“Ser radialista não é só ter vontade”, Jorge Noronha, radialista fortalezense [Parte II]
___________________________________________QUESTIONÁRIO
Ana/Bianca - Há quanto tempo você faz rádio?
Jorge - Já estou no rádio há 12 anos. A minha área de trabalho é musical, é esportivo e também político.
- Qual foi a razão que te levou a ser radialista? E quem te incentivou a chegar a esta profissão?
Quando fui estudar na escola Marvin, eu descobri que tinha talento para falar com o público. Então, ser radialista não é só ter vontade, é saber fazer rádio e saber o que vai dizer. E lá na escola, a gente tinha momentos com o professor José Maria de falar em público, e eu era muito convocado e fui descobrindo que tinha talento para ser radialista. Quem bem mim incentivou a chegar a esta profissão, foi à área esportiva. Quando eu era criança, gostava muito de ouvir rádios esportivos. Então eu morava no Pici, e no Pici tinha um campo de do Fortaleza eu ia muito nele e ali fui vendo repórteres trabalhando.
- Qual foi seu primeiro trabalho no rádio? E quando foi que você o realizou?
O meu primeiro trabalho foi na rádio comunitária chamada QC FM, do Quintino Cunha. Então nós começamos a apresentar o programa musical com Luiz Gonzaga, fomos fazendo um trabalho nessa radia até que nós chegamos na Esporte Cultura.
- Depois que você passou a trabalhar em uma rádio comunitária, as pessoas passaram a se interessar mais ainda pelo seu trabalho. Como é ser reconhecido pelos ouvintes?
Hoje eu tenho mil pessoas que me cumprimentem e quando descobrem que eu sou o Jorge da rádio ficam alegres, batem nas minhas costas (risos) e falam “ah Jorge, parabéns pelo programa” e a gente descobre que as pessoas estão gostando do nosso programa.
- Você apresenta atualmente o programa Gibão de Couro, que toca músicas do Luiz Gonzaga. Por que esse nome, Gibão de Couro?
Interessante. Eu quando fui apresentar o programa, eu só pensava no boiadeiro, o vaqueiro, que usava essa roupa em momentos festivos, quando eu descobri que o Luiz Gonzaga tinha uma música chamada “Gibão de Couro”, e então tudo foi dando certo. O nome é mais pela profissão do vaqueiro, esse homem que ia buscar o gado no mato, para poder abater a carne e aproveitar o couro.
- De onde surgiu essa paixão pelo Rei do Baião?
Pela forma cultural, pela forma educativa. Nas músicas do Luiz Gonzaga a gente fala com as crianças, a música que a gente fala com o “vovô”, que é o vovô do baião e tem música que fala de casamento. Ou seja, todo o repertório dele é educativo, é cultural e por isso ele deixou essa herança pra gente, e nós não devemos esconder e nem deixar de tocar o Luiz Gonzaga, porque é uma riqueza.
- A que tipo de trabalho você se dedica atualmente?
Hoje eu trabalho no programa “Arbitragem e Amadorismo”, na Rádio Verdes Mares. Em período de carnaval eu trabalho na Rádio Cidade. E trabalho também na produção do programa político, com o Pedro Sampaio da Rádio Cidade.
- Se você tivesse que optar entre continuar divulgando a obra de Luiz Gonzaga ou o seu trabalho de comunicação do esporte cearense, qual dos dois você escolheria?
Eu preferia ficar somente com o do Luiz Gonzaga. Porque eu trabalho mais na questão da família e da educação do jovem, que vai dar continuidade a esse mundo melhor, para a gente trabalhar a vontade dos jovens, o gosto deles. Então eu ficaria com o Gibão de Couro.
- Você atualmente é membro da Associação de Moradores aqui do bairro [Olavo Oliveira]. Qual foi a razão que te levou a realizar esse trabalho na comunidade?
Já há muito tempo, eu participei de um grupo de jovens da Igreja Católica que eu frequento. Depois casei, hoje a Mariana, minha filha mais velha, está com 22 anos, e nós, eu e minha esposa, participamos do Encontro de Casais com Cristo. E isso me educou me fez me preocupar com a comunidade, os trabalhos da igreja. Então eu participei da Associação como diretor, e hoje participo como membro associado.
O5/03/2011
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O site do programa do entrevistado:
http://programagibaodecouro.blogspot.com/