ALCOOLISMO COMO MOTIVO DE FUGA DO DESCONTROLE SEXUAL - Pergunte ao Doutor ! - 3
Esta seção tem por finalidade responder perguntas de orientação médica aos que a visitarem.
Não pretendemos fornecer consultas via Internet, o que é inviávele anti-ético, pois não se pode examinar o visitante.
Escreva-nos colocando suas dúvidas:
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Doutor Márcio,
Tanto eu como meu marido tivemos uma vida sofrida, com nossos pais se desentendendo no dia a dia e no relacionamento sexual. Nossos pais eram alcoólatras e nossas mães só suportavam a situação, porque eles tinham uma posição econômica boa.
Contudo, iniciamos com as drogas muito cedo, mas eu parei, pouco antes de me casar, crendo que ele pararia também. Parou por uns dois anos e quando engravidei, ele retornou a se drogar.
Enquanto estávamos na “balada” eu não percebia que ele sofria de ejaculação rápida, mas eu era satisfeita de outros modos e o modo louco de vida me fazia não pensar profundamente na situação.
Hoje meu filho tem cinco anos e briga com meu marido, que se nega a ver o caminho que faz.
Pensei em procurar um psiquiatra, mas ele foge, dizendo que para quando quiser, mas eu sei que não é assim.
De minha parte tenho vergonha de me abrir com um médico, de trocar uma droga por outras. Será que o Senhor pode me orientar?
Abraços – Si
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Si,
Como psiquiatra digo-lhe que nada deixa um psiquiatra constrangido, pois já ouviu coisas muito mais graves e confissões mais íntimas que as suas, portanto não se acanhe. Se ele não quer ir, vá você e adquira orientação para abordá-lo melhor.
Se você ler nossa pesquisa publicada no Recanto, com o título: Motivação para o uso das drogas, vai perceber que os problemas de desajustes familiares e os de insegurança sexual fazem parte do universo estudado e é mais comum do que você pensa.
Para realizar esta pesquisa eu freqüentei muitos bares e fazendo amizades, forneci folhas de respostas, evidenciando que muitos “batedores de taco de sinuca no chão”, muitos oferecedores “de pinga para o santo” e tantos outros machões, críticos dos afeminados que passavam na rua, nada mais eram que fugitivos de uma realidade chamada insegurança, o mal do mundo.
A impotência, a ejaculação precoce, a dor à penetração das mulheres e o medo da vida são muito fáceis de tratar e curar e não usam drogas feitas com pernas de rã, ou asas de morcego torradas, mas medicamentos usados com o conceito de “dose mínima”, isto é medicamentos em dose boa, sem causar males aos clientes, como dependência, incapacidade para o trabalho e outros problemas.
Quanto as drogas permitidas (álcool e fumo) e as ilegais costumam causar a morte.
Certa vez num bar, vi uma briga de tacos de sinuca, onde o crânio de um freqüentador simplesmente explodiu!
Assim, creio que vocês precisam de ajuda repito, muito fácil de ser obtida, mas impossível de ser conseguida, se continuarem a ver o psiquiatra como um ET, por um mecanismo de fuga.
Tenho feito estudos que comprovam que esta roleta viciada se repete até por quatro a cinco gerações.
Busque ajuda e perceba que atualmente o psiquiatra, que também é um clínico, assumiu o papel de médico de família, tal a quantidade de pessoas precisando de uma orientação que os leve a caminhar sem medo.
Felicidades, sem preconceitos.
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