DEPRESSÃO!

A Depressão é tida como o mal do século e por carregar tal título é que o uso do termo depressão vem ganhando banalização, e basta estarmos “para baixo” em um dado momento ou vermos alguém assim para caracterizarmos como um estado depressivo. A Depressão vitima muitos, se você não é vitima da depressão pode ter familiares, amigos e conhecidos que sofrem com esta “doença”. Há dados da Organização Mundial de Saúde que apontam que a depressão em 2020 ganhará ápice e será a segunda moléstia a roubar tempo de vida útil da população. E por ser um assunto de interesse coletivo, todo esclarecimento é bem vindo, portanto contatei com a Psicóloga Janaina Nogueira, formada pela ULBRA inscrita no CRP 07/20198, para que nos trouxesse alguns esclarecimentos referentes à depressão.

A psicóloga ponderou que a DEPRESSÃO é um dos transtornos mentais mais diagnosticados no mundo, e que pode provocar desvio de pensamento, alteração de humor, alteração da maneira como a pessoa vê o mundo e como interpreta situações comuns do dia a dia, sendo que esta exerce uma influência na alimentação, no sono e também na autoestima. Muitas vezes existe um diagnóstico de senso comum, ou seja, erroneamente a expressão "Depressão" tem sido utilizada como sinônimo de tristeza. Existe uma diferença entre estar triste e desenvolver a "doença depressão". Em muitos momentos da vida podemos ficar tristes, desanimados, etc, algumas situações inesperadas como a perda de um ente querido, do emprego, o fim de um relacionamento dentre outros. Em determinados momentos o sofrimento é necessário e até mesmo importante para a construção de quem somos, para que possamos valorizar e pensar em coisas que até então não imaginávamos. No entanto, quando este sofrimento permanece ou prejudica o funcionamento normal do cotidiano é importante ficar atento e buscar ajuda.

A psicóloga Janaína saliente que para diagnosticar alguém com "Depressão", este precisa atender a uma série de critérios e não unicamente tristeza como muitas vezes se pensa, pois a depressão vai além disto, pode inclusive incapacitar para o trabalho, prejudicar as relações sociais, a pessoa acometida por esta doença apresenta diminuição do interesse pela vida, perda de energia, sentimento de inutilidade entre outros.

Indagada sobre se há uma questão de gênero (feminino – masculino) ela colocou que existem estudos que apontam as mulheres como sendo mais atingidas por depressão, embora não se saiba os reais motivos, muitas pesquisas vem sendo desenvolvidas para identificar a prevalência feminina. Um exemplo disto é a depressão pós parto conhecida mundialmente.

Sendo sabedor de que a depressão acomete muitos, questionei sobre os tratamentos possíveis, a profissional entrevistada disse que para o tratamento da depressão, ter força de vontade não é o suficiente, não se escolhe "ter depressão", da mesma forma que não se escolhe ter uma doença cardíaca por exemplo. É necessário sim a ajuda profissional para inicialmente identificar a real existência da doença para buscar o tratamento adequado a cada pessoa. A forma de tratamento mais utilizada atualmente são os medicamentos antidepressivos, mas não posso deixar de apontar a psicoterapia como uma das formas mais eficazes de tratar. Em muitos casos o medicamento prescrito pelo psiquiatra junto à terapia formam um excelente combatente desta doença. Quanto aos medicamentos, não posso deixar de relatar a banalização dos mesmos, é comum ouvirmos histórias de pessoas que as utilizam sem prescrição ou administradas de forma incoerente. E encerrou dizendo que a depressão é uma doença que precisa ser levada a sério e ser devidamente tratada, sem tratamento os sintomas podem permanecer por muito tempo impossibilitando uma vida normal.

Importantes esclarecimentos prestados pela Psicóloga Janaína Nogueira. Agradeço a disponibilidade! Até a próxima.

Deivith Camargo
Enviado por Deivith Camargo em 18/05/2012
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