EXCURSIONISTAS (humor)

Dois amigos viajantes descompromissados, cheios de energia e curiosidade injustificada são entrevistados para relatar suas peregrinações em diferentes e exóticos locais, "nadas" e populações . Ao longo do caminho, eles conhecem pessoas, brincam de viver como mendigos e acham que isso é divertido.

A seguir, uma entrevista exclusiva e inclusiva com eles: Mahahah e Josstah.

(Um mashup de uma entrevista real)

- Como e por que vocês decidiram fazer essa enorme viagem?

Mohahad - É uma longa história, mas tudo começou quando decidimos estudar fora, porque estavamos de saco cheio de estudar dentro. Escolhemos viver perigosamente; ir para aquela região de Israel, passar uns tempos lá. Foi aí, entre um homem bomba e outro, que tudo começou.Tomamos uns tragos e resolvemos viajar pelo o Oriente Médio. Queríamos mesmo é ir para o oriente grande mas, apesar de grande, ele não é muito frequentado, nem conhecido. Começamos no meio do nada e de camelos, num deserto. Ali, conhecemos um polonês solitário - ele e sua bicicleta. Eu e Joostah pensamos: esse cara é louco, estava pedalando pelo deserto, sozinho.

Joostah - Aliás, loucos também erámos nós... ali naquele lugar, e por opção... Mas depois passamos uns dias com ele e ouvimos histórias sobre as pessoas que ele conheceu, suas aventuras, tudo era tão inspirador, transpirador devido ao extremo calor e confuso, pois nada sabíamos de polonês. Ele estava pedalando e falando (polonês) sozinho, há mais de dois anos. É claro que não estava regulando muito bem das idéias. Mesmo assim, isso nos inspirou e decidimos fazer algo parecido, com a diferença que tinhamos com quem conversar e numa lingua conhecida por ambos. Pensamos na volta em fazer um passeio por lugares desenvolvidos do Ocidente e depois por lugares mais toscos na América Latina tipo a Rocinha e o Paraguai....

- E vocês viajam em que tipo de bicicletas?

Mohahad - Viajamos em bicicletas de bambu, em que as estruturas são feitas de produtos naturais. Procuramos apoiar a sustentabilidade e sustentar a apoabilidade, coisa assim meio de ciclista mesmo. Essa é a primeira tentativa desta vaigem em bicicletas de bambu. O material é flexível, absorve os impactos da estrada. Ela é muito leve, se comparada à bicicleta normal, além de ser linda. É bem verdade que a Gisele Bundchen é melhor.... Na verdade ela, a bicicleta, não a Gisele, é feita de bambu e maconha, para quem gosta, dá até para fumar a bicicleta. Já a Gisele dá para...

- Vocês estão pagando pela viagem ou tiveram alguma ajuda?

Joostah - Temos alguma ajuda. Recebemos uns trocados aqui e ali, mas nunca houve necessidade de jogar bolinha em sinal de transito.

- Onde vocês costumam dormir?

Joostah - Na maioria das vezes, nós acampamos no deserto mesmo, mas houve muitos casos em que encontramos pessoas que nos ofereciam um lugar para ficar, ou nos abrigava no quintal de casa. É incrível, as pessoas abrem suas casas para estranhos.

- Qual foi a melhor parte da viagem até agora?

Mohahad - A melhor parte foi definitivamente conhecer pessoas no caminho. As pessoas têm sido muito amáveis, elas nos levam para suas casas, nos dão comida, nos dão abrigo, eventualmente pinta um lance mais íntimo - nos deixam passar a noite e fazer coisas à noite.... Isso é muito interessante. Ter contato com todas essas pessoas, que têm histórias para contar mesmo numa lingua obscura. Ver mulheres gozarem em outra língua é culturalmente prazeroso, sacou? Para mim, a parte mais incrível foi essa, dividir as camas e as histórias.

- E a pior parte?

Joostah - Acho que o pior foi o começo, o meio e o fim. Realmente isso é um saco. Foi duro começar no meio do nada, cerca de 500 quilômetros de coisa nenhuma (a próxima cidade). Foi horrível, milhares de mosquitos, e a gente era a única coisa viva em toda aquela área. Foi um começo ruim. Depois disso as coisas permaneceram iguais e por vezes até piores.

- Qual o produto disso tudo?

Joostah e Mohahad - O que estamos fazendo agora é mantendo um site, tirando fotos e filmando. Esperamos fazer um documentário. Nunca se sabe o que vai acontecer, por exemplo, ninguém esperava que o Fluminense ganhasse em 2010 - talvez façamos um livro, aparecer no programa do Jo, na Marilia Gabriela e se der bom resultado, quem sabe entrar na política? Há muitas histórias a serem reveladas, relevadas e resvaladas. Tivemos oportunidade de falar com muita gente no caminho em idiomas incompreensíveis.