Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha – Dimythryus
O poeta e escritor Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha, ou simplesmente Dimythryus, como gosta de ser chamado, fala sobre suas poesias, lembranças da infância, sonhos e projetos. Paulistano de nascimento, registrado em Itaquaquecetuba, Darlan Tupinambá hoje revoluciona a capital paulista com sua poesia “não compreendida pelos leitores”, segundo palavras do próprio Dimythryus.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
Dimythryus: Na verdade conta minha mãe que nasci no bairro do Paraíso, em São Paulo, mas como na época em que nasci a lei não permitia maiores delongas para o registro, meu pai tardou em fazê-lo e para que eu não ficasse sem registro seguiram ao tabelião de uma cidade próxima da capital (Itaquaquecetuba) onde minha mãe possuía uma casa e lá fui registrado. No dia 20/03/1979.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
Dimythryus: Não, conheço muito pouco de meu país, viajei a Poços de Caldas-MG; Angra dos Reis–RJ; Bragança Paulista–SP; Botucatu–SP; Aparecida-SP; Litoral de São Paulo: Praia Grande, Santos, Bertioga, São Vicente, Itanhaém; Municípios da Grande São Paulo: Barueri, Osasco, Carapicuíba, Guarulhos, Jundiaí, Mauá, Paranapiacaba, Rio Grande da Serra, Santo André,Diadema, São Bernardo, São Caetano do Sul, Francisco Morato, Franco da Rocha, Santa Isabel, Arujá, Poá, Mogi das Cruzes, Ferras de Vasconcelos, Suzano; Quando petiz viajei com meus pais a Maceió–AL, onde tenho parentes e moramos até meus cinco anos em Marília-SP. Quanto a outros países, infelizmente ainda não tive oportunidade, mas estou com planos para conhecer Buenos Aires, embora meu sonho maior é conhecer Portugal, terra de meus bisavós.
VALDECK: Quais elementos que considera essenciais para escrever uma boa obra literária?
Dimythryus: Considero que o elemento histórico e a proximidade com a cultura e as raízes são fundamentais a uma boa obra. A história faz parte de nossa memória e deve ser retratada sempre na literatura, que além de entreter, educa.
VALDECK: Quando escreve ficção pretende transmitir alguma lição de vida, alguma mensagem?
Dimythryus: Bem, grande parte de minha escrita é voltada pra poesia, mas quando arrisco uma ficção busco transmitir a harmonia das coisas, a beleza que existe entre elas e a fatalidade do real, o temporal...
VALDECK: Escreve só para deleite, para distração do leitor?
Dimythryus: Engraçado, sou um poço de egoísmo e um misto de egocentrismo, pouco me importa o que o leitor acha de minha escrita, escrevo para me libertar. Quando escrevo busco o meu Deus interior. Se buscasse o deleite dos leitores, talvez me tornaria um frustrado, já que grande parte do que escrevo não faz sentido àqueles que me leem.
VALDECK: O que o leva a escrever?
Dimythryus: Em minha adolescência tinha a necessidade de falar, sentia que era carente de atenção e isso fazia com que eu sentisse muito ciúme de meus amigos. Passei a escrever um diário, desejoso que alguém quisesse lê-lo escondido, o que não aconteceu. Ao levar para minha professora de literatura na 8ª série, ela ao ler disse ter adorado minhas poesias e nesse instante, aos 16 anos de idade, descobri a poesia como uma válvula de escape. As pessoas liam poesia, não compreendiam, mas liam.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
Dimythryus: Poesias, elas me entendem e me dão vida, elas são parte de mim.
VALDECK: Como nascem as Histórias?
Dimythryus: Acredito que elas nascem da vontade de mudar de rumo, de possuir a varinha mágica capaz de nos auto conduzir.
VALDECK: De todas as suas obras, qual é a sua favorita? Qual a Mais recente?
Dimythryus: Costumo gostar sempre da última obra que componho, ela sou eu naquele momento que estou vivendo. Não costumo reler meus poemas mais antigos, não sei, não consigo. Minha última obra foi o poema “Olhos Estelares”.
VALDECK: Costuma demorar muito tempo a escrever as suas obras?
Dimythryus: Faço um apanhado de quais palavras devo utilizar, às vezes uma pesquisa sobre o assunto que quero tratar, saio em busca de uma imagem que ornamente o poema e depois disso é tudo muito rápido, 10, 15, 20 minutos. Sou eufórico na composição do poema, às vezes eles surgem em locais impróprios. Aí o jeito é esboçar um rascunho para tentar guardar os elementos a ser talhado noutra ocasião.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
Dimythryus: Bem, na faculdade tive de compor o TCC, mas esse acho que não vale. Teve também um livro de Reminiscências que levou pouco mais de um mês, pois eu tinha de recordar dos tempos de primário. Mas o que realmente me fez suar um pouco foi o meu último conto “O Alto da Serra”, pois tive de pesquisar muito e ainda por cima resolvi dar um pulo lá em Paranapiacaba-SP para colher elementos para o cenário de meu conto. Este eu levei pouco mais de 3 meses para terminar.
VALDECK: Concluiu a faculdade?
Dimythryus: Graças a Deus, no primeiro semestre de 2008, tornei-me licenciado em Letras.
VALDECK: Qual o escritor ou jornalista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
Dimythryus: Quando estava na 5ª série primária meu professor deu um texto de Carlos Drummond de Andrade que ele havia composto no período da 2ª Guerra. E este texto me encantou muito, pois não falava da guerra, mas das coisas que haviam mudado. Era simplesmente uma obra de arte, acredito que devo ter ele guardado em minhas coisas... Drummond certamente foi uma das maiores motivações para que eu continue a escrever poemas.
VALDECK: O que é preciso para escrever Bem?
Dimythryus: Gostar do que faz e estar sempre disposto a aprender com os outros.
VALDECK: Você usa pseudônimos nos seus livros? Por quê?
Dimythryus: Uso. Gosto de me sentir dois, quando estou Dimythryus, as dividas e problemas diversos do Darlan não me amofinam a mente.
VALDECK: Como é que você passou a infância?
Dimythryus: A infância? Passei, hehehe. Minha infância era terna, não tinha maldade, acreditava nas pessoas, pois elas pareciam verdadeiras. Meus pais pintaram um mundo muito bonito, cheio de carinho e muito grito, mas foi muito feliz.
VALDECK: Como é que passou a juventude?
Dimythryus: A juventude foi complicada. Descerrou-se a cortina das pessoas puras e tive de combater meus sentimentos para que eles pudessem preservar os valores que eu ainda possuía de criança. Esta foi a fase mais difícil, pois para algumas coisas eu já era grande demais e para outras eu ainda não tinha idade. Foi meu período de frustrações, mas acredito que sobrevivi.
VALDECK: Qual foi a obra que mais gostou de publicar?
Dimythryus: Sem dúvida foi “Paulicéia”, um poema que compus para os 450 anos de São Paulo, que somente publiquei em 2008, mas me valeu o primeiro lugar num concurso no Rio de Janeiro-RJ.
VALDECK: Qual sua Principal atividade? Escritor?
Dimythryus: Escritor... Isso coisa do Dimythryus que vive em órbita, hehehe... sou servidor público, perco meus dias num escritório de contabilidade na USPESP – União dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo.
VALDECK: O que você mudaria no mundo se lhe fosse dada a presidência mundial por um dia?
Dimythryus: Daria um ultimato a todos os habitantes da terra para destruírem todo tipo de armas de fogo. E quem desobedecesse seria enviado num foguete para o planeta sol.
VALDECK: Qual sua Religião?
Dimythryus: Todas, sou Cristão, gosto de colher aquilo que acho apropriado e busco Deus em todas as coisas... todos os dias de manhã, quando encontro alguma espécie de pássaro ou insetos sei que é Deus me dizendo que o dia vai ser bem prazeroso, e é o que realmente acontece... sigo o princípio Gnóstico: “Deus habita o centro de nosso coração, te encontres e Me encantarás”.
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
Dimythryus: Primeiramente continuar escrevendo, é claro...
Mas estou tentando editar meu primeiro livro, ainda em pequena tiragem, mas ainda sim meu primeiro filho.
O poeta e escritor Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha, ou simplesmente Dimythryus, como gosta de ser chamado, fala sobre suas poesias, lembranças da infância, sonhos e projetos. Paulistano de nascimento, registrado em Itaquaquecetuba, Darlan Tupinambá hoje revoluciona a capital paulista com sua poesia “não compreendida pelos leitores”, segundo palavras do próprio Dimythryus.
VALDECK: Quando e onde nasceu?
Dimythryus: Na verdade conta minha mãe que nasci no bairro do Paraíso, em São Paulo, mas como na época em que nasci a lei não permitia maiores delongas para o registro, meu pai tardou em fazê-lo e para que eu não ficasse sem registro seguiram ao tabelião de uma cidade próxima da capital (Itaquaquecetuba) onde minha mãe possuía uma casa e lá fui registrado. No dia 20/03/1979.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
Dimythryus: Não, conheço muito pouco de meu país, viajei a Poços de Caldas-MG; Angra dos Reis–RJ; Bragança Paulista–SP; Botucatu–SP; Aparecida-SP; Litoral de São Paulo: Praia Grande, Santos, Bertioga, São Vicente, Itanhaém; Municípios da Grande São Paulo: Barueri, Osasco, Carapicuíba, Guarulhos, Jundiaí, Mauá, Paranapiacaba, Rio Grande da Serra, Santo André,Diadema, São Bernardo, São Caetano do Sul, Francisco Morato, Franco da Rocha, Santa Isabel, Arujá, Poá, Mogi das Cruzes, Ferras de Vasconcelos, Suzano; Quando petiz viajei com meus pais a Maceió–AL, onde tenho parentes e moramos até meus cinco anos em Marília-SP. Quanto a outros países, infelizmente ainda não tive oportunidade, mas estou com planos para conhecer Buenos Aires, embora meu sonho maior é conhecer Portugal, terra de meus bisavós.
VALDECK: Quais elementos que considera essenciais para escrever uma boa obra literária?
Dimythryus: Considero que o elemento histórico e a proximidade com a cultura e as raízes são fundamentais a uma boa obra. A história faz parte de nossa memória e deve ser retratada sempre na literatura, que além de entreter, educa.
VALDECK: Quando escreve ficção pretende transmitir alguma lição de vida, alguma mensagem?
Dimythryus: Bem, grande parte de minha escrita é voltada pra poesia, mas quando arrisco uma ficção busco transmitir a harmonia das coisas, a beleza que existe entre elas e a fatalidade do real, o temporal...
VALDECK: Escreve só para deleite, para distração do leitor?
Dimythryus: Engraçado, sou um poço de egoísmo e um misto de egocentrismo, pouco me importa o que o leitor acha de minha escrita, escrevo para me libertar. Quando escrevo busco o meu Deus interior. Se buscasse o deleite dos leitores, talvez me tornaria um frustrado, já que grande parte do que escrevo não faz sentido àqueles que me leem.
VALDECK: O que o leva a escrever?
Dimythryus: Em minha adolescência tinha a necessidade de falar, sentia que era carente de atenção e isso fazia com que eu sentisse muito ciúme de meus amigos. Passei a escrever um diário, desejoso que alguém quisesse lê-lo escondido, o que não aconteceu. Ao levar para minha professora de literatura na 8ª série, ela ao ler disse ter adorado minhas poesias e nesse instante, aos 16 anos de idade, descobri a poesia como uma válvula de escape. As pessoas liam poesia, não compreendiam, mas liam.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
Dimythryus: Poesias, elas me entendem e me dão vida, elas são parte de mim.
VALDECK: Como nascem as Histórias?
Dimythryus: Acredito que elas nascem da vontade de mudar de rumo, de possuir a varinha mágica capaz de nos auto conduzir.
VALDECK: De todas as suas obras, qual é a sua favorita? Qual a Mais recente?
Dimythryus: Costumo gostar sempre da última obra que componho, ela sou eu naquele momento que estou vivendo. Não costumo reler meus poemas mais antigos, não sei, não consigo. Minha última obra foi o poema “Olhos Estelares”.
VALDECK: Costuma demorar muito tempo a escrever as suas obras?
Dimythryus: Faço um apanhado de quais palavras devo utilizar, às vezes uma pesquisa sobre o assunto que quero tratar, saio em busca de uma imagem que ornamente o poema e depois disso é tudo muito rápido, 10, 15, 20 minutos. Sou eufórico na composição do poema, às vezes eles surgem em locais impróprios. Aí o jeito é esboçar um rascunho para tentar guardar os elementos a ser talhado noutra ocasião.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
Dimythryus: Bem, na faculdade tive de compor o TCC, mas esse acho que não vale. Teve também um livro de Reminiscências que levou pouco mais de um mês, pois eu tinha de recordar dos tempos de primário. Mas o que realmente me fez suar um pouco foi o meu último conto “O Alto da Serra”, pois tive de pesquisar muito e ainda por cima resolvi dar um pulo lá em Paranapiacaba-SP para colher elementos para o cenário de meu conto. Este eu levei pouco mais de 3 meses para terminar.
VALDECK: Concluiu a faculdade?
Dimythryus: Graças a Deus, no primeiro semestre de 2008, tornei-me licenciado em Letras.
VALDECK: Qual o escritor ou jornalista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
Dimythryus: Quando estava na 5ª série primária meu professor deu um texto de Carlos Drummond de Andrade que ele havia composto no período da 2ª Guerra. E este texto me encantou muito, pois não falava da guerra, mas das coisas que haviam mudado. Era simplesmente uma obra de arte, acredito que devo ter ele guardado em minhas coisas... Drummond certamente foi uma das maiores motivações para que eu continue a escrever poemas.
VALDECK: O que é preciso para escrever Bem?
Dimythryus: Gostar do que faz e estar sempre disposto a aprender com os outros.
VALDECK: Você usa pseudônimos nos seus livros? Por quê?
Dimythryus: Uso. Gosto de me sentir dois, quando estou Dimythryus, as dividas e problemas diversos do Darlan não me amofinam a mente.
VALDECK: Como é que você passou a infância?
Dimythryus: A infância? Passei, hehehe. Minha infância era terna, não tinha maldade, acreditava nas pessoas, pois elas pareciam verdadeiras. Meus pais pintaram um mundo muito bonito, cheio de carinho e muito grito, mas foi muito feliz.
VALDECK: Como é que passou a juventude?
Dimythryus: A juventude foi complicada. Descerrou-se a cortina das pessoas puras e tive de combater meus sentimentos para que eles pudessem preservar os valores que eu ainda possuía de criança. Esta foi a fase mais difícil, pois para algumas coisas eu já era grande demais e para outras eu ainda não tinha idade. Foi meu período de frustrações, mas acredito que sobrevivi.
VALDECK: Qual foi a obra que mais gostou de publicar?
Dimythryus: Sem dúvida foi “Paulicéia”, um poema que compus para os 450 anos de São Paulo, que somente publiquei em 2008, mas me valeu o primeiro lugar num concurso no Rio de Janeiro-RJ.
VALDECK: Qual sua Principal atividade? Escritor?
Dimythryus: Escritor... Isso coisa do Dimythryus que vive em órbita, hehehe... sou servidor público, perco meus dias num escritório de contabilidade na USPESP – União dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo.
VALDECK: O que você mudaria no mundo se lhe fosse dada a presidência mundial por um dia?
Dimythryus: Daria um ultimato a todos os habitantes da terra para destruírem todo tipo de armas de fogo. E quem desobedecesse seria enviado num foguete para o planeta sol.
VALDECK: Qual sua Religião?
Dimythryus: Todas, sou Cristão, gosto de colher aquilo que acho apropriado e busco Deus em todas as coisas... todos os dias de manhã, quando encontro alguma espécie de pássaro ou insetos sei que é Deus me dizendo que o dia vai ser bem prazeroso, e é o que realmente acontece... sigo o princípio Gnóstico: “Deus habita o centro de nosso coração, te encontres e Me encantarás”.
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
Dimythryus: Primeiramente continuar escrevendo, é claro...
Mas estou tentando editar meu primeiro livro, ainda em pequena tiragem, mas ainda sim meu primeiro filho.