Coisas simples que vivemos.
Quem nunca cometeu a sua extravagância ou várias na vida.
Daquelas que deixam marcas, saudades.
Um dia comi marmelo, frutinha do interior, doce como mel. Depois, uma dor de barriga de dias.
Na escola: -Fessora. -Sim. -Banheiro. -Só no recreio. -Ai, minhas calças já eram!
E o dia em que comi jaca manteiga. Comi até o talo. Fui parar no hospital para desintoxicar. Não consigo mais comer jaca manteiga.
Tem o dia em que o trator abriu uma rua. O monte de terra fez uma ladeira. Em Cachoeiro do Itapemirim, tudo é morro e alto.
Pegamos tábuas de obra. Passamos gosma de planta no fundo. E deslizávamos o morro a mil por hora. Conclusão: entrei num matagal fechado, cortei-me todo, tenho uma cicatriz, quase sumida, que atravessou o meu braço de cima a baixo.
E o dia em que quebrei o dedo jogando bola...
Puxa.
Diga aí alguma extravagância sua também.
Dessas que deixam saudades das coisas da vida, tão simples e tão eternas.
Que bom viver!