Roberto Armorizzi é acadêmico da ARTPOP e artista plástico, residente no Rio de Janeiro, um dos vencedores do prêmio " Personalidades 2010" da Academia de Artes de Cabo Frio"




Nas artes, quais são suas principais influências?
 
R: São muitas as influências que atuam sobre meu processo criativo. São elas artísticas, psicológicas, filosóficas, sociológicas, teológicas e outras mais. Não é possível chegarmos a uma total completude, mas todas estas questões me influenciam sobremaneira. Por outro lado, nutro grande admiração pelos modernistas, sem no entanto deixar de observar com muito apreço os clássicos. 
 
 
E seu estilo foi se desenvolvendo com o tempo ou desde o início de sua carreira seguiu a mesma linha ?
 
R: Acredito que, na verdade, as maneiras de lidar com meu estilo foram se modificando com o passar do tempo, em razão de constantes buscas por novas possibilidades.
 
 
Você acredita que o artista nasce com  o dom e naturalmente a vida lhe induz a colocá-lo em prática ou hoje em dia a busca do ser humano em se aperfeiçoar no que gosta, acaba o induzindo ao dom?
 
R: Penso que todo ser humano é artista. Por isso ele traz consigo, ao nascer, o "dom" que vai sendo desenvolvido no decorrer de sua vida. 
 
 
Quais foram as exposições que mais marcaram sua carreira?
 
R: Sem dúvida as exposições coletivas da UNIVESIDARTE. Participei das mesmas por vários anos. Foi através dessas mostras que tive oportunidade de começar a mostrar meus trabalhos.  
 
 
E a literatura, sempre esteve presente em sua vida ou o interesse veio a partir do amor às artes em geral?
 
R: A literatura sempre esteve presente em minha vida. Quando eu era criança, compunha versos para todo mundo, principalmente para amiguinhos que faziam aniversário. É que eu não tinha dinheiro para comprar-lhes presentes. Eles adoravam.
 
Continuando na literatura, quais os trabalhos que você tem publicado?
 
R: Participei de várias antologias de poesias. Mas no que tange a livros individuais posso mencionar, por exemplo, "O sentido numinoso do OVNI" e "Maenatu". O primeiro encontra fundamentos na psicologia junguiana e o segundo refere-se a uma reunião, em sua maioria, de poemetos que escrevi e que ficaram guardados em minha gaveta durante muitos anos.
 
O que você tem a dizer, sobre governo e apoio cultural? Você acredita nesta parceria?
 
R: Sim, acredito nessa parceria. Percebo que, na medida do possível, há apoio do governo à cultura.
 
 
Você foi um dos homenageados pela ARTPOP no prêmio personalidades 2010, e podemos observar no evento, a presença de muitos nomes de peso nas artes brasileiras. Você acredita nesta inovação da ARTPOP em conseguir unir vertentes tão diferentes de todo o canto do país? Você acha esta união promovida pela ARTPOP como uma nova tendência nas artes?
 
R: Sim, eu acredito nessa inovação da ARTPOP em promover uma nova tendência nas artes. A presença de muitos nomes de peso referentes às artes brasileiras no evento é prova de que isto é fato. 
 
Sua arte celebra coisas simples, bonitas e felizes, mostra a cultura negra e a celebração em geral. Já pensou em pintar algo lúgubre?
 
 
R: No passado, a arte pretendia demonstrar o belo. Hoje, a mesma também quer mostrar a beleza que muitas vezes está contida na fealdade e vice-versa. Assim, pintar algo lúgubre é viável.  Já pintei coisas lúgubres.
 
 
 
O que acha que pode ser mudado na ARTPOP?
R: Acredito que mudanças ocorrem naturalmente no decorrer de processos de todo tipo. Penso que a ARTPOP está muito bem dentro de seu processo.
 
 
Izabelle Valladares Mattos
Enviado por Izabelle Valladares Mattos em 23/02/2011
Código do texto: T2810686
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