MALÚ FREITAS É ENTREVISTADA POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS
Maria Lucia Coelho Freitas é natural de Salvador-Bahia, 41 anos, atualmente estudando Direito na Faculdade 2 de Julho. Atua na área de Grafologia Técnica em empresas de Recursos Humanos e Jurídicas. Apaixonada pelas artes, quando ainda adolescente se apaixonou pela dança através das aulas de professoras como Belle Barbosa, Lucia Grisi (Academia Aquarius) e o saudoso Lennie Dale, dançarino, ator e cantor ítalo-americano radicado no Brasil, em seus cursos intensivos em Salvador, na Academia de Dança Belle Barbosa.
Com o tempo o sonho de seguir carreira na dança foi substituído pelo amor à escrita, motivada pela leitura que fazia desde criança, tendo como fonte livros de poesia, romances diversos e clássicos da literatura inglesa e brasileira. Sua queda é o gosto por poetas góticos, poetas e poetisas. Com o tempo sua paixão foi aumentando com o encontro com a poesia baiana, por intermédio da revista Artpoesia, a qual começou a ler desde as primeiras edições e da qual se tornou fã.
Um dia um amigo, ao ver seus poemas, sugeriu que enviasse um poema à revista e a partir daí essa escritora saiu da “bolha”. Daí vieram os convites para coletâneas, revistas de poesias, blogs, jornais.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
MALÚ FREITAS: Nasci na capital baiana. Numa noite de 21 de outubro de 1968. Como dizia minha mãe, nasci sozinha sem ajuda de médicos, parecia ter pressa, mesmo sendo de 09 meses.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
MALÚ FREITAS: No Brasil conheço poucos estados. No exterior fui a cinco países diversos por causa da sua cultura: Israel, Turquia, Grécia, Alemanha, EUA. A cultura dos países me atrai.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
MALÚ FREITAS: Como disse foi na maturidade. Escrevia na adolescência, mas nunca tive coragem de mostrar nada. Acho que escrevo melhor minhas dores e amores. Isso me motivou a escrever.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
MALÚ FREITAS: Meus poemas são reais. Falam do impossível, da dor mesmo no amor. O poema mais doloroso foi o poema que descrevi meu amor pela minha mãe em seu leito de morte. Nele descrevo a razão dela ter o nome da Estrela Dalva. Meus contos também revelam segredos ocultos como mensagens subliminares. São poemas e contos que contam situações que realmente aconteceram, mesmo quando vampirescos (risos). Meus temas são diversos. Tem até mesmo contos na linha de autoajuda. Livros solo serão projetos futuros. Para gastar dinheiro editando meus próprios livros (como a maioria dos escritores fazem) o momento e o tema têm que valer a pena, pois quero que a venda deles seja disputada que nem meus poemas já editados e vendidos. Não sobra nenhum volume.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
MALÚ FREITAS: Quero que o leitor leia poemas sem achar enfadonho, chato, mesmo nas diversas vezes que escrevo sobre goticismo. Alguns poemas (confesso) são comuns e não colocam o leitor para pensar. Nos meus espero ser sempre direta. Não gosto de ser verborrágica, nem tampouco prolixa.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
MALÚ FREITAS: Amor e dor e suas diversas relações, morte e vida, preconceito, amizade, poesias de protesto, vampirismo pelo mistério que os envolvem.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem à inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
MALÚ FREITAS: Não tenho rituais. Já escrevi poemas em guardanapos de bar, papel de cigarro, corpos. Até no corpo do meu namorado já escrevi (risos).
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
MALÚ FREITAS: Como falei antes, o poema que escrevi na ocasião da enfermidade da minha mãe.
Sono da Estrela
Deu-me a luz
Ensinastes meus primeiros passos
Ensinou-me o suportar da dor e da agonia
Dos primeiros sofrimentos
A tua fé me curou diversas vezes
Tuas mãos me alimentaram
E tudo que pude fazer foi apenas...
Adotá-la
Como filha-mãe.
Nossas conversas no fim da noite.
Nossos papos no raiar do dia.
Minha estrela intensa...
Brilhante... Minha.
Com nome da Grande Estrela Matutina
Ergue-se Estrela Dalva neste firmamento.
Que a cada dia nascerá
Bela em nossos corações
Em pequenas constelações
De filhos
Minha admiradora
Minha admirada
Dalva “Estrela Mãe”
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
MALÚ FREITAS: Sempre deixo fluir. Tem que ser real, vivido, sofrido para se passar a mensagem. Como dizia Arthur Schopenhauer, a maioria dos escritores "vivem da literatura e não para a literatura”. Escrever por escrever não vale.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
MALÚ FREITAS: Não tenho obras solo editadas. Somente coletâneas. Desde 2006 escrevo na Revista Cultural Movimento Artpoesia. Por ela publiquei nas coletâneas “Ecos Machadianos” e “Ecos Castroalvinos”, em 2010. Indicada pelo Guia de autores Contemporâneos Galeria Brasil 2009 - 2010 - Coletânea Celeiro dos Escritores. Coletânea Antologia Delicatta IV Set/2009. Blogs de amigos e meus blogs me ajudam muito nessa empreitada que é escrever.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
MALÚ FREITAS: Estou fazendo Direito. Tive uma experiência anteriormente com letras vernáculas com inglês, mas me decepcionei com a possibilidade de ser uma mestra mal remunerada. Sempre fui inclinada a estudar Direito e hoje me dou esta oportunidade de seguir minhas vontades.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
MALÚ FREITAS: Me inspiro em Schopenhauer, Nietzsche, os melodramáticos Shakespeare, Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Augusto dos Anjos, Vinicius de Moraes, Machado de Assis, Castro Alves e inúmeros poetas e escritores que mostram na sua escrita o mais realismo possível. Entre meus amigos escritores existem trabalhos magníficos e que admiro muito. Seria injusto citar nomes entre meus amigos. Mas se tiver curiosidade basta ver quantos depoimentos nos blogs deles e fotos minhas com eles nos meus blogs (risos). Bom, sinceridade e franqueza fazem parte do meu jeitão de ser.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
MALÚ FREITAS: amor pelo que faz e não fazer por fazer. O leitor percebe uma escrita forçada somente para satisfazer o ego. Quem escreve por Ego e para si mesmo, com certeza não escreve para o público.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
MALÚ FREITAS: Uso um apelido de adolescência que me foi dado por uma amiga do meu pai. Ela sempre me chamou de Malu.
VALDECK: Como foi a tua infância?
MALÚ FREITAS: Junto a quatro irmãos de personalidade e idades diferentes eu só podia ser mesmo diferente (risos). Tinha meus momentos a sós com meus brinquedos. Depois que ganhei minha bicicleta ganhei o gosto pela rua e as brincadeiras de rua. Passado o tempo da bicicleta surgiu minha adolescência, que se resumia em estudar, ouvir música, tocar meu violão com os amigos, dançar.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
MALÚ FREITAS: Gasto com minhas escritas, amigos e shows de rock, blues, MPB. Amo música, shows e meus amigos artistas que sempre me convidam para compartilhar de suas obras.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
MALÚ FREITAS: Meus textos na “Revista Artpoesia” sempre me reservam grandes elogios. Também tem meus poemas na “Celeiro dos Escritores” que me trouxeram grandes alegrias. Mais “Pedaços de Mim” e “Bom dia... Meu amor” editados num jornal de Minas Gerais e foi algo tão repentino que nem deu tempo pra dizer à pessoa se foi correto autorizar ou não. Foi bom ver algo impresso no jornal de outro estado sem nem saber se esta pessoa me conhecia ou não. Enfim, mais um que gostou das minhas obras.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritora?
MALÚ FREITAS: Gosto de medicina alternativa. Há muitos anos sou Mestra Reiki e às vezes, quando me é permitido, faço terapia tibetana com as mãos em hospitais. Reiki é uma terapia de imposição das mãos sobre o corpo do paciente. Para ser reikiano é necessário ser iniciado por um Mestre Reiki. Faço totalmente gratuito em hospitais públicos, quando o grupo reiki que participo se organiza.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
MALÚ FREITAS: Nas mensagens faço da poetisa aqui cada vez mais humana e mostro o quanto o ser humano será capaz de superar a dor, a saudade, os desenganos. As alegrias também são compartilhadas assim, como a sexualidade sem medo e sem culpa. Na morbidez da morte há o gosto pelo desconhecido, pelo desenlace da alma no corpo como libertação eterna.
VALDECK: Qual sua Religião?
MALÚ FREITAS: Sou espiritualista. Para chegar a esse meio termo, vivi em muitas religiões antes de encontrar meu DEUS em mim.
VALDECK: Quais seus planos como escritora?
MALÚ FREITAS: Não parar de escrever e, depois de alguns projetos pessoais, publicar meus livros em pequenas espaços de tempo. Não tenho pressa para lançar um livro. Tenho pressa em ver este país mais cultural, com escritores mais valorizados. A poesia baiana tem que vencer o caos da nossa cultura oportunista baiana.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com
Maria Lucia Coelho Freitas é natural de Salvador-Bahia, 41 anos, atualmente estudando Direito na Faculdade 2 de Julho. Atua na área de Grafologia Técnica em empresas de Recursos Humanos e Jurídicas. Apaixonada pelas artes, quando ainda adolescente se apaixonou pela dança através das aulas de professoras como Belle Barbosa, Lucia Grisi (Academia Aquarius) e o saudoso Lennie Dale, dançarino, ator e cantor ítalo-americano radicado no Brasil, em seus cursos intensivos em Salvador, na Academia de Dança Belle Barbosa.
Com o tempo o sonho de seguir carreira na dança foi substituído pelo amor à escrita, motivada pela leitura que fazia desde criança, tendo como fonte livros de poesia, romances diversos e clássicos da literatura inglesa e brasileira. Sua queda é o gosto por poetas góticos, poetas e poetisas. Com o tempo sua paixão foi aumentando com o encontro com a poesia baiana, por intermédio da revista Artpoesia, a qual começou a ler desde as primeiras edições e da qual se tornou fã.
Um dia um amigo, ao ver seus poemas, sugeriu que enviasse um poema à revista e a partir daí essa escritora saiu da “bolha”. Daí vieram os convites para coletâneas, revistas de poesias, blogs, jornais.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
MALÚ FREITAS: Nasci na capital baiana. Numa noite de 21 de outubro de 1968. Como dizia minha mãe, nasci sozinha sem ajuda de médicos, parecia ter pressa, mesmo sendo de 09 meses.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
MALÚ FREITAS: No Brasil conheço poucos estados. No exterior fui a cinco países diversos por causa da sua cultura: Israel, Turquia, Grécia, Alemanha, EUA. A cultura dos países me atrai.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
MALÚ FREITAS: Como disse foi na maturidade. Escrevia na adolescência, mas nunca tive coragem de mostrar nada. Acho que escrevo melhor minhas dores e amores. Isso me motivou a escrever.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
MALÚ FREITAS: Meus poemas são reais. Falam do impossível, da dor mesmo no amor. O poema mais doloroso foi o poema que descrevi meu amor pela minha mãe em seu leito de morte. Nele descrevo a razão dela ter o nome da Estrela Dalva. Meus contos também revelam segredos ocultos como mensagens subliminares. São poemas e contos que contam situações que realmente aconteceram, mesmo quando vampirescos (risos). Meus temas são diversos. Tem até mesmo contos na linha de autoajuda. Livros solo serão projetos futuros. Para gastar dinheiro editando meus próprios livros (como a maioria dos escritores fazem) o momento e o tema têm que valer a pena, pois quero que a venda deles seja disputada que nem meus poemas já editados e vendidos. Não sobra nenhum volume.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
MALÚ FREITAS: Quero que o leitor leia poemas sem achar enfadonho, chato, mesmo nas diversas vezes que escrevo sobre goticismo. Alguns poemas (confesso) são comuns e não colocam o leitor para pensar. Nos meus espero ser sempre direta. Não gosto de ser verborrágica, nem tampouco prolixa.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
MALÚ FREITAS: Amor e dor e suas diversas relações, morte e vida, preconceito, amizade, poesias de protesto, vampirismo pelo mistério que os envolvem.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem à inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
MALÚ FREITAS: Não tenho rituais. Já escrevi poemas em guardanapos de bar, papel de cigarro, corpos. Até no corpo do meu namorado já escrevi (risos).
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
MALÚ FREITAS: Como falei antes, o poema que escrevi na ocasião da enfermidade da minha mãe.
Sono da Estrela
Deu-me a luz
Ensinastes meus primeiros passos
Ensinou-me o suportar da dor e da agonia
Dos primeiros sofrimentos
A tua fé me curou diversas vezes
Tuas mãos me alimentaram
E tudo que pude fazer foi apenas...
Adotá-la
Como filha-mãe.
Nossas conversas no fim da noite.
Nossos papos no raiar do dia.
Minha estrela intensa...
Brilhante... Minha.
Com nome da Grande Estrela Matutina
Ergue-se Estrela Dalva neste firmamento.
Que a cada dia nascerá
Bela em nossos corações
Em pequenas constelações
De filhos
Minha admiradora
Minha admirada
Dalva “Estrela Mãe”
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
MALÚ FREITAS: Sempre deixo fluir. Tem que ser real, vivido, sofrido para se passar a mensagem. Como dizia Arthur Schopenhauer, a maioria dos escritores "vivem da literatura e não para a literatura”. Escrever por escrever não vale.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
MALÚ FREITAS: Não tenho obras solo editadas. Somente coletâneas. Desde 2006 escrevo na Revista Cultural Movimento Artpoesia. Por ela publiquei nas coletâneas “Ecos Machadianos” e “Ecos Castroalvinos”, em 2010. Indicada pelo Guia de autores Contemporâneos Galeria Brasil 2009 - 2010 - Coletânea Celeiro dos Escritores. Coletânea Antologia Delicatta IV Set/2009. Blogs de amigos e meus blogs me ajudam muito nessa empreitada que é escrever.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
MALÚ FREITAS: Estou fazendo Direito. Tive uma experiência anteriormente com letras vernáculas com inglês, mas me decepcionei com a possibilidade de ser uma mestra mal remunerada. Sempre fui inclinada a estudar Direito e hoje me dou esta oportunidade de seguir minhas vontades.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
MALÚ FREITAS: Me inspiro em Schopenhauer, Nietzsche, os melodramáticos Shakespeare, Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Augusto dos Anjos, Vinicius de Moraes, Machado de Assis, Castro Alves e inúmeros poetas e escritores que mostram na sua escrita o mais realismo possível. Entre meus amigos escritores existem trabalhos magníficos e que admiro muito. Seria injusto citar nomes entre meus amigos. Mas se tiver curiosidade basta ver quantos depoimentos nos blogs deles e fotos minhas com eles nos meus blogs (risos). Bom, sinceridade e franqueza fazem parte do meu jeitão de ser.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
MALÚ FREITAS: amor pelo que faz e não fazer por fazer. O leitor percebe uma escrita forçada somente para satisfazer o ego. Quem escreve por Ego e para si mesmo, com certeza não escreve para o público.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
MALÚ FREITAS: Uso um apelido de adolescência que me foi dado por uma amiga do meu pai. Ela sempre me chamou de Malu.
VALDECK: Como foi a tua infância?
MALÚ FREITAS: Junto a quatro irmãos de personalidade e idades diferentes eu só podia ser mesmo diferente (risos). Tinha meus momentos a sós com meus brinquedos. Depois que ganhei minha bicicleta ganhei o gosto pela rua e as brincadeiras de rua. Passado o tempo da bicicleta surgiu minha adolescência, que se resumia em estudar, ouvir música, tocar meu violão com os amigos, dançar.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
MALÚ FREITAS: Gasto com minhas escritas, amigos e shows de rock, blues, MPB. Amo música, shows e meus amigos artistas que sempre me convidam para compartilhar de suas obras.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
MALÚ FREITAS: Meus textos na “Revista Artpoesia” sempre me reservam grandes elogios. Também tem meus poemas na “Celeiro dos Escritores” que me trouxeram grandes alegrias. Mais “Pedaços de Mim” e “Bom dia... Meu amor” editados num jornal de Minas Gerais e foi algo tão repentino que nem deu tempo pra dizer à pessoa se foi correto autorizar ou não. Foi bom ver algo impresso no jornal de outro estado sem nem saber se esta pessoa me conhecia ou não. Enfim, mais um que gostou das minhas obras.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritora?
MALÚ FREITAS: Gosto de medicina alternativa. Há muitos anos sou Mestra Reiki e às vezes, quando me é permitido, faço terapia tibetana com as mãos em hospitais. Reiki é uma terapia de imposição das mãos sobre o corpo do paciente. Para ser reikiano é necessário ser iniciado por um Mestre Reiki. Faço totalmente gratuito em hospitais públicos, quando o grupo reiki que participo se organiza.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
MALÚ FREITAS: Nas mensagens faço da poetisa aqui cada vez mais humana e mostro o quanto o ser humano será capaz de superar a dor, a saudade, os desenganos. As alegrias também são compartilhadas assim, como a sexualidade sem medo e sem culpa. Na morbidez da morte há o gosto pelo desconhecido, pelo desenlace da alma no corpo como libertação eterna.
VALDECK: Qual sua Religião?
MALÚ FREITAS: Sou espiritualista. Para chegar a esse meio termo, vivi em muitas religiões antes de encontrar meu DEUS em mim.
VALDECK: Quais seus planos como escritora?
MALÚ FREITAS: Não parar de escrever e, depois de alguns projetos pessoais, publicar meus livros em pequenas espaços de tempo. Não tenho pressa para lançar um livro. Tenho pressa em ver este país mais cultural, com escritores mais valorizados. A poesia baiana tem que vencer o caos da nossa cultura oportunista baiana.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com