passado, mesmo os do passado mais remoto, desde os da Grécia antiga, tinham por habito, assumir personalidades um tanto que rebeldes e até marginais, dentre muitas posturas, tidas como peculiar dos poetas, enfatizo, principalmente os antigos, estava aquela coisa de se afirmar ateu. Todavia, dentre essas anomalias (brinco, claro), os Poetas Russos, conseguiram fazer a maior de todas as revoluções do nosso planeta... Resumindo: Pra ser poeta, tem de se ser ateu e subversivo... Tem de se ser boêmio e beberrão... Tem de se ser depressivo e sorumbático?

– André:

Muito antes de conhecer a poesia eu já era boêmio, melhorei muito!

Quanto a religião eu sou uma pessoa de fé, acredito muito no poder da fé, mas não sou fã de freqüentar Igrejas... As amo!

Muitas Igrejas eu entrei e/ou fui conhecer principalmente pela arquitetura externa e interna!

Em Ouro Preto, e outras cidades mineiras, é uma loucura! De uma beleza ímpar!

(Antônio Poeta pergunta)

8 – Nosso Poeta aproveite o espaço ora ofertado e deixe cá uma mensagem; um apelo ou mesmo um aconselhamento, aos colegas mais jovens, que estão agora se lançando nesse nosso mundo da poesia... Pode ser?

– André:

Eu deixarei simples palavras de praxe e algumas podem até serem piegas:

Nunca desista de um sonho ou vontade!

Para conseguir o que você quer não vale tudo, como alguns podem lhe dizer. Com honestidade, determinação, estudo e muito suor você consegue! Mas leve sempre na mente que ainda falta muita coisa, pois somos eternos aprendizes!

Jamais seja injusto, oportunista, calunioso! Jamais faça barganha de forma alguma, seja principalmente autentico! Vença com seu braço, sua mente e sua força de vontade!

Você triunfará! Mesmo que haja mil pessoas falando que você é péssimo no que faz e nunca chegará a lugar algum! Bastam poucas dizendo o contrário, contanto que nessas poucas, você esteja incluído!

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