As fronteiras do casal
As fronteiras do casal
Quando o sentimento é forte e bonito, qualquer sacrifício vale a pena,
inclusive o de ter que aceitar limites.Limites e fronteiras são o que mais acontecem num casamento: os limites dele, os dela e os dos filhos.
São esses limites que exigem demarcação de fronteiras como num continente
chamado amor, onde os países precisam determinar seus territórios.
Cada país permanece único com suas características muito especiais,
sua linguagem e seu jeito de ser.
Ao mesmo tempo, precisam formar acordos bilaterais e determinar até onde,
quando e por quê.
Quando ele entra demais no terreno dela e, sem licença,
desrespeita as leis daquele universo, e vice-versa.
Tem que haver um passaporte chamado diálogo, carinho, ternura.
Ela não tem que ceder em tudo, nem ele.
Ela não tem que pedir desculpas o tempo todo, nem ele.
Tem que haver perdão e ponto final. Um limite para tudo.
Quem quer um casamento sem proibição, sem fronteiras e
sem limites, está procurando um relacionamento histérico.
Fazer o que quer num casamento é o mesmo que não estar casado,
porque o casamento é a decisão de não mais fazer o que se quer e sim o que se quer a dois.
Essa questão independe de religião, pois está em nível superior de religiões.
É humanidade levada a sério.
Toda a teimosia e falta de abertura acaba em guerra de fronteiras.
O Casamento é a junção de dois países que decidiram formar uma federação.
Cada qual permanece o país que é, mas optam por caminhar juntos
sob dois governos que se consultam sempre.
Permanecem soberanos, mas fazem tudo em comum.
Algumas coisas permanecem fora do contrato,
porque a individualidade e a privacidade são privilégios da pessoa.
O marido sabe que há momentos que são dela e ela sabe os momentos que são dele.
Fronteiras e limites. Sem isso, não há liberdade no casamento.
Por incrível que pareça, é a demarcação dos limites e das fronteiras que se estabelece a liberdade do casamento.
Muita gente se machuca por não admitir nem aceitar limites.
Como casar não é para anjos e sim para homens e mulheres, que aceitem os limites e façam bom uso deles.
É questão de demarcar.
O resultado é uma família em que as palavras pai, mãe, filho, filha, mano, mana
são gostosas de ouvir.
Um lugar onde todos são livres, exatamente porque não fazem apenas o que querem,
mas porque conhecem e aceitam a fronteiras dos outros.
É isso aí!
Acácio