Casa do Rodrigo - Entrevista #03 Paulo de Carvalho (Paulão - Velhas Virgens)
Série de entevistas fictícias onde o autor procura divertir o leitor com perguntas e tratativas que nenhum entrevistador ousaria fazer.
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Rodrigo: Opa, tá caindo aí, segura minha mão, espera, levanta, isso. Senta aí.
- Eu não tava caindo.
Rodrigo: Claro que estava, já chegou aqui chapado?
- Não, eu nem bebi hoje, só não posso jurar.
Rodrigo: Hoje eu estou com o vocalista da banda das velhas virgens, a maior banda independente do Brasil. O pior vocalista em uma puta banda que eu já vi.
- Obrigado, obrgiado.
Rodrigo: Neide, traz aqui uma cervejinha e um tira gosto pro nosso convidado.
- Rapaz que menina jeitosa essa que trabalha aqui contigo. Ela tem namorado?
Rodrigo: Tem uns pretendentes que enviaram e-mails pra mim desde que comecei as entrevistas.
- Neide, eu não sou bem sucedido, mas eu me engravataria por você! Neide, mesmo se eu fosse um vira-lata faminto eu dividiria minha salsicha com você. Neide, antes que tu vá embora, não quer treinar yoga na minha abóbora?
Rodrigo: Cara, você conseguiu deixara Neide sem graça, olha, ela se trancou no banheiro. Ela não namora desde que tinha 11 anos.
- Eu tiro a teia da aranha.
Rodrigo: Você leva a sério aquela música que tu diz: " Não existe mulher feia, nem existe noite parada, a gente é que bebeu POUCO"
- É minha filosofia de vida.
Rodrigo: E você fica dando em cima das mulheres por aí? Você não namora aquela moça, a moreninha?
- Namoro né mas, essa parte não vai pra internet né?
Rodrigo: Claro que não, imagina... Paulão, você sabe que eu sou praticamente o Flavio Cavalcante da internet, né? Quer deixar aqui a agenda de shows da banda das velhas virgens?
- Claro, que divulgação monstruosa que vamos ter depois desse merchan aqui... Amanhã dia 19 estaremos no Vagão Classic em Caxias do Sul e ainda no Rio Grande do Sul dia 24 no Ferrovia Cult Bar e Café na cidade de Bento Gonçalves.
Rodrigo: Dado o recado, Paulão, se você tivesse uma doença no fígado...
- Me matava.
Rodrigo: (Risos) Ta bom então, a banda das velhas virgens tem uma música que me chama a atenção, chama-se "Quase Famosos", você jura que chegaram nesse quase? Ou é ficção?
- Até que não, cara, chegou um momento que existia uma grande possibilidade, o nosso trabalho estava de excelente qualidade, mas o mercado fonográfico exige mais postura do que realmente música.
Rodrigo: Outra coisa que reparo, sempre que vejo alguma entrevista sua, você critíca alguma coisa do mercado fonográfico, gravadoras, rádios, etc... Você não acha que tá se fazendo de vítima demais não? No caso de uma adversidade você tem que jogar de acordo com as regras até achar sua liberdade e fazer o que quer, você não acha?
- Velho, eu não me calo quando vejo esse sistema que se formou na música, porque uma banda nova tem muito mais dificuldade de ser autêntica, as gravadoras limitam os novos talentos e fazem eles de fantoches, se eles não fizerem assim acaba o sonho de tocar profissionalmente, saca?
Rodrigo: Na minha opnião o artista tem que ganhar seu espaço pra depois fazer o que quiser, juntando um patrimônio consideravel, já não há mais tanto a se preocupar.
- Foda os gastos que se tem para manter essa "fama", também...
Rodrigo: E trabalho novo, quando é que vem novidade das velhas?
- Estamos com turnê de shows aí, mas sempre é bom criar e pode ter certeza que vem coisa boa por aí.
Rodrigo: Uma mulher, contínua valendo nada?
- A minha vale ouro.
Rodrigo: (Risos) Fica a vontade, pode pegar essa outra, já que você tá bem a vontade, vou fazer aquele esquema de bate bola jogo rápido, vou falar alguma coisa e você responde algo na lata, beleza?
- Vai lá.
Rodrigo: Álcool.
- Essencial.
Rodrigo: Vida.
- Álcool.
Rodrigo: Essencial.
- Vida.
Rodrigo: Obrigado por vir, Paulão, NEIDE, pega meu caderno. Deixe meu abraço para todos lá da banda e que continuem trilhando o caminho rumo a fama, a glória e ao canavial.
- (Risos) Estamos aí, qualquer coisa que você precisar é só chamar. Oi, gatinha, desculpa se fui grosso com você antes, mas se você gostou tenho algo bem mais grosso pra te mostrar.
Rodrigo: Neide, cuidado, não corre, aí, quebrou a droga do vaso, minha vó que pediu pra deixar alí. Enfim, assina aqui pra mim, autógrafo.
- Olha Raulzito veio aqui!
Rodrigo: É... Olha a data.
- Caramba, que legal.
Rodrigo: Obrigado denovo Paulão e até breve em algum show seu aqui em Campinas região.
Rodrigo Rocha (Desal Mado) Jornalísta investigatívo, policial, criminalístico, cinemalistíco, musicalístico e médico.
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ATENÇÃO
Essa entrevista é puramente ficcional com finalidade exclusiva para diversão, as opiniões aqui expressas não definem os ideais do entrevistador e muito menos do entrevistado que nunca foi consultado para construção desse material.
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