Motorista bêbado é flagrado ao ir comprar pães

O índice de álcool registrado pelo bafômetro é o maior do ES desde

a vigência da “Lei Seca”

O PIONEIRO, Linhares, E.S., 17/07/2008

Franklin Cirino - franklin@jornalopioneiro.com.br

Apesar de a polícia estar demonstrando rigorosidade na aplicação da “Lei Seca”, um motorista embriagado decidiu arriscar ir até uma padaria guiando seu carro. O condutor, que manifestava sinais de embriaguez, comprou pães e saiu do estabelecimento.

Coincidentemente, o chefe da delegacia da PRF de Linhares e o Superintendente da PRF do Espírito Santo, tomavam café na mesma padaria antes de saírem para uma fiscalização que acontece às quartas-feiras na BR-101 Norte. Quando se deram conta de que o indivíduo alcoolizado era, naquele momento, condutor de um veículo, os policiais, imediatamente, saíram em busca do homem.

Ao ser abordado, Sílvio Bissoli, de 40 anos, que dirigia um Fiat Uno vermelho ocupado por mais quatro pessoas, confessou ter bebido durante toda a noite. O etilômetro apontou 1,6 dg/l, índice que se tornou o maior flagrado pela Polícia Rodoviária Federal do Estado desde a implantação da “tolerância zero” contra motoristas bêbados. Sílvio fio encaminhado ao DPJ de Linhares.

Em entrevista, o Superintendente Regional da PRF disse que a rigidez da fiscalização é necessária. Ele conta que nesta segunda-feira, também em Linhares, um condutor embriagado e sem carteira de habilitação invadiu um ponto de ônibus. “Cerca de 10 minutos antes, uma dúzia de pessoas que ali estavam entraram em um coletivo, por sorte delas, e não estavam no momento do acidente. Seria uma tragédia”. Segundo o Superintendente, o condutor, totalmente embriagado, disse que se confundiu ao acionar o limpador do vidro. “Temos certeza de que outra possível tragédia foi evitada hoje”, afirma.

O Superintendente finaliza dizendo que “quando a consciência e o respeito pelo outro falham em cada indivíduo, somente a repressão, com base em boas leis, pode evitar mortes. Esse é o trabalho diário da polícia”. Para ele, os condutores têm que entender seu papel nessa mudança sem que seja necessário um processo criminal, extremamente desgastante, que pode marcar o indivíduo por toda a vida.