Positivismo
Revisão sobre a definição do Positivismo de Augusto Comte
O pensador Augusto Comte percebeu que as concepções lógicas da humanidade eram baseadas em pressupostos sem base na observação,e passavam por estágios de explicação pela “vontade dos deuses” (o teológico) ou via teorias metafísicas (o meio-termo). Essa lógica especulativa tinha até então consistido em raciocinar, de modo mais ou menos sutil, segundo princípios confusos, que, não comportando nenhuma prova suficiente, nem suficiente coerência lógica, suscitavam sempre debates sem resultado (mais ou menos como os nossos primeiros mini-ensaios de TO :-P). Então ele elaborou um sistema filosófico “evoluído” em relação aos outros dois: o método positivo que busca a constância na variedade, pretendendo a homogeneidade e a convergência duradoura das diversas doutrinas. Essa seria a ciência da humanidade, portanto ciência social, que sintetizaria todo o conhecimento humano, da qual a existência humana é princípio e fim.
Com consciência das limitações do conhecimento humano, o positivismo buscou definir a ciência na descoberta das leis baseadas nas relações sensíveis e constantes (invariáveis), de sucessão ou de coexistência, observáveis entre os fenômenos naturais, que permitam a previsão racional, ou seja, para concluir algo sobre um fato independentemente de sua exploração direta, mas pelas suas relações com outros fatos já conhecidos, tudo com base no dogma geral da invariabilidade das leis naturais, geralmente com a intenção de melhorar a realidade. Ele afirmou que os fenômenos sociais podem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais, e as nossas concepções devem ser consideradas como fenômenos humanos sociais, que não podem comportar a fixidez absoluta, porque resultam de uma evolução coletiva e contínua, cujos elementos e fases essencialmente se entrelaçam no conjunto da progressão social.
Assim, a imaginação subordina-se à observação, e o estudo dos fenômenos deve ser sempre relativo à nossa organização, às nossas condições e à nossa situação, buscando consolidar a unidade espontânea do nosso entendimento e satisfazendo igualmente às exigências simultâneas da ordem e do progresso. Ele reconhece como regra fundamental que, qualquer que seja o modo racional ou experimental de descobrir os fatos, é sempre da sua conformidade com os fenômenos observados que resulta sua eficácia científica.
Aline Vieira Malanovicz – 10/04/08