Fernando Fonseca - artes plásticas

Ainda levando a mesma idéia dos pintores impressionistas, que levaram o crédito por terem LIBERTADO a pintura da idéia de que a ARTE é feita segundo REGRAS e fórmulas predeterminadas e impostas de fontes externas – que tendem a esmagar ao mesmo tempo a personalidade e a cultura, o trabalho de Fernando que para alguns soam como distração ou apenas algo que surge no branco, é muito mais que isso. É uma arte moderna, que para nós, leigos, podemos até ousar em dizer que é uma manifestação sem nexo, fria, um gosto por traços e tinta guache, mas sabemos que artistas não estão nem um pouco interessados em se enquadrarem a algum tipo de rótulo, pois sabem que a arte, seja lá qual for, se torna lembrança duma época.

Esse é o trabalho deles, de imortalizarem sonhos, sentimentos, um momento. É neste tipo de impulso que o homem sensível tende a atingir o inalcançável, o perfeito.

Tive o prazer de quebrar a rotina do final de semana do casal mais descolado e humilde que já tive contato.

Fui gentilmente recebida por Suzana Barbi (escritora) e seu esposo Fernando Fonseca. Enquanto o via preparando o café da manhã, em meio a uma conversa simples, porém prazerosa, Fernando ia soltando sutilmente respostas para uma curiosa e nova admiradora das artes plásticas.

Gabriella Lima: Quando foi que você começou a pintar?

Fernando Fonseca: Aos doze anos quando peguei tintas de minha tia e um pano para reproduzir um desenho folclórico nordestino. Era uma rainha.

G.L: Você ainda tem essa pintura?

F.F: Ah não! Ficou na casa de minha mãe e depois dela ter se mudado, deve ter se perdido. Mas os desenhos de infância ainda tenho alguns.

G.L: Mas o que o levou a pintar?

F.F: Sempre gostei de desenhar e pintar. Tive uma tia que era excelente artista plástica.

G.L: Você já teve outros trabalhos fora da pintura, mas o fato de dar ênfase na arte só veio agora?

F.F: Não não! A arte sempre foi paralelo. Viver da arte é um sonho. Mas como vivo sempre fazendo outras coisas, eu não sei dizer. Mas a grande vantagem disso é a liberdade. Não preciso seguir mercado nem nada. Mas a desvantagem é que o desempenho é bem mais lento, porque você tem que dividi-lo.

G.L: Você já expôs em algum big evento suas artes? Onde?

F.F: Já ganhei o salão jovem da Pirelli, o que criou o Maspi, o museu de artes em São Paulo.

G.L: Já ganhou algum prêmio?

F.F: Fui premiado no salão nacional da Funarte.

G.L: Qual é o seu publico?

F.F: Não tenho publico. Quem gosta compra, quem não gosta acha interessante e pronto.

G.L: O que te inspira?

F.F: Tudo! São detalhes na revista, uma idéia que leio em algum livro, o que vejo na rua... A inspiração é múltipla.

G.L: Artistas que admira.

F.F: David Hokney, Philip Gusium, Juares Costa, Ferrari, Eri Gomes.

Para ver a matéria com foto, visitem meu blog:

http://introspectors.blogspot.com/2009/08/fernando-fonseca-entrevista.html

Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 26/08/2009
Reeditado em 26/08/2009
Código do texto: T1776243
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