Entrevista com o artista plástico Roldão Aires feita por Rodrigo Poeta
*Nome: Roldão Aires Joaquim.
*Natural de São Paulo-SP.
*Nascido em 06 de fevereiro de 1948.
*Cidade que representa: São Paulo-SP.
*Atividades: Poeta, artista plástico, desenhista, Membro dos Poetas del Mundo (entidade com sede no Chile), Membro da Associação Paulista de Belas Artes e Membro Correspondente da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.
*Email: roldaoaires@gmail.com
*Link: http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5958
- Vejamos a entrevista feita por Rodrigo Poeta ao artista plástico Roldão Aires:
1-Como nasceu em você o espírito artístico dentro das artes plásticas?
Roldão: Quando se é artista, em qualquer área da arte, Deus já coloca dentro de nós esse dom que é inato. Desde pequeno desenho e escrevo também desde os bancos escolares.
2-Qual é o seu estilo?
Roldão: O meu estilo, em arte, é o impressionismo e o expressionismo. Na poesia é o romantismo.
3-Quais são suas influências?
Roldão: As influências durante a nossa formação são várias. Na poesia gosto muito de Castro Alves, Olavo Bilac, Álvares de Azevedo, dentre outros.
4-Pode-se dizer que uma tela também é uma POESIA?
Roldão: Sem sombra de dúvida, uma tela é uma poesia feita com pincéis, mas no meu caso com os dedos mesmo. Para se fazer um quadro, é necessário e primordial termos a inspiração, depois vem as cores, a centralização daquilo que vamos fazer e principalmente, nos colocarmos no lugar de quem a vai ver. A poesia é igual e requer os mesmos quesitos.
5-Já realizou algum projeto ou fez uma exposição do seu trabalho?
Roldão: Já realizei vários projetos com arte, todos voltados às riquezas naturais do Brasil. Exposições feitas desde 1997, totalizando uma média de 13 exposições por ano, até 2002. Posteriormente voltei à minha profissão de origem que é a Publicidade.
6-Como nasceu a ideia de mesclar poesia, vídeo e locução?
Roldão: Isto acredito eu que seja uma conseqüência normal, pois tirando a locução, o resto está ligado a arte e a publicidade. Quanto à locução, sou aficionado por rádio, já tendo trabalhado em algumas emissoras do interior.
Por ser piloto aviador, pude conhecer várias e sempre que podia, fazia um teste de rádio no qual era aprovado. Foi quando os amigos me incentivaram bastante e então eu segui em frente, com a queda radialística!
7-Quais são os poemas que mais admira?
Roldão: “Navio Negreiro”, para mim é um épico na forma de poesia; “Laço de Fita”, “Em que Pensas” e “Longe de Ti”, Castro Alves; “Amor é Fogo que Arde”, Camões; “Se Se Morre de Amor”, Gonçalves Dias; além de Mário Quintana, “Os Relógios”, “Das Utopias” e “Poeminha do Contra”; Olavo Bilac, “In Extremus”, “De Outras Sei”, “Dormes”, “Ontem” e “Um beijo”; Vinícius de Moraes, “Soneto a quatro mãos” e “Receita de Mulher”; Raimundo Correa, “As pombas” e Álvares de Azevedo “Anjos do Mar”.
8-Como você vê a situação cultural no Brasil?
Roldão: Infelizmente não a vejo com bons olhos, para a cultura sempre faltou incentivo, mas agora é notório o descaso feito com o teatro, o cinema, sem falar das artes plásticas, onde o artista por conta própria, como no teatro busca os recursos de um bom empresário. Na literatura, o autor tem de pagar antecipado determinada quantidade de livros estipulado pela editora, senão o seu livro não vai para as livrarias. “Temos no escalão do alto, gente que não gosta de ler, talvez não seja bom para ele, um povo culto”. E um país cujos livros e autores são relegados ao ostracismo, caminha para ele também.
9-Qual tela de sua autoria você tem mais afeição?
Roldão: Evidente que os quadros, para nós que os fazemos são pedaços de nós que saem. Não tenho preferidos, mas me orgulho daqueles que atravessaram a fronteira, como “O Arco da Porta Nova”, (Portugal), “Festa das Flores” (Ilha da Madeira - Portugal) e “Lençóis na Bahia” (México).
10-Deixe uma mensagem para posterioridade.
Roldão: “Os poetas e pintores, são sem exceção parceiros de Deus.”
(Roldão Aires)