Entrevista para o Tribuna Região
1 - Nome completo, idade, nome dos familiares que queira colocar, cidades onde nasceu e morou, profissão.
Gabriel de Lucca Trizoglio, 31 anos, nasci em São Paulo, morei em Monte Alto, Pirangi e Miguelópolis. Sou funcionário público.
2 - Conte um pouco sobre a sua vida. (Um mini currículo).
Nasci na capital mas antes de completar dois anos minha família se mudou para o interior por conselho médico, para evitar os problemas de saúde que eu tinha que eram agravados pela poluição. Tive uma infância maravilhosa em Monte Alto e Pirangi, passei a adolescência em Miguelópolis e desde os dezenove anos moro em Jaboticabal. Já trabalhei em diversas funções, entre elas metalúrgico, auxiliar adminstrativo, professor particular de inglês e informática, auxiliar de depósito e recepcionista de hotel. Desde 2004, atuo como servidor público municipal.
3 – Como é ser escritor? Como foi toda a repercussão do livro?
Adoro escrever, é uma atividade prazerosa! E nos momentos em que o lápis e o papel estão comigo, viajo longe e as horas passam como minutos. Ser escritor representa para mim poder ter uma chance de ouro para expor minhas idéias e sentimentos e aproveitar o aprendizado que chega através das opiniões de quem lê.
O livro foi recebido com alegria pelos amigos, os comentários tem sido positivos e a história de infância fez com que várias pessoas se identificassem e se divertissem lendo.
4 – Jaboticabal é uma cidade que realmente tem o que você precisa? Pensa alçar voos maiores?
Eu adoro Jaboticabal, adoro esta região, me sinto muito bem aqui, estou feliz. Vez ou outra fico triste com os problemas da cidade mas nem estes, em pouco mais de dez anos, foram capazes de me fazer querer morar em outro lugar.
5 – Quais são seus projetos e sonhos?
Projeto é o que não falta! Vou citar só alguns senão deixa de ser entrevista e vira livro! Quero publicar uma história que escrevi há alguns anos, quero desenvolver no papel mais algumas idéias que tenho e que infelizmente ainda não tive tempo para me dedicar. Quero melhorar o inglês, aprender fotografia e, se ainda sobrar “tutano”, aprender outros idiomas.
Agora a respeito dos sonhos. Nos últimos meses, as crianças tem me reconhecido na rua. Elas abrem um sorrisão, dizem “oi, tio Gabriel” e algumas delas me abraçam. Isto é um sonho realizado! Acho que poucas outras coisas na vida serão capazes de me fazer feliz, mais do que isto. Já o sonho que eu gostaria que se realizasse é poder encontrar na rua estas mesmas crianças daqui trinta anos e que elas ainda tenham o mesmo carinho, que ainda sorriam, reconheçam o tio Gabriel, me deem o mesmo abraço e me contem belas histórias de suas vidas.
6 – Um momento inesquecível?
O dia do nascimento do meu irmão foi inesquecível. Estávamos em Catanduva, eu tinha oito anos e quando o vi tive vontade de chorar. Eu estava na frente dos meus pais e não chorei por vergonha.
7 – Um livro?
“O retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde. Do prefácio à última linha, um livro intenso, cheio de momentos fortes, marcantes, conclusões e declarações que me faziam pensar por dias. Os personagens, instigantes, me fizeram querer que a história fosse real, para que eu pudesse estar nela, conhecê-los, trocar palavras com eles.
8 - Um lugar?
Qualquer lugar, desde que tenha um gramado bem cuidado e uma bela sombra proporcionada por uma árvore. Se houver um rio ou lago por perto, melhor ainda.
9 - Uma pessoa importante na sua vida?
Miriam Goes, o meu amor.
10 – Um filme?
Vou citar um título cujo DVD comprei recentemente: Rocco Papaleo, filme italiano lançado em 1971, dirigido por Ettore Scola. É pouco conhecido e conta a história de um imigrante siciliano, vivido por Marcello Mastroianni. É gentil, otimista e educado que mora e trabalha no Alasca. Durante uma visita a Chicago, ele passa por situações chocantes, cômicas, trágicas e, uma a uma, inacreditáveis.
11 - Deixe uma mensagem para todas as pessoas.
“Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, Raul Seixas.