Entrevista com: Bosco Esmeraldo
Antes de tudo, quero dizer que para mim, é muito difícil falar de alguém que conheço muito bem, sabendo de todos os seus pontos fortes e fracos. Procurarei ser imparcial, se isso for possível, mas responderei conforme o mesmo questionário que submeti aos outros.
Isto farei, devido a vários comentários recebidos, sugerindo esta auto entrevista e mais, corroborando com e-mails de igual teor.
BE: Qual o seu nome e como ele soa aos seus ouvidos?
R: Meu nome é João Bosco R. Esmeraldo. Se Bosco, soa muito bem. João Bosco soava a repreensão.
BE: Se tivesse oportunidade, você o mudaria? Por quê?
R: Houve época que sim. Porque tudo o que não presta tem o nome João, Joãozinho, João Bobo, João Ninguém etc. Servia de chacota e a garotada se divertia às minhas custas. Mas, quando descobri o significado de meu nome, nunca mais quis mudá-lo. João = Agraciado pelo Senhor; Bosco, do grego, pastor.
BE: Pseudônimo adota ou adotaria?
R: Até pensei em alguns, mas aí ficaria ainda mais desconhecido do que sou. Quando adolescente, pensei num para a minha banda que nunca aconteceu. Seria “PETERSON”, pois sou filho de Pedro. Outro que pensei muito nessa época, foi “OD LAREMSE MILLOR”, por tratar-se do inverso dos meus sobrenomes. Passada essa fase, desisti de pseudônimo ou nome artístico. Quis ser eu mesmo e acabou. E depois que descobri o significado de meu nome, aí é que não quis mesmo.
BE: Faça sua breve biografia.
R: Nasci no lugarejo bucólico da Vila Missão Nova, hoje Vila Joaca Rolim, Município de Missão Velha – CE. Cresci em Barbalha – CE e desenvolvi-me profissionalmente em Salvador – BA, como bancário e depois como industriário de uma Estatal na qual me aposentei por tempo de serviço. Hoje desempenho a função de pastor evangélico/missionário e nas horas vagas, ouso escrever contos, crônicas e poesias, resgatando sempre que possível meu baú de memórias. Sou casado: Tenho uma linda e maravilhosa esposa, e uma grande bênção que são meus dois filhos, duas noras, uma netinha linda e esperta e uma linda e maravilhosa filha. Todos somos missionários em tempo integral.
BE: Hobbies?
R: Música, literatura e jardinagem.
BE: Como se deu seu envolvimento com a música?
R: Desde criança, gosto de música. Minha mãe e meu pai cantavam sempre, nos afazeres domésticos, nos embalando. Meu pai era marceneiro. Sempre estava cantando ou declamando poesias. Nas renovações, lapinhas e procissões do lugarejo eu cantava com toda força de meus pulmões. Aos 12 anos, construí um 'litrofone': esvaziei os litros de cachaça que a vovó vendia, uns 12, entre litros e garrafas. Depois fui enchendo um a um com água de acordo a afinação da nota. Esta arte rendeu-me o presente de uma gaita Hering, meu primeiro instrumento musical. Depois adquiri um violão e, aos 17 anos compus minha primeira canção de fossa MAS, QUE IDEIA! Daí, não parei mais.
BE: E a sua paixão pela literatura?
R: Minha paixão pela literatura foi de forma extravagante. Conforme relatei nas crônicas CAMINHO DAS PEDRAS, a turma me azucrinava a paciência tentando acabar com o pouco que ainda tinha. Descobri nos livros e revistas um refúgio fascinante. Da fuga, passei habitualmente a me interessar pela literatura. Um bom livro sempre foi indispensável. Tanto os paradidáticos quanto os devocionais. Poesias? Fiz muitas, mas perdeu-se com o tempo, quando meus cadernos escolares foram para o lixo. Autores: José de Alencar, Raquel de Queiros, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Viriato Correia, Gióa Jr. Olva Bilac, Manuel Bandeira, Guerra Junqueiro etc. Cristãos: José Rodrigues, Augusto Coury, E. Perretti, Billy Graham, Don Richardson e outros.
BE: Com qual estilo literário você mais se identifica?
R: Por questões de princípios de fé, excetuando produções eróticas ou afins, gosto de todos os estilos. Mas estou atualmente fascinado por um que até chegar ao RL não o conhecia – Rondel. Foi amor à primeira lida. Mas gosto de Contos, Crônicas, Sonetos, Indrisos etc.
BE: Por qual outra arte você se sente atraído, interage ou já atuou? Fale mais sobre este fato.
R: Cinema, teatro e música. Estudei com amigos cinema. Participei de um curta metragem dirigido por Cícero Bartomarco – O NATAL DA RLAM, em 1982. Recebi o convite, em 1976 para um papel num filme como protagonista, mas recusei, pois acabara de me converter e não me achava preparado para me envolver com cinema naquele momento. No teatro participei de duas peças: PLUFT, O FANTASMINHA e O CHALÉ À BEIRA DO CAMINHO. Na música, tenho desenvolvido como compositor, musicista, letrista e arranjador. Alguns destes, publicados aqui no RL.
BE: De quais projetos músico/literários você já participou?
R: Duas antologias de Poetas na CBJE – Câmara Brasileira de Jovens Escritores.
BE: Estou preparando um livro de poesias e Crônicas e Contos. Tenho feito o RL de laboratório, para testar se valeria a pena. Os comentários que tenho recebido, têm me incentivado a prosseguir, e brevemente este livro sairá do prelo.
Na música, gravei com minha esposa e filhos o CD RUMO CERTO de músicas de louvores em 2000. Não me prendo a ritmos, pois gosto de todos do clássico, erudito ao mais popular, excluindo heavy metal e breganeja, gosto dos demais. Mas respeito bastante quem deles gosta.
BE: Qual a sua relação com a música? Ouvinte, executante, compositor?
R: Compositor, arranjador e cantor. Mas esta última é a que menos gosto de fazer. Prefiro, analogamente a um construtor, construir “casas” para os outros “morarem”.
BE: Deixe uma breve mensagem para os nossos leitores.
R: Que somos o que pensamos de nós mesmo. Que ousemos sonhar. E devemos sonhar grande, pois nossas realizações têm o tamanho dos nossos sonhos. Sejamos mais amigos, ajudemos aos menos favorecidos e juntos, subiremos às alturas. Deus abençoe a todos.
Quero também deixar aqui um apelo em favor do pessoal de baixa visão, que leem os nossos trabalhos com bastante dificuldade. Sou testemunha disto, pois conheço pessoas desse grupo e sei quão difícil é para eles acessar nossos textos. Por isso tenho transformado meus textos em áudio para que eles possam também ouvir o que nós temos escrito. Há programas leitores de texto que fazem isto, embora de forma mecânica, mas até que sai legal. Fica aí a sugestão.
Agradeço a todos amigos recantistas que têm-me recebido de braços e corações abertos.
Vocês são muito especiais.
Perguntas da Rejane Chica:
1- Como chegaste até o Recanto?
R: Procurava no Google por alguma referência ao meu primo Alex Rolim, e encontrei um link que desaguou neste Lado de Delícias Literárias.
2- Encontraste aqui o que esperavas para tua vida de escritor?
R: Não só encontrei, como me encantei. Fiz meu cadastro e publiquei meu soneto MATURA IDADE. Daí apareceram vocês que me cativaram e não consegui mais sair daqui.
3- Além do RL onde mais escreves?
R: No http://www.scribd.com/joaobosco12 ; meus blogers http://boscoesmeraldo.blogspot.com/ ; http://aforismosmeus.blogspot.com/ ; http://mythoughtsbymyself.blogspot.com/ ; http://palcoprincipal.com.br/bosco_esmeraldo ; http://palcoprincipal.com.br/orquestra_virtual e publico minhas músicas e arranjos na SibeliusMusic http://members.sibeliusmusic.com/JoaoBoscoMusic , http://missteecatandfriends.multiply.com/links/item/65/ http://www.wix.com/joaobosco/mypraise e para mais dois sites Missionários em Inglês -->> http://ministryofmiracles.yolasite.com/ e http://missteecatandfriends.multiply.com/journal/item/176/MASK_WITH_WHAT_WILL .
4- Tens livros publicados?
R: Participei de duas antologias de Poetas a 68 e 69 da Câmara Brasileira de Jovens Escritores – CBJE, como falei anteriormente.
5- Realmente nasceste em Crato,Ceará?
R: Não. Apenas resido aqui. Sobre o lugar que nasci, falo mais detalhadamente no princípio da auto entrevista.
6- Grau de escolaridade:
R: Embora tenha cursado Análises de Sistemas de Computação, Ciências Contábeis, Ciências da Computação e por último, Bacharelado em Teologia, continuo no nível médio. Um fenômeno me impedia de continuar e passar do 4° semestre. Dormia nas aulas, do começo ao fim. Descobri, que dormir em casa era mais confortável e mais econômico. Só no final do ano passado é que descobri que o meu problema era causado pela Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono – SAOS, sendo eu portador crônico, de grau severo, e eu nem sabia! Agora estou fazendo o tratamento adequado e já penso em voltar a estudar ou concluir o curso de Teologia. Minha memorização que era sofrível, agora é de uma criança.
7- Além de Português, falas algum outro idioma?
R: Espanhol, Inglês e Francês, saindo-me melhor em Inglês. Boas noções de Italiano, Esperanto, Hebraico Bíblico e coloquial e um caquinho de Grego Koiné.
Pronto. Basta por aqui. Não quero despir-me mais publicamente.
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Bosco Esmeraldo.