ALINE VITÓRIA É ENTREVISTADA POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS
Natural de Salvador-Bahia, Aline Vitória tem 33 anos. Iniciou a carreira acadêmica em Letras Vernáculas em 2006, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Trabalhou durante quase cinco anos como Professora de Língua Portuguesa na cidade de Santo Amaro da Purificação, onde morou por sete anos. Escreve desde a infância, mas foi no período da faculdade que deu maior vazão àaUEFS) sua veia literária, escrevendo diversos contos, poemas e romances. Participou das Antologias Valdeck Almeida de Jesus anos 2 e 3, foi selecionada para o Livro de Todos, projeto da Câmara Brasileira de Livro e, recentemente, publicou via web dois de seus livros: “A Revolta das Calcinhas”, livro cômico sobre relacionamentos, com participação de Tatiana Marques; e “O Menino Que Não Gostava de Ler”, livro infantil, que incentiva a leitura para crianças que estão em fase de se acostumar com o texto.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
ALINE: Nasci na capital Baiana.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
ALINE: Infelizmente, não. Só fui a poucos lugares dentro da Bahia (Lençóis, Feira de Santana, Cachoeira e outras cidadezinhas do interior), mas é um sonho que pretendo começar a realizar no final de 2012. Conhecer alguns estados brasileiros e alguns países como Portugal e estados Unidos.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
ALINE: Comecei ainda criança, por volta dos nove anos, porque gostava muito de criar histórias.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
ALINE: Escrevo ficção, porém, minhas ficções sempre têm um fundo de verdade, ou seja, são baseadas nas minhas observações cotidianas da vida das pessoas, inclusive na minha. Poesias, só escrevo quando sinto necessidade de expressar algum sentimento forte, porque acredito que poesia é, acima de tudo, sentimentos e emoções, por isso minhas obras são, na sua grande maioria, prosa. Acredito inclusive que a minha “fase poeta” já passou. Um tema recorrente em minhas obras é a questão da mulher na sociedade.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
ALINE: Penso sim, ainda que inconscientemente. Acredito que meu compromisso maior é com o entretenimento. Penso no prazer que minha história vai proporcionar ao leitor.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
ALINE: Contos, porque geralmente me vem histórias completas na cabeça, mas sempre curtas. Tenho muitos contos e poucos romances. A comédia me dá mais prazer, mas também gosto de um bom romance com paixão, traições, tudo à flor da pele, por causa das emoções.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
ALINE: De muitas formas. Já tive sonhos completos que viraram contos, já escrevi baseado na vida de uma amiga que está sofrendo por amor, já escrevi pensando em como eu seria se estivesse em determinada situação, enfim, a inspiração vem da vida, do dia-a-dia. Não tenho rituais. Preciso apenas de paz e silêncio. No entanto existe um detalhe importante. Se vier a inspiração para uma história muito boa, tenho que pô-la no papel imediatamente, ainda que seja no meio da noite, senão... perco tudo. Isso já me aconteceu e não foi nada agradável.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
ALINE: Não existe apenas uma, mas citarei uma das. Trata-se do conto “O corpo de cristo”, que conta a história de uma moça que se apaixona por um padre: “Quando o vira pela primeira vez, estava de batina. Acabara de chegar à pequenina igreja da cidade, após a morte do antigo pároco, um velho de mais de setenta anos com diversos problemas de saúde.”
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
ALINE: Em geral são. Somente os que requerem extensas pesquisas, como “Considerações sobre a Humanidade”, que não é ficção, e exigiu mais tempo e dedicação. A produção é rápida. A revisão é que, às vezes, demora um pouco.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
ALINE: “A Dama das Rosas Amarelas”. É um romance de época que se passa na Inglaterra do século XVI e demorou mais para ser escrito por causa do tamanho da obra e do ambiente em que se passa que me exigiu algumas pesquisas.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
ALINE: Concluí, sim. O que abandonei foi a Pós, mas pretendo retomá-la no próximo ano. A literatura para mim é uma paixão. Não tenho a pretensão de abandoná-la. Sinto que ela está em mim, ainda que não tenha alcançado uma excelência na escrita, mas creio que a inspiração é o mais importante.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
ALINE: Eça de Queiroz e Luís Fernando Veríssimo.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
ALINE: Dominar a língua para facilitar o trabalho e ter inspiração, gostar de escrever.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
ALINE: Uso, sim. Não gosto de pseudônimos, mas recorro a eles se algum concurso literário exige. Prefiro meu nome mesmo.
VALDECK: Como foi a tua infância?
ALINE: Difícil porque cresci sem mãe, mas tive a sorte de sempre ter pessoas incríveis e bondosas por perto que me ajudaram, e ajudam, de muitas formas e a elas serei eternamente grata.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
ALINE: Para mim, trabalho artístico e diversão caminham juntos. Vou ao cinema para me divertir, mas depois me debruço no computador e posto um texto com uma crítica sobre o filme. Ou escrevo um texto inflamado para expurgar algum sentimento negativo. Portanto, a literatura serve para mim também como uma fuga.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
ALINE: Sim. Algumas poesias minhas que considero muito boas e fazem parte da sua segunda Antologia.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritora?
ALINE: Sim, muitas. Dou suporte a um curso EAD da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), trabalho para a prefeitura, faço artesanatos e sou mãe e dona de casa.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
ALINE: Em geral, não tenho essa preocupação. No entanto, acredito que inconscientemente acabo passando uma mensagem feminista. Sempre fui fascinada por mulheres fortes e decididas e muitas das minhas heroínas são assim. A questão da liberdade feminina, da opressão e do machismo são temas recorrentes em minhas obras.
VALDECK: Qual sua Religião?
ALINE: Não tenho religião definida, mas já freqüentei diversas igrejas como a Batista, Católica (onde já trabalhei), espírita, evangélica, etc. Mas a que mais me deixa à vontade é a doutrina espírita Kardecista.
VALDECK: Quais seus planos como escritora?
ALINE: Continuar escrevendo. E quanto aos meus livros e contos já escritos, desejo muito que sejam lidos por muitas pessoas, pois são boas histórias e merecem ser lidas, assim como os leitores merecem se deleitar com elas.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com
VALDECK: Quando e onde nasceu?
ALINE: Nasci na capital Baiana.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
ALINE: Infelizmente, não. Só fui a poucos lugares dentro da Bahia (Lençóis, Feira de Santana, Cachoeira e outras cidadezinhas do interior), mas é um sonho que pretendo começar a realizar no final de 2012. Conhecer alguns estados brasileiros e alguns países como Portugal e estados Unidos.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
ALINE: Comecei ainda criança, por volta dos nove anos, porque gostava muito de criar histórias.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
ALINE: Escrevo ficção, porém, minhas ficções sempre têm um fundo de verdade, ou seja, são baseadas nas minhas observações cotidianas da vida das pessoas, inclusive na minha. Poesias, só escrevo quando sinto necessidade de expressar algum sentimento forte, porque acredito que poesia é, acima de tudo, sentimentos e emoções, por isso minhas obras são, na sua grande maioria, prosa. Acredito inclusive que a minha “fase poeta” já passou. Um tema recorrente em minhas obras é a questão da mulher na sociedade.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
ALINE: Penso sim, ainda que inconscientemente. Acredito que meu compromisso maior é com o entretenimento. Penso no prazer que minha história vai proporcionar ao leitor.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
ALINE: Contos, porque geralmente me vem histórias completas na cabeça, mas sempre curtas. Tenho muitos contos e poucos romances. A comédia me dá mais prazer, mas também gosto de um bom romance com paixão, traições, tudo à flor da pele, por causa das emoções.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
ALINE: De muitas formas. Já tive sonhos completos que viraram contos, já escrevi baseado na vida de uma amiga que está sofrendo por amor, já escrevi pensando em como eu seria se estivesse em determinada situação, enfim, a inspiração vem da vida, do dia-a-dia. Não tenho rituais. Preciso apenas de paz e silêncio. No entanto existe um detalhe importante. Se vier a inspiração para uma história muito boa, tenho que pô-la no papel imediatamente, ainda que seja no meio da noite, senão... perco tudo. Isso já me aconteceu e não foi nada agradável.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
ALINE: Não existe apenas uma, mas citarei uma das. Trata-se do conto “O corpo de cristo”, que conta a história de uma moça que se apaixona por um padre: “Quando o vira pela primeira vez, estava de batina. Acabara de chegar à pequenina igreja da cidade, após a morte do antigo pároco, um velho de mais de setenta anos com diversos problemas de saúde.”
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
ALINE: Em geral são. Somente os que requerem extensas pesquisas, como “Considerações sobre a Humanidade”, que não é ficção, e exigiu mais tempo e dedicação. A produção é rápida. A revisão é que, às vezes, demora um pouco.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
ALINE: “A Dama das Rosas Amarelas”. É um romance de época que se passa na Inglaterra do século XVI e demorou mais para ser escrito por causa do tamanho da obra e do ambiente em que se passa que me exigiu algumas pesquisas.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
ALINE: Concluí, sim. O que abandonei foi a Pós, mas pretendo retomá-la no próximo ano. A literatura para mim é uma paixão. Não tenho a pretensão de abandoná-la. Sinto que ela está em mim, ainda que não tenha alcançado uma excelência na escrita, mas creio que a inspiração é o mais importante.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
ALINE: Eça de Queiroz e Luís Fernando Veríssimo.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
ALINE: Dominar a língua para facilitar o trabalho e ter inspiração, gostar de escrever.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
ALINE: Uso, sim. Não gosto de pseudônimos, mas recorro a eles se algum concurso literário exige. Prefiro meu nome mesmo.
VALDECK: Como foi a tua infância?
ALINE: Difícil porque cresci sem mãe, mas tive a sorte de sempre ter pessoas incríveis e bondosas por perto que me ajudaram, e ajudam, de muitas formas e a elas serei eternamente grata.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
ALINE: Para mim, trabalho artístico e diversão caminham juntos. Vou ao cinema para me divertir, mas depois me debruço no computador e posto um texto com uma crítica sobre o filme. Ou escrevo um texto inflamado para expurgar algum sentimento negativo. Portanto, a literatura serve para mim também como uma fuga.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
ALINE: Sim. Algumas poesias minhas que considero muito boas e fazem parte da sua segunda Antologia.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritora?
ALINE: Sim, muitas. Dou suporte a um curso EAD da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), trabalho para a prefeitura, faço artesanatos e sou mãe e dona de casa.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
ALINE: Em geral, não tenho essa preocupação. No entanto, acredito que inconscientemente acabo passando uma mensagem feminista. Sempre fui fascinada por mulheres fortes e decididas e muitas das minhas heroínas são assim. A questão da liberdade feminina, da opressão e do machismo são temas recorrentes em minhas obras.
VALDECK: Qual sua Religião?
ALINE: Não tenho religião definida, mas já freqüentei diversas igrejas como a Batista, Católica (onde já trabalhei), espírita, evangélica, etc. Mas a que mais me deixa à vontade é a doutrina espírita Kardecista.
VALDECK: Quais seus planos como escritora?
ALINE: Continuar escrevendo. E quanto aos meus livros e contos já escritos, desejo muito que sejam lidos por muitas pessoas, pois são boas histórias e merecem ser lidas, assim como os leitores merecem se deleitar com elas.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com