BACO FIGUEIREDO É ENTREVISTADO POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS

Marcos Figueiredo Silva (Baco Figueiredo) nasceu a vinte e seis de dezembro de 1962, na cidade de Boquira-BA, na Vila Operária. Filho de José Emídio da Silva e Maria Dolôres de Figueiredo tem como irmãos: José Rilson, Ênia, Nádia e Jane. Cursou até a 5ª série do 1º grau. Foi contínuo, auxiliar de topógrafo, secretário de supervisor, mecânico industrial e diesel, servente de pedreiro, garçom, auxiliar de escritório, auxiliar de marceneiro e segurança de edifício.

Com convocação para a arte de escrever, participou da Coletânea “Versos e Textos Impacto”. Esse movimento foi criado pela editora Art Contemp, movimento Movicc, onde encontrou apoio moral do escritor Luiz Ademir e do produtor cultural Cristiano Ricardo, nascido em Oliveira dos Brejinhos, ambos conservando sua amizade desde a infância. Foi convidado pela superintendente da cultura Sônia Bastos e o Governo do Estado da Bahia, junto com a Secretaria de Cultura e Turismo, para participar da coletânea “Dicionário dos Autores Baianos”, lançado dia 6 de novembro de 2006, em Salvador. Em Boquira participou do livro “A Memória de Macacos a Boquira”, segundo historiador Aroldo Rodrigues Santos.


Teve o prestígio de colaborar e participar do lançamento da revista Logos III, com grande homenagem ao poeta Antônio de Castro Alves, lançada na Câmara de Vereadores de Salvador, onde transcorreu a festividade dos 151 anos do poeta baiano, com palestra de Germano Machado e outras autoridades.

O poeta Baco Figueiredo, por sua proposta, entregou o título de Personalidade de Importância Comunitária (CEPA) a Ático Villas Boas da Mota e Marco Túlio, em Macaúbas e Boquira, respectivamente. Não só tem o talento de escritor, como também é modelador de areia, onde mostra o seu talento. Por outro lado, possui a tendência de compositor. Foi para ele um privilégio conhecer Maria Eugênia Santos Seixas, a mãe de um dos grandes poetas brasileiros, o guru Raul Seixas.
 
VALDECK: Quando e onde nasceu?
BACO: Nasci na Vila Operaria distrito de Boquira-BA, no dia 26 de dezembro de 1962, às 14:30 horas da tarde...
 
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
BACO: Sim, só não conheço Amazonas, Acre e Maranhão. Já fui a todos os países que fazem divisa com o nosso território.
 
VALDECK: Como você começou a escrever? Por que? Quando foi?
BACO: O amor lindo e depois que perde uma paixão
 
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
BACO: Diversificadas: e prosa só com os amigos e contos com as mulheres...
 
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
BACO: A melhor leitura se faz com o ouvido.
 
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
BACO: Vamos ficando com a poesia...
 
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar outem um ritual, um ambiente?
BACO: São coisas do além e dos pensamentos...
 
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
BACO: A tristeza de um caipira e está no site da UBE:
 
A madrugada sertaneja
Com um sol ardente

E uma seca amargurada
Que matou o meu alazão
Aí que dor no meu coração

No olhar a tristeza de um caipira
Que as lágrimas escorrem
Sobre o seu rosto entristecido
E abatido com a situação

No campo a dor de um pasto
Que a seca tirou o verdejante

E chora com a dor de que nada restou

O caipira bota o pé na estrada
Para uma nova vida começar
E fica a marca em seu coração
Em suas mãos as marcas
Do cabo da enxada e do enxadão
Em sua cintura uma recordação
Um velho facão

 
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
BACO: Depende da inspiração ou do momento que você encontra...
 
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
BACO: A falta de apoio cultural, se não fosse isso não demorava tanto...
 
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
BACO: Sou igual a Raul Seixas, só ia à escola pra merendar e 'presepar'...
 
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
BACO: Cada qual em seu cada qual e tem horas que a gente se espelha...
 
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
BACO: O autor tem que mostrar o seu sentimento e incentivar outros a mostrar o seu talento. Só não pode é soltar a fraga...
 
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
BACO: Temos que ser francos e sinceros a verdade nasceu para ser dita...
 
VALDECK: Como foi a tua infância?
BACO: A minha infância foi jogar pião, bolinha de gude, fazer casadas de estilingue, arma arapuca etc...
 
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
BACO: Quem parte, reparte, quem entende de arte fica com a maior parte, que é a honestidade...
 
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
BACO: Estão em meu perfil no site da UBE, que é a União Brasileira de Escritores...
 
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?
BACO: Bater perna na rua e ver o tempo passar e não preocupar com os demais...
 
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
BACO: Cria e não copia...
 
VALDECK: Qual sua Religião?
BACO: Místico...
 
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
BACO: Espero que as pessoas deem o valor merecido, sem críticas e ironias...
 
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formadopela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 17/03/2012
Reeditado em 19/03/2012
Código do texto: T3559706
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