Mercado imobiliário linharense reflete aquecimento do setor no Estado

Jornal O PIONEIRO, Linhares, E.S., 10/07/2008

Por Franklin Cirino - franklin@jornalopioneiro.com.br

Quando procuramos nos informar sobre o mercado imobiliário capixaba as notícias são sempre otimistas: inauguração de novas construtoras, investimentos de capital estrangeiro, crescimento da demanda e da oferta, e o efeito dominó que o progresso do setor propicia. Toda essa abundância que emana agora do mercado imobiliário teve início há três anos, segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo, a ADEMI – ES. Conforme dados da Associação, 16 empresas do ramo passaram a atuar no Estado em 2007, entre elas, a MRV Engenharia e a Abyara. Esta fase excelente se deve, sobretudo, ao crescimento econômico do Espírito Santo e a abertura de linhas de financiamento bancário que oferecem prazo longo e prestações reduzidas.

Em Linhares, um dos mais importantes municípios do Estado, não é diferente. A população é testemunha ocular desta excelente fase. Felipe Costa, corretor de imóveis confirma, “sim, a procura é enorme”. Ele responsabiliza a vinda de empreiteiras como principal agente do crescimento. “A maioria dos compradores são de fora do município, que vêm para trabalharem nas empreiteiras e, às vezes, acabam morando definitivamente por aqui”, conclui. A outra parte é composta por pessoas que se beneficiaram da facilitação proporcionada pelas instituições bancárias para obterem financiamento. De acordo com Felipe, a época de vacas gordas no setor imobiliário começou há dois anos. O corretor ainda observa que Linhares passa pelo fenômeno da verticalização, próprio de grandes cidades. “O crescimento de Linhares tem sido vertical, ou seja, a construção de prédios tornou-se preferência na cidade”, analisa.

Para Dalton Salles, que comercializa lotes, toda a oferta de que ele dispunha já foi adquirida. “Agora eu só administro as vendas feitas”, disse. Dalton revela que, majoritariamente, os compradores são de Linhares.

Como toda regra tem exceção, há quem tenha uma opinião diferente. Para o corretor Joselito de Souza, por exemplo, o mercado apresenta uma leve queda. Conforme Joselito, as procuras maiores são por Jardim Laguna, Mata do Lago e Recanto dos Lagos. “Nos outros bairros não há crescimento algum”, complementa.