IVAN DE ALMEIDA É ENTREVISTADO POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS
Ivan de Almeida é jornalista, poeta, escritor, editor, fotógrafo e design de livros. Iniciou sua carreira editorial em 2000, sob incentivo do fundador do Círculo de Estudo Pensamento e Ação (CEPA), Germano Machado, organizando cinco números da revista Cepa Poesia. Em seguida, como editor independente, organizou a Revista Literária Àgora e duas edições da Poiésis – Coletânea poética. Em 2005 iniciou a Focus – Antologia poética, com seis volumes atualmente. Em 2009, criou a Cogito Editora e atualmente se prepara para lançar a Coleção No Bolso e organizar, em parceria com a Editoração Cepa, a Antologia Concepção.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
IVAN DE ALMEIDA: Sou soteropolitano da gema; nasci predestinado a ser capricorniano. Filho da lua, de 23 de dezembro de 1982, herdei muito dessa energia cósmica.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
IVAN DE ALMEIDA: Conheço somente Aracaju e algumas cidades do interior do estado da Bahia. Nunca fui muito de fazer viagens, mas pretendo começar a desbravar outras terras, sobretudo em participações em feiras de livros.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
IVAN DE ALMEIDA: Comecei a escrever em 1996, aos 13 anos. Dei muita sorte em encontrar o incentivo de uma professora. Depois disso, em 1998, conheci o movimento Poetas da Praça, onde tive o prazer de conviver com brilhantes declamadores. Foi lá que a recebi o convite do poeta José Inácio Vieira de Melo para participar do Círculo de Estudo Pensamento e Ação (CEPA).
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
IVAN DE ALMEIDA: Até pela minha formação de jornalista, procuro passear na linguagem escrita por diversas maneiras, mas é na literatura, sobretudo na poesia, que encontro a melhor forma de me expressar no mundo.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
IVAN DE ALMEIDA: Penso muito parecido com o músico Jorge Vercillo, procuro me agradar primeiro, fazer meu melhor, acredito que dessa forma possa oferecer aos meus leitores um trabalho razoável. Sou muito crítico com o que produzo, por isso que não divulgo tudo que escrevo: inicialmente, gosto de curtir e lapidar, exaustivamente, meus textos e, só depois, penso em editar. Acredito que para se publicar algo é necessário ter muita responsabilidade com seu leitor e com seu trabalho, afinal de contas, estamos a todo instante sendo avaliados.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
IVAN DE ALMEIDA: Poemas. Caso fosse privado de desenvolver outras atividades, mas existisse a oportunidade versejar, a poesia supriria as demais necessidades, mas se fosse o contrário, não sei se seria feliz.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
IVAN DE ALMEIDA: Sou um poeta que valoriza a técnica, não é por acaso que sou admirador devoto do poeta norte-americano Ezra Pound. Aprendi muito cedo com Germano Machado e Eliseu Moreira Paranaguá a ler bons poetas, isso me ajudou bastante a desenvolver uma poesia consistente. Com o domínio das técnicas literárias fica mais fácil, mas sempre procurei me policiar em relação a isto para não me tornar muito frio e pouco intuitivo. Hoje com 15 anos de poesia, procuro dosar essa relação para poder me servir tanto da técnica quanto da intuição.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
IVAN DE ALMEIDA: Tenho um carinho especial pelo poema “Imponderável’. Escrevi em 2000, com 17 anos. Foi uma fase que me deparei com a profunda poesia de Rainer Maria Rilke. Eis o poema:
Imponderável
É preciso amar
o belo
o difícil
o amargo do ser
as transformações dos gritos de anjos
em sacrossantas harmonias
ao amanhecer pujante —:
somente estes liriais
nos tornarão livres
para crescer
na existência do
S
e
r
...ao Imponderável...:
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
IVAN DE ALMEIDA: Penso como os simbolistas: ”poesia é evocação”. O poeta é aquele que sente o momento de por o poema no papel. A arte de um modo geral se nutre em nosso inconsciente, por isso que entendo que o artista é muito mais transpiração que inspiração. Colocamos pra fora o que vemos, sentimos e pressentimos. Gosto muito de uma frase de Pound: “Os artistas são as antenas da raça humana, eles auscultam e pressentem o porvir”.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
IVAN DE ALMEIDA: Embora tenha demorado um pouco para concluir o conto “Fixação”, considero que meu trabalho que levei mais tempo para concluir foi o “Pareta”, por ser composto em 20 partes. Escrevi este poema todo no Dique do Tororó, em 2003. Foi um trabalho intenso que me arrebatou profundamente.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
IVAN DE ALMEIDA: Cursei comunicação social com habilitação em jornalismo de 2004 a 2007. Depois de formado passei pela TV Camaçari e trabalhei com algumas assessorias, mas foi na edição de livros que encontrei minha verdadeira vocação. Na área de comunicação tento ingressar no Marketing Digital, é um mercado que cresce muito e vai se ampliar ainda mais. Penso também que, com o conhecimento obtido na pós-graduação, será muito útil pra meu trabalho editorial. Também pretendo me dedicar ao jornalismo literário, me especializando na produção de livros reportagens e biografias romanceadas.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
IVAN DE ALMEIDA: Posso afirmar que Rilke abriu as portas da poesia e me ensinou muito mais do que o fazer poético. Em suas “Cartas a um jovem poeta” existem grandes ensinamentos que levei para a vida. Mas também não posso deixar de citar e lembrar outros poetas que me influenciaram, como o alemão Friedrich Hölderlin, o norte-americano Ezdra Pound, o russo Vladimir Maiakovski, o português Fernando Pessoa, e os brasileiros Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Augusto Frederico Schmidt. O gosto pelo estudo da filosofia também foi fundamental: conhecer o pensamento de Friedrich Nietzsche e Arthur Schopenhauer me deu as bases para o meu versejar. Hoje vejo que poesia e filosofia não podem andar separadas.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
IVAN DE ALMEIDA: Leitura.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
IVAN DE ALMEIDA: Prefiro usar meu nome.
VALDECK: Como foi a tua infância?
IVAN DE ALMEIDA: Sofrida. Não tenho dúvida que isso influenciou para meu despertar poético. Escrever faz parte do processo de superação das minhas angústias, meus medos, meus fantasmas. Fernando Pessoa, foi perfeito ao versejar: “Escrever é a minha forma de estar sozinho”, me contemplo muito com esse verso dele.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
IVAN DE ALMEIDA: Escrevo desde os 13 anos e sempre fui entusiasmado com o fazer poético, com os recitais, com os grupos de poetas que participo. Procuro ser atuante. Hoje com 29 anos de idade e 15 de poesia na bagagem, sinto que está na hora de voar mais alto e isso perpassa pela publicação do meu livro. Além de versejar, curto muito jogar xadrez e futebol. Gosto também de exercitar, fazer musculação. Penso que o corpo e a mente precisam estar em plena harmonia.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
IVAN DE ALMEIDA: Em especial o poema “Pareta”. Acho que todos que ponho no mundo são prazerosos. Só não gosto de publicar na web os inéditos.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?
IVAN DE ALMEIDA: Sou editor. Tenho vocação em semear livros, mas também desenvolvo trabalhos como jornalista independente, design gráfico e marqueteiro digital.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
IVAN DE ALMEIDA: Depende muito. Na maioria das vezes não, poesia pra mim precisa ser livre, precisa transcender até mesmo o poeta. Precisa nos libertar para suprir a nossa necessidade de expressão, na maioria das vezes inconsciente.
VALDECK: Qual sua Religião?
IVAN DE ALMEIDA: Já fui evangélico, mas depois me afastei dessa doutrina por fazer muitas indagações sobre suas práticas. Ter acesso ao pensamento questionador e desconcertante de Friedrich Nietzsche influenciou muito nessa visão. Hoje sou muito mais próximo ao pensamento da filosofia oriental, sobretudo a budista, mas tenho muita afinidade com o espiritismo kardecista.
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
IVAN DE ALMEIDA: Preciso começar a publicar, tenho muitos poemas editados nas antologias que organizo, mas ainda não tenho um livro. Pretendo também me dedicar a biografias romanceadas e a crítica literária. O maior problema é encontrar tempo pra fazer tudo isso, já que sou editor de livros e preciso me dedicar aos trabalhos que organizo.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com
VALDECK: Quando e onde nasceu?
IVAN DE ALMEIDA: Sou soteropolitano da gema; nasci predestinado a ser capricorniano. Filho da lua, de 23 de dezembro de 1982, herdei muito dessa energia cósmica.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
IVAN DE ALMEIDA: Conheço somente Aracaju e algumas cidades do interior do estado da Bahia. Nunca fui muito de fazer viagens, mas pretendo começar a desbravar outras terras, sobretudo em participações em feiras de livros.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
IVAN DE ALMEIDA: Comecei a escrever em 1996, aos 13 anos. Dei muita sorte em encontrar o incentivo de uma professora. Depois disso, em 1998, conheci o movimento Poetas da Praça, onde tive o prazer de conviver com brilhantes declamadores. Foi lá que a recebi o convite do poeta José Inácio Vieira de Melo para participar do Círculo de Estudo Pensamento e Ação (CEPA).
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
IVAN DE ALMEIDA: Até pela minha formação de jornalista, procuro passear na linguagem escrita por diversas maneiras, mas é na literatura, sobretudo na poesia, que encontro a melhor forma de me expressar no mundo.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
IVAN DE ALMEIDA: Penso muito parecido com o músico Jorge Vercillo, procuro me agradar primeiro, fazer meu melhor, acredito que dessa forma possa oferecer aos meus leitores um trabalho razoável. Sou muito crítico com o que produzo, por isso que não divulgo tudo que escrevo: inicialmente, gosto de curtir e lapidar, exaustivamente, meus textos e, só depois, penso em editar. Acredito que para se publicar algo é necessário ter muita responsabilidade com seu leitor e com seu trabalho, afinal de contas, estamos a todo instante sendo avaliados.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
IVAN DE ALMEIDA: Poemas. Caso fosse privado de desenvolver outras atividades, mas existisse a oportunidade versejar, a poesia supriria as demais necessidades, mas se fosse o contrário, não sei se seria feliz.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
IVAN DE ALMEIDA: Sou um poeta que valoriza a técnica, não é por acaso que sou admirador devoto do poeta norte-americano Ezra Pound. Aprendi muito cedo com Germano Machado e Eliseu Moreira Paranaguá a ler bons poetas, isso me ajudou bastante a desenvolver uma poesia consistente. Com o domínio das técnicas literárias fica mais fácil, mas sempre procurei me policiar em relação a isto para não me tornar muito frio e pouco intuitivo. Hoje com 15 anos de poesia, procuro dosar essa relação para poder me servir tanto da técnica quanto da intuição.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
IVAN DE ALMEIDA: Tenho um carinho especial pelo poema “Imponderável’. Escrevi em 2000, com 17 anos. Foi uma fase que me deparei com a profunda poesia de Rainer Maria Rilke. Eis o poema:
Imponderável
É preciso amar
o belo
o difícil
o amargo do ser
as transformações dos gritos de anjos
em sacrossantas harmonias
ao amanhecer pujante —:
somente estes liriais
nos tornarão livres
para crescer
na existência do
S
e
r
...ao Imponderável...:
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
IVAN DE ALMEIDA: Penso como os simbolistas: ”poesia é evocação”. O poeta é aquele que sente o momento de por o poema no papel. A arte de um modo geral se nutre em nosso inconsciente, por isso que entendo que o artista é muito mais transpiração que inspiração. Colocamos pra fora o que vemos, sentimos e pressentimos. Gosto muito de uma frase de Pound: “Os artistas são as antenas da raça humana, eles auscultam e pressentem o porvir”.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
IVAN DE ALMEIDA: Embora tenha demorado um pouco para concluir o conto “Fixação”, considero que meu trabalho que levei mais tempo para concluir foi o “Pareta”, por ser composto em 20 partes. Escrevi este poema todo no Dique do Tororó, em 2003. Foi um trabalho intenso que me arrebatou profundamente.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
IVAN DE ALMEIDA: Cursei comunicação social com habilitação em jornalismo de 2004 a 2007. Depois de formado passei pela TV Camaçari e trabalhei com algumas assessorias, mas foi na edição de livros que encontrei minha verdadeira vocação. Na área de comunicação tento ingressar no Marketing Digital, é um mercado que cresce muito e vai se ampliar ainda mais. Penso também que, com o conhecimento obtido na pós-graduação, será muito útil pra meu trabalho editorial. Também pretendo me dedicar ao jornalismo literário, me especializando na produção de livros reportagens e biografias romanceadas.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
IVAN DE ALMEIDA: Posso afirmar que Rilke abriu as portas da poesia e me ensinou muito mais do que o fazer poético. Em suas “Cartas a um jovem poeta” existem grandes ensinamentos que levei para a vida. Mas também não posso deixar de citar e lembrar outros poetas que me influenciaram, como o alemão Friedrich Hölderlin, o norte-americano Ezdra Pound, o russo Vladimir Maiakovski, o português Fernando Pessoa, e os brasileiros Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Augusto Frederico Schmidt. O gosto pelo estudo da filosofia também foi fundamental: conhecer o pensamento de Friedrich Nietzsche e Arthur Schopenhauer me deu as bases para o meu versejar. Hoje vejo que poesia e filosofia não podem andar separadas.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
IVAN DE ALMEIDA: Leitura.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
IVAN DE ALMEIDA: Prefiro usar meu nome.
VALDECK: Como foi a tua infância?
IVAN DE ALMEIDA: Sofrida. Não tenho dúvida que isso influenciou para meu despertar poético. Escrever faz parte do processo de superação das minhas angústias, meus medos, meus fantasmas. Fernando Pessoa, foi perfeito ao versejar: “Escrever é a minha forma de estar sozinho”, me contemplo muito com esse verso dele.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
IVAN DE ALMEIDA: Escrevo desde os 13 anos e sempre fui entusiasmado com o fazer poético, com os recitais, com os grupos de poetas que participo. Procuro ser atuante. Hoje com 29 anos de idade e 15 de poesia na bagagem, sinto que está na hora de voar mais alto e isso perpassa pela publicação do meu livro. Além de versejar, curto muito jogar xadrez e futebol. Gosto também de exercitar, fazer musculação. Penso que o corpo e a mente precisam estar em plena harmonia.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
IVAN DE ALMEIDA: Em especial o poema “Pareta”. Acho que todos que ponho no mundo são prazerosos. Só não gosto de publicar na web os inéditos.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?
IVAN DE ALMEIDA: Sou editor. Tenho vocação em semear livros, mas também desenvolvo trabalhos como jornalista independente, design gráfico e marqueteiro digital.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
IVAN DE ALMEIDA: Depende muito. Na maioria das vezes não, poesia pra mim precisa ser livre, precisa transcender até mesmo o poeta. Precisa nos libertar para suprir a nossa necessidade de expressão, na maioria das vezes inconsciente.
VALDECK: Qual sua Religião?
IVAN DE ALMEIDA: Já fui evangélico, mas depois me afastei dessa doutrina por fazer muitas indagações sobre suas práticas. Ter acesso ao pensamento questionador e desconcertante de Friedrich Nietzsche influenciou muito nessa visão. Hoje sou muito mais próximo ao pensamento da filosofia oriental, sobretudo a budista, mas tenho muita afinidade com o espiritismo kardecista.
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
IVAN DE ALMEIDA: Preciso começar a publicar, tenho muitos poemas editados nas antologias que organizo, mas ainda não tenho um livro. Pretendo também me dedicar a biografias romanceadas e a crítica literária. O maior problema é encontrar tempo pra fazer tudo isso, já que sou editor de livros e preciso me dedicar aos trabalhos que organizo.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com