MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA

COMO NÃO EXISTE A CATEGORIA REPORTAGEM, VOU COLOCANDO AS MINHAS EM ENTREVISTAS, "MESMO"...

Por Caroline Garcia

Ontem, dia 25, o Plenário da Câmara Municipal de viamão, Rio Grande do Sul ficou cor-de-rosa o dia inteiro: recebeu a Oficina de Capacitação para Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher, promovida pela Associação de Mulheres do Multiplicar.

Quantos príncipes encantados viram sapos no conto de fadas do dia a dia das mulheres comuns? Repensando a pergunta: das mulheres incomuns. Não existe mulher comum.

Cada mulher é única, cada mulher tem uma história de vida; e quando se fala a palavra príncipe, não falamos apenas dos sonhos. Falamos de fatos, situações, decisões.

Foi com o intuito de interferir na vida de quem realmente tem que levantar a cabeça e tomar decisões que podem determinar o destino de uma família inteira, que a Associação de Mulheres do Multiplicar elaborou o projeto de oficinas de Capacitação para Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher.

Segundo a tesoureira da associação, Mardeli de Quadros Rosa, as oficinas estão sendo ministradas em várias cidades gaúchas. “Temos sede em Canoas, mas estamos presentes em 12 cidades, entre elas, Porto Alegre, Alvorada, Pelotas, Passo Fundo e estaremos em Butiá logo, logo”, afirma. O objetivo é capacitar mulheres para ajudar mulheres, e Mardeli explica: “Serão multiplicadoras de nosso trabalho. No terceiro módulo do curso, cada participante terá a capacitação para realizar as oficinas, além de aprenderem a identificar quando uma mulher está sendo agredida ou não”.

A oficina começou de forma descontraída, e cada mulher teve que identificar a inicial de seu nome com uma característica sua. Eram pescadoras, assistentes sociais, graduadas e trabalhadoras rurais, artesãs, brancas, negras, pardas que puderam dizer desde “meu ‘E’ é de ‘egoísta’”, até “meu ‘R’ é de ‘rainha’”. Maria Eunice Dias Wolff, representante gaúcha no diretório nacional do Partido dos Trabalhadores foi a responsável pelas dinâmicas de grupo.

Ali puderam contar suas histórias, dar exemplos de superação, ou demonstrar sua boa vontade em ajudar quem precise. E aprender. “A acolhida é feita de verdade quando se olha nos olhos. É sinal que a pessoa pode confiar em ti.” Dizia Ângela Pereira, assistente social, responsável pelo Centro Jacobina, de São Leopoldo. A Secretária de Políticas Públicas da mesma cidade, Euli Steff também marcou presença e trocou experiências com as viamonenses, contando como andam as políticas relacionadas à mulher em “São Léo”. Aqui em Viamão, a associação tem várias ações, como aulas de artesanato em modalidades diversas, e organização de geração de renda em grupos de mulheres que desejarem ter o apoio.

Estiveram participando da oficina a representante do gabinete do deputado federal Marco Maia, Iradi Bampi; a vereadora Belamar Pinheiro, Darlene Oliveira, que é articuladora dos projetos da associação no município, bem como a coordenadora geral, Maria Regina dos Santos Braga. O vereador Geraldo Oliveira recebeu o agradecimento da equipe organizadora da oficina, após ter sido o responsável pela solicitação do espaço do plenário. Durante a tarde, Estela Vilanova, membro do Fórum da Mulheres do Município de Viamão, esteve esclarecendo as dúvidas das participantes sobre a organização da mulheres no município.

Para contatar a Associação de Mulheres do Multiplicar, a sede é em Canoas, na Rua Caramurú, nº 330, sala 1. O telefone é 51 34769752. Em Viamão, pode-se dirigir ao programa de atendimento à mulher, através do número 51 30547509.

NÃO ESQUEÇA:

Segundo as Mulheres do Multiplicar, a violência é eclética e democrática, e não escolhe a dedo suas vítimas. “Quem bate na mulher, machuca a família inteira!”, dizia um dos slides expostos durante a capacitação.

Quando for necessário o pedido de socorro à polícia não esqueça:

· Ao fazer a denúncia especifique que quer amparo da Lei Maria da Penha. Do contrário, a ação vai para a lista de ações comuns.

· Dependendo do caso, peça também medida protetiva, ou seja, uma determinação judicial que impede o agressor de se aproximar mais de 100 metros da vítima.

· Se não conseguir levar a polícia para fazer um flagrante, tente levar qualquer policial que esteja passando pelas proximidades do local, ou juízes, escrivões, tabeliões, que estejam à disposição. Estas pessoas tem fé pública validada.

Caroline Garcia Cruz
Enviado por Caroline Garcia Cruz em 30/09/2009
Reeditado em 30/09/2009
Código do texto: T1840792
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