VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO É ENTREVISTADA POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS
Natural de Campo Sales, Ceará, Varenka de Fátima Araújo reside em Salvador-BA. Morou na cidade Antenor Navarro, Souza, no estado da Paraíba e Picos no estado do Piauí; Muxiopo, Fortaleza e Juazeiro do Norte no Ceará, onde concluiu o primário. Mudou-se no ano de 1969 para a cidade de Salvador, onde concluiu o segundo grau. Iniciou a carreira acadêmica de Diretor Teatral, formou-se dirigindo a peça “Ato Cultural” em 1982. Trabalhou em inúmeras peças de teatro como maquiadora, figurinista, atriz. No período de novembro a janeiro de 1982 e 1983, trabalhou como professora de teatro na cidade do Panamá, América Central. Regressou para Salvador, trabalhou na Escola de Belas Artes, cursou licenciatura em Desenho, participou de exposições coletivas e individuais. Com a gravura do Padre Cícero, participou da Bienal de Aracaju. Pediu transferência para a Escola de Dança, aperfeiçoou na dança do ventre, fez apresentação em teatro e eventos. Em 2005 começou a publicar em antologias. Atualmente trabalha como Figurinista na Universidade Federal da Bahia.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
VARENKA: Nasci em Campo Sales, Ceará. Tantos anos em Salvador, já me considero baiana de coração.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
VARENKA: Uma parte do sul, centro oeste e nordeste do Brasil e Panamá, capital do Panamá, na America Central.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
VARENKA: Escrevo desde a adolescência, eram poemas e acrósticos para amigas, depois em telas que presenteava, escrevi meu diário; em 2001 publiquei poemas na revistinha Antepitta - extinta - e jornal da Aliança Francesa; em 2005 comecei a publicar em antologias; em 2011 o meu primeiro livro de poesias, “Ela em versos”.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
VARENKA: Escrevo mais poesias, prosas são realistas. Gosto de escrever sobre pessoas, cidades e amor.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
VARENKA: Penso que meus livros fiquem com as páginas amarelas de tanta serem lidos, que os leitores gostem e comentem, passem para outros lerem, quanto mais lido meu livro será uma recompensa.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
VARENKA: Sobre a realidade, ficção.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
VARENKA: Gosto de escrever sobre a minha pessoa. Da minha vivencia e observação sobre o mundo. Adoro escrever mais na aurora e pela manhã em casa.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
VARENKA: Este verso:
No inverno, o amor é canção.
Cai a chuva... O amor aquece o dia
Cai a neve, intensifica o amor
Vem a noite me envolvo em teus braços
Amo a maneira como te entregas
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
VARENKA: Às vezes sim, outras vezes demora de vir a inspiração.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
VARENKA: “VERMELHO E BRANCO NO PRETO”. Porque fiz a relação da cor com meninas que pariam no papel preto.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
VARENKA: Sim, me formei em Diretor teatral, pretendo seguir carreira na literatura.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
VARENKA: Autores que admiro: José de Alencar, Raquel de Queiroz, Jorge Amado, Aninha Franco, Monteiro Lobato.
Autores contemporâneos: Carlos Alberto Barreto, Malu Freitas, Valdeck de Almeida de Jesus, Arlinda Moscoso, Benjamin Batista Filho, Simião Sousa, Denise Barros, Marcos Toledo, Jacqueline Aisenman, Leandro de Assis, Miriam de Sales, Carlos Souza.
Máximo Gorki, da Rússia, Arlete Piedade, de Portugal.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
VARENKA: Saber o português, depois ler bastante literatura, política, notícias do mundo, jornais, revistas, cartazes e até frases escritas no para-choques dos ônibus.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
VARENKA: Sim, uso o meu nome verdadeiro, não uso pseudônimo meu nome soa forte, gosto muito.
VALDECK: Como foi a tua infância?
VARENKA: Fui pobre, magrela, brinquedos confeccionados por mim e minhas irmãs, muitas mudanças devido a transferências do trabalho do meu pai, que ganhava o suficiente para vivermos. Quando estávamos bem numa cidade, deixava tudo para trás, vivíamos como ciganos.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
VARENKA: Minha diversão é a arte e a literatura.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
VARENKA: A poesia “Salvador”, publicada no “Prêmio Valdeck Almeida de Jesus 2009”, em Salvador-BA.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritora?
VARENKA: sim, trabalho como figurinista.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
VARENKA: Sim. Paz, harmonia, educação, amor e sobre os males que afligem o planeta Terra.
VALDECK: Qual sua Religião?
VARENKA: Católica.
VALDECK: Quais seus planos como escritora?
VARENKA: Em 2012, publicar um livro de contos e crônicas e pretendo continuar publicando.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com