O que cantou Raul?

Sob os signos dos mais remotos mistérios, cuja assência tráz à luz todo indivíduo dotado do seu espírito de busca, a este, Raul Santos Seixas é o nome que figura em plena concepção do tempo, responsável pela existência humana como causa do seu ser espacial.

A discografia do Maluco Beleza se equiparada aos textos sagrados, porque é mister ser ouvinte e leitor dentro desta perspectiva, passível de absorver um fluxo de confontro entre o arquétipo de liberdade e a imediata extensão de limite para extingüir-se ante a ordem vigente: O ESTADO.

Raulzito certamente foi o homem do seu tempo; porém, não ocupante apenas do mesmo espaço, pois seu elo é latente à própria cegueira da visão.

A história cuidou de se deixar acontecer mediante a envergadura de certos movimentos focados no propósito de tornar o novo ressurgimento do homem como sendo, o princípio de finalidade para não só assumir seus donos a vida e dela determinar-se senhor. A vontade é o elemento mágico da ação. A biografia do roqueiro contém a revelação tácita que identifica os renunciadores.

Porque eles jamais estão a espera do trem.

Raul era dentor da natureza do gênio, ao que ressaltamos tal qualificação no ensejo de traduzi-la para se aproximar de forma mais acessível aos padrões psicológicos de nossas convenções ocidentais. Indelevelmente, o poder de sua pena exerce uma profunda evolução nas camadas mentais daqueles que encontram-se inseridos no conjunto da obra.

Versado das influências mais expressivas das épocas, cultivou-as em sua personalidade e por meio de tal processo, a cultura além deste efeito natural, é embasada na reminiscência que configura às almas das criaturas a lançarem ao desconhecido, um canto de conquista e a harmonia tece no universo a livre compasso, o brilho de que todo homem e toda mulher é uma estrela.

João Cordeiro
Enviado por João Cordeiro em 22/03/2008
Código do texto: T912116
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