Entrevista com o amigo da onça
Amigo da onça. Dispõe de alguns minutos para uma entrevista?
- Pode ser. Sei não. Sobre o que?
Se o amigo fosse Presidente da República na época atual, qual seria sua primeira iniciativa?
- Sei lá eu. Bem... Tomaria um belo banho na banheira do palácio.
E após o banho, o que faria?
- Ah! Eu saciava o belo jantar que é servido por lá.
Qual é o seu prato preferido?
- Aquele que não me custa dinheiro algum.
Mudando de assunto, o amigo tem projeto de mudanças na Constituição?
- Tenho sim. Mudaria o cardápio do almoço e do jantar.
E como seria essa mudança?
- Para o almoço eu gostaria de uma buchada de bode e para o jantar, miolo de porco mal passado.
Nossa! Que mudança radical! A sua esposa aceitaria que lhe fosse servido um prato dessa natureza?
-Bem. Ela poderia escolher outro cardápio.
E qual o cardápio que possivelmente ela escolheria?
- Umas lojas no melhor shopping da cidade, outras em Paris, e muitas mais pelo mundo afora.
Cardápio de lojas?
-Mas o jornalista não entende nada de mulher.
É. Pode ser. Eu não sou casado ainda. O amigo se casou cedo?
-Não! Era pra ser às seis da tarde, mas eu apareci na igreja depois das oito.
Mas não é a noiva que se atrasa?
- No meu caso foi diferente. Precisei tomar um gole para não me assustar com a noiva.
Casou-se bêbado?
- Não! Casei-me turbinado.
Não ama a sua esposa?
-É claro que amo. Se eu falar o contrário ela me escorraça da casa.
É o seguinte: vamos falar sobre presidência. O amigo já fugiu do assunto e a hora está se indo.
-É. O jornalista também falou que eram apenas alguns minutos. Já se passaram trinta.
Bem. Vamos concluir com uma rapidinha. Si vira nos trinta:
Porque o senhor só falou em comida?
-Corta essa! Não sacou que estou de barriga vazia?
Sobre sua esposa: porque acha que o cardápio dela seria composto de lojas?
- Uai! Ela seria a Primeira Dama.
Além dos cardápios, o seu e o da sua esposa, teria o senhor um plano em especial para acabar com a fome?
- Só para a minha fome.
E qual seria?
- Mamar a Vontade .
- Muito obrigada! Amigo da onça.
- Não há de que.