Eu entrevistando eu - II
E - Enzo
R - Repórter
R _Voltamos do comercial para continuarmos a entrevista com o Enzo:
R _ Enzo, saindo daquele assunto chato e desinteressante, eu quero falar agora sobre o mundo. O que você acha dele?
E _ Bom, eu acho o mundo um grande bosta, nós somos os mosquitos e bactérias nele presentes, alguns destes seres gostam muito desta bosta, outros não. Geralmente a classe que se contenta são os mosquitos, que vivem como se estivessem em outro mundo, por cima de todos, olhando as bactérias se sujarem na merda, se mordendo por pedaços de bosta, observando as grandes e descontroladas famílias bacterianas. A classe que não agrada deste mundo é a classe que realmente vive nele, conhece como é estar na merda, tentam virar moscas e escapar, mas quase sempre se afundam e, sujas, não conseguem mais se erguerem, assim passando a vida do jeito que dá ou que deu.
R _ Ô louco Enzo, mas como você pensa assim? Que o mundo é uma bosta, não tinha melhor comparação não?
E _ Na verdade, uma bosta não é tão ruim assim como você pensa. Uma bosta pode até ficar cheirosa e boa para se viver, pois se as bactérias cuidarem deste tipo de ambiente, pode até nascer uma rosa. Além do mais, hoje acordei de mau (mau com L) humor, talvez se tivesse acordado bem, teria comparado o mundo a outra coisa que não me vem a cabeça agora.
R _ Sei... E porque citar os mosquitos?
E _ Não me venha com perguntas idiotas de novo eim, os mosquitos exitem em qualquer lugar uai, estão sempre atazanando a todos, aproveitando a superioridade das asas para explorar quem nasceu desprovido delas, que é o nosso caso.
R _ Esta bosta acaba?
E _ Você esta falando da entrevista?
R _ Não, idiota! Estou falando do mundo.
E _ A sei, é simples a resposta: As vezes a bosta seca e nem fungo dá... PERAÍ!
R _ Vamos ao comercial, o nosso entrevistado teve que ir ao banheiro!