IMPOSIÇÃO MATRIMONIAL – Pergunte ao doutor! - 8

Esta seção tem a finalidade de responder perguntas de orientação médica aos que a visitarem.

Não pretendemos fornecer consultas via Internet, o que é inviável, pois não se pode examinar o visitante.

Escreva-nos colocando suas dúvidas:

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Dr. Márcio, porque será que minha esposa nunca disse que me ama e vive ditando normas?

Parece que ela sabe de um segredo do passado, que afeta toda a família. Seria por causa disto, que todos eles tentam, inclusive ela, se posicionar como superiores, que têm sempre razão, reservando para si a última opinião?. – Cláudio

Cláudio,

Conheço muitos casos como este e creia-me, a culpa nem é dela, ou da família, mas sua de não se posicionar no sentido de perceber as atitudes da família e dela. Como tenho me referido em diversas respostas e artigos, o que leva as pessoas a não enxergarem, são problemas vividos na infância e adolescência, que as fazem a procurar alguém aparentemente frágil, para que dois inseguros convivam suportando-se e tolerando as intranqüilidades. Isto é falso, pois invariavelmente dois inseguros irão se chocar, como cometas numa mesma órbita.

Os segredos, muitas famílias têm e evitam discuti-los; procurar entendê-los é a razão principal de não ficarem se culpando, por coisas que não praticaram. Pelo contrário, acabam, por camuflá-los (e não existem motivos para isto), mantendo-se numa insegurança tão grande, que tudo parece ser feito para atingi-las.

Desconheço pessoas que foram perfeitas por toda a vida. Somos racionais (às vezes), mas não podemos deixar de ver que nossa origem é animal e que nossas defesas nos tornarão cada vez mais inseguros, camuflantes, falsos, assustados, se não estivermos conscientes do que somos e do meio em que vivemos.

A vida é muito simples se encararmos nossa imperfeição e temos medo, como tinham os homens da caverna, que temendo o escuro, tinham um sono agitado, onde um simples ronco podia acordar a todos em sobressalto.

Relaxemos e percebamos nossos deveres para com nossos semelhantes, sem capuzes, sem vigilância desgastante.

Discuta isto em paz com sua esposa. Se precisar peça ajuda a um profissional de terapia de casais. E lembre-se que nossas informações são tão frágeis, que fazemos, às vezes, tempestade em copo de água.

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