Os Nomes das Crianças x Pai contra Mãe
Produção textual dos seguintes textos: “Os Nomes da Criança” e “Pai contra mãe”.
No texto “Os Nomes da Criança”, é muito cruel quando nos deparamos com a realidade onde o autor descreve que nós brasileiros urbanos desenvolvemos a nossa cultura criando nomes para as crianças “esquecidas” pela sociedade como: Menino-de-rua, menino-na-rua, flanelinha, prostituta infantil, bezerrinha, ninfeta-de-praia, michê, menina-Paraguai, delinqüente, infrator, avião, pivete, trombadinha, pagãos-civis, meninos-do-lixo, etc.. Isso é uma lastima. E no texto “Pai contra Mãe”, nos deparamos com o racismo, a discriminação e a miséria em chamas, onde a dificuldade de uma família em criar o seu filho, ao ponto de abandoná-lo, ficando evidente no trecho “...desesperado e sem saber o que fazer para sustentar o filho, o pai chega ao extremo de ter que optar por colocar o bebê na Roda dos Enjeitados, para a criança não morrer de fome”, no qual o leva a cometer crueldade com uma terceira pessoa que não era uma pessoa qualquer e sim uma escrava para se prevalecer.
É muito interessante como os textos estão interligados a raça, a pobreza, a educação, a miséria, o poder, a falta de sentimento e o respeito ao próximo. Pois ao ler o primeiro texto percebemos a frieza e o descaso em que tratamos essas crianças que por algum motivo não estão sendo assistidas por um “adulto” ou por um órgão competente, porque nem sempre elas estão ali por que querem, e sim porque são obrigadas. Embora a sociedade esteja focada a uma ignorância coletiva que acarreta a criação de apelidos para classificar essas crianças as sua condições sociais, e isso não significa que devemos nos cegar diante a esse fato, devemos sim problematizá-lo. Para encontrarmos uma solução. E no segundo texto, fala sobre a relação do dominador para com o dominado e a piedade de sobrevivência (condição humana), e dos dramas paralelos de um pai contra mãe, onde o indivíduo é capaz justificar a troca de uma vida pela outra, mesmo cometido o maior dos crimes. E onde fica a criança, nisso? E o direito de termos os nossos filhos e desejar-lhe a liberdade? E sempre a ignorância e o egoísmo prevalecem caídos no descaso.
Como dito no primeiro parágrafo, é cruel a dimensão de exclusão e sofrimento de uma classe infantil não privilegiada com as oportunidades econômicas, que se deixam envolver por caminhos obscuros da vida, e ao nascer são tiradas o direito de vida dando “oportunidade” a outras.