Globalização e a alienação do humano
O Estado, devido à crescente abertura mundial, não consegue, e não pode, garantir segurança para as pessoas. Do ponto de vista econômico tudo o que o Estado pode fazer é sentar-se diante do espetáculo e apreciá-lo, já que suas forças são cortadas perante o valor de nosso tempo, um valor absoluto, a economia. Ser cidadão hoje é poder consumir. Saindo cada vez mais da esfera econômica, por isso,
também, da política, o Estado se agarrou ao que lhe restou, que seria um ramo específico do que outrora ele já englobou, antes garantindo o bem estar social de seus cidadãos, ou criando um conjunto coeso de pessoas em prol de algum objetivo, hoje o Estado precisa enormemente do sentimento de desproteção da população, já que sua quase única função é dar segurança aos seus filiados. Não segurança geral, a vida de cada cidadão, infelizmente, está jogada no caos econômico-mundial, mas a segurança, pretensa, física, contra o mal físico dos ladrões, serial killers, estupradores. E mesmo que esses sujeitos sejam a minoria esmagadora da população, esse sentimento há de ser enaltecido pelas mídias, que a cada dia que passa, caindo os números da violência, crescem sua exposição.
Com o conceito de cidadania atrelado ao de consumidor o Estado faz de tudo para controlar os rumos econômicos do país, coisa que por si só é ilusória, já que todas as bases de controle foram removidas. Empresas e capital não são mais fixos, eles se esvaem de fronteiras como se elas não existissem. De um dia para outro, montantes inimagináveis são movidos para outro canto do planeta. Com a globalização em alta performance, os governos não se inserem mais no âmbito de gerar empregos, o máximo que podem fazer é gerar incentivos, econômicos para a instalação de possibilidades de empregos. Logo o empregado é o mais afetado nessa escala desproporcional, onde o medo é a constante e uma briga acirrada por uma manutenção do ganha-pão diário é a luta que cada pessoa trava diariamente contra um oponente sem face. Já que os cortes, as realocações de mão-de-obra, e demais alcunhas da volatilização da estabilidade podem vir a qualquer tempo para qualquer um.
A função do Estado atualmente se reduz a controlar a taxa de juros e garantir minimamente um estado constante que propicie o florescimento dos mega-blocos de concreto, caixas onde os empregados passarão o dia inteiro em extenuantes jornadas de trabalho, onde o cansaço físico é o de menos, comparado ao mental. Ainda mais em uma sociedade que cada vez mais corta os laços afetivos, onde a competição é a lei, logo, não se pode acreditar e confiar em ninguém. Seja como for o pescoço está constantemente na mira da navalha, que pode cair a qualquer momento. Atrelado a esse constante estado de desconfiança temos a sensação de insegurança, que faz com que nossos prédios sejam gradeados, filmados constantemente com sistemas de vigilância estrategicamente posicionados, para não se sabe o que. Onde dentro de um mesmo condomínio não se conhecem os vizinhos, a qualquer momento um furto, uma porta amassada, um problema que antes era resolvido com a reivindicação da política da boa vizinhança, atualmente é o que todos esperam acontecer para ver a máquina punitiva em ação.
Vigiar e punir, título de um memorável trabalho de Foucault, é o lema de nossa geração. Onde as virtudes morais se esvaíram e se transformaram em meros mecanismos de controle, pessoal e global, não temos mais o pensamento moral individual, seja como for todos os crimes são encaixados em categorias e punidos de forma relativa, às leis, ao que lhes é cabido. Essa instrumentalização do modos operandi de nossas consciências explora cada vez mais o medo que temos de sermos punidos, seja lá pelo que for. Onde a punição ganha ares de divino, estamos sempre na esfera do imprevisível. Catástrofes, que podem ser individuais, parecem ser distribuídas a esmo, sem qualquer lei ou ditame. Qualquer um pode ser encontrado por uma bala perdida, um assaltante cheio de pó, um câncer qualquer, ou o desemprego. Qualquer forma de "castigo" pode vir a qualquer momento, e por mais que nos fortalecemos com o escapismo do consumo, mesmo de aparelhagens de segurança, não conseguimos fugir dessa constante. A natureza e seus terríveis atos "malignos" se faz presente em cada dia com enchentes, trombas d'água ou furacões, secas devastadoras, vírus mortais, doenças contagiosas, etc., consegue potencializar todo esse medo constante.
Em um meio que cria compulsivamente pessoas passivas, nosso medo total está na televisão, estampado a cada duas horas por um noticiário que pretende nos dar as últimas "informações". Onde antes tínhamos notícias, o vocabulário muda, transformando-as em informações. Inconscientemente sabemos que informações são vazias de valores, não são boas nem ruins, mas uma ferramenta a se utilizar. E se ao vermos na televisão as informações do dia elas devem ser utilizadas para alguma coisa, e sempre em prol de algum ato, ou sentimento, pois já acostumamo-nos a reagir passivamente à elas. Ficamos parados em frente a tevê atônitos com tantas coisas acontecendo simultaneamente que o sentimento de incapacidade é soberano. Nada podemos fazer, nunca. Há uma tensão muscular contida nessas horas que só se esvaem quando a notícia (agora sim nomeada dessa forma) de um nascimento de um panda em cativeiro, uma nova organização que ajuda pessoas necessitadas ou coisa que o valha é-nos mostrada deixando como que aquele sentimento de "tudo vai mal, mas alguém está fazendo algo para ajudar" e logo estamos inaptos novamente estatelados em nossas poltronas. Esse jogo constante de tensão e alívio é o ópio mais eficaz contra qualquer movimento social, logo político, que pode existir. AS organizações de pessoas em prol de alguma coisa terminaram, e só são mantidas no nível de serem transmitidas para aliviar a tensão de todo o resto.
O lema virtuoso de nosso tempo é do individualismo crônico, onde cada um é levado a buscar sua própria felicidade, ou culpado de não a conseguir. Luta-se diariamente por essa façanha, ser feliz, e nunca se consegue minimamente estar satisfeito. Quando temos nossas casas mobiliadas logo vem a moda e nos diz que precisamos mudá-las, muito menos pela imposição tácita, do que por uma imposição hierárquica temporal. Pois as novas casas são feitas de novos materiais, arranjos e organizações. Logo, silenciosamente, entramos em nossos lares e vemos o quão antiquado é. Assim como na moda da vestimenta, que muda mais rápido ainda, por ser de mais fácil consumo, mais barato, portanto volátil, a moda sempre torna obsoleto seu estilo que por ter-se que adequar a sua personalidade, acaba, pela força, invertendo o papel obrigando-nos a nos adequarmos à ela. Mudamos de personalidade ou de carapaça (hoje as duas coisas se confundem em níveis preocupantes) freqüentemente e novos tecidos, novas formas de combiná-los, se faz imperativo em nosso meio mutante. Em meio a essa volatilidade toda, ainda temos os aparelhos que antes chamávamos de bens de consumo duráveis. Hoje praticamente um paradoxo, esses bens são pré-programados com datas de expiração. E quando, em minha geração pelo menos, víamos máquinas de lavar, geladeiras, fogões de mais de 20 anos de idade, fruto do casamento de nossos pais, atualmente um bem desses não dura mais que cinco anos, deixando sempre espaço a renovação da parte fixa das residências. Hoje não criamos mais laços de afinidade com os objetos, os celulares são trocados a cada ano, computadores se tornam obsoletos em no máximo dois anos. A tecnologia não tem mais nenhum lema que a própria tecnologia, ela só se desenvolve, pois se desenvolve.
Chegamos em um ponto onde tudo é meramente espetáculo. A fachada das coisas é meramente ilustrativa, igual aos panfletos publicitários de lojas multimarcas, onde vemos que a foto do produto pode não ser exatamente como o produto trazendo esse dizer (foto meramente ilustrativa) acompanhado do anúncio. Aceitamos que vemos a ilusão e iludimo-nos (aí está uma das facetas mais profundas da sociedade do espetáculo) em prol de acreditar que ela não faz mal. É um mero aviso. Isso corrobora a nossa sensação constante de insatisfação, ao comprarmos a nossa nova televisão de última geração, tela de cristal líquido, com entradas vga, hdmi, s-vídeo, facilitadores laterais de acesso a conexão com câmeras de vídeo e máquinas fotográficas e integração com leitores usb, olhamos para aquele pedaço da mais virtuosa qualidade tecnológica de nosso tempo e vemos que aquilo não passa de uma televisão. Estamos encantados pelo mágico que não faz mágica, mas apenas diz que as faz. Esse mágico se traduz nas televisões mesmas. Esse grande circo, onde propagandas são coreografadas com músicas como um espetáculo de 30 segundos de duração, com refrões massivos e impregnantes, com piadinhas infames ou trocadilhos bem pensados, onde antes as referências externas entravam no enredo e diziam algo, hoje elas só servem para situar o público, que fica meramente satisfeito em reconhecer a referência somente. "Ei aquilo ali é daquele lugar", e se vemos a propaganda da tevê a cabo Net, um russo, cantando e dançando e falando Skarvuska para nós, achamos engraçadinho, como achamos engraçado Peter Seller ou Chris Rock pulando na tela do cinema, ou, ainda, achamos simpático um macaco fazendo malabarismos no circo. A televisão é um circo gigantesco, com o único intuito de dizer ao tele-espectador, estamos aqui, fazendo isso só para vocês.
O ato é puramente técnico, puramente pensado, fazem comerciais, pois os superiores solicitam, e o público por sua vez vai às compras, pois esse é o papel que lhes é dado. Consumir cada vez mais, ato vazio que cada vez mais engloba as ações físicas de relacionamentos, e ainda, o pior de tudo, os nossos julgamentos morais. Tudo é individual, tudo é exclusivo, você paga pela ilusão de ter com exclusividade o objetivo dos sonhos, igualmente a todos os outros. Você paga, pela ilusão, de ter a mulher perfeita, que na rotina se transforma como a televisão moderníssima depois de comprada, em mera mulher normal, que menstrua, tem acessos de tpm e não é eternamente depilada. Pagamos todos pela aceitação global que a busca individual pela felicidade é possível. Margeados por todos os lados, todas as épocas do ano não passa mais de um mês sem que algum evento de pretensa importância seja colocado a nossos olhos, e se o dia dos pais, das mães, das avós (sempre crescente em importância), o dia das crianças, o natal, a páscoa, e o pior os aniversários dos conhecidos, são pretextos perfeitos para se mostrar como se gosta da outra pessoa, como? Consumindo e presenteando. As parcelas que temos nos cartões dizem o quanto temos de conhecidos e a falta de cartas, que seja, e-mails ou cartões sinceros nos dizem quanto de amizade nos falta realmente. Todas as datas são transformadas em pretextos consumistas, mas a principal causa disso é o consumo da amizade. O relacionamento humano como consumo é a pior das conseqüências possíveis dessa vida.
A sensação de medo constante por tudo já exposto é elevada ao último nível quando temos a desconfiança dentro de nossas casas. Nossos maridos e mulheres são fiéis? Constantemente? Nossos amigos, será que podemos contar com eles na hora H? E assim vai destrinchando meticulosamente nossa mente em busca dessa segurança última, que seria no caso a primeira, mas como conciliar a virtude de nosso tempo, a individualidade, com a confiança, que significa comunhão? Falta comunhão, entendimento e compreensão, assim como sobram dúvidas e incertezas. Aglomeramo-nos em grandes cidades onde não conhecemos ninguém além da ínfima quantidade de amigos e parentes que temos. O jornaleiro, o vendedor de balas, o florista, ou até nosso vendedor preferido daquela loja de roupas, não existem mais, não por nossa incapacidade de criar laços com eles, mas por estarmos inseridos nesse mundo onde mudanças constantes são constantes. E o vendedor do mês passado mudou de emprego, o florista faliu pela baixa quantidade de flores que vende, e um outro surgiu em seu lugar, recebemos nossos jornais e revistas em casa, e assim vamos nos distanciando do mundo que vivemos, não o mundo inteiro, mas o mais imediato. E se essa separação é sentida e absorvida por nós, outra muito mais grave é conseqüência direta, nossa incapacidade de sentir que todos os males do mundo é, também, de nossa responsabilidade.
A regra do mundo é uma só, há gente demais e recursos de menos. Nossa virtuosa modernidade só pode existir com essa condição, apenas para poucos. Se a modernidade chegar para todos o planeta em que a modernidade se constrói é destruído e aniquilado. Estima-se que apenas 10% da população mundial usufrua de uma qualidade boa de vida onde se tem acesso as coisas mais corriqueiras como carros, televisões, apartamentos (Sejam alugados ou comprados), água encanada e potável, eletricidade, telefone e segurança, tendo acesso à educação, e baseado nisso vemos que os recursos do planeta, veja os mais recentes relatórios europeus sobre o aquecimento global, já são insuficientes para garantir essa qualidade a menos da metade da metade da população mundial, ampliando nossa modernidade a todos os cidadãos do mundo ele colapsa. Só podemos sobreviver em nossos lares com ar condicionados se o restante da população mundial sofrer privações sub-humanas, e essa realidade tão crua e dura como é, é escamoteada pela rede de espetáculos que temos, e pela constante marginalização daquelas mesmas pessoas que só são marginais, pois somos como somos e vivemos como vivemos. O preconceito racial é cada vez mais elevado a preconceito sócio-econômico e se temos uma ditadura gramático-linguística que desqualifica os mal-falantes de nossas línguas como pessoas de outro mundo, eles ainda tem que recorrer ao trabalho semi-escravo para sobreviver, repito, sobreviver, coisa que está um tanto além da vida, é uma sobre-vida essa sobrevivência.
Infelizmente nossos professores são tão humanos e normais quanto nós, e se vemos uma porção de pessoas racistas, intolerantes, religiosamente fanáticas, e seres humanos de segundo escalão, são eles que vão (des)educar nossas próximas gerações, pois não são só professores, mas pais. O velho ditado já dizia "pais criam pais". Não há uma preocupação latente dos pais de criarem filhos melhores que eles, mais valorosos, eles se contentam em pagar as contas e colocar os seus filhos em "ótimas" instituições de ensino. O valor moral, as qualidade humanas, eles aprendem conjuntamente com seus amigos, na escola, discutindo sobre os programas e filmes que vêem e absorvendo muito pouco dos professores que, são poucos, tentam passar algum tipo de pensamento verdadeiro à eles. Nossa busca pela felicidade, em nosso completo individualismo, priva-nos cada vez mais de transmitir realmente valores para nossos filhos, pois estamos muito ocupados em tentar garantir que eles sejam felizes, e tenham luz e comida. Além disso, temos todo um conjunto impregnado de medos, e frustrações, acima descritos, que vão ser passados automaticamente para as próximas gerações. E nada melhor do que isso para piorar ainda mais nossa situação calamitosa.
Ao comprarmos engenhocas de proteção e armas, ao blindarmos nossos carros, criarmos sistemas de segurança mais sofisticados, aumentarmos os contingentes da polícia e demais formas de "proteção", fazemos mais nada que exacerbarmos as diferenças e criamos mais tensões. Quanto mais protegidos ficamos, ou pensamos estar protegidos, mais a sensação de insegurança é latente. Como o amante ciumento que quanto mais ciúme tem mais paranóico fica, chegando a níveis ultra-radicais. Esses níveis estão à mostra em nossas sociedades, onde câmeras estão em todos os locais, a vigilância é constante, a vida pública invade, sem pedir licença, a vida particular, e o pior é que ansiamos por isso na mais completa ignorância do que isso vai acarretar no futuro. Pois segurança sem liberdade é tão reprovável quanto liberdade sem segurança. A liberdade termina no ponto em que todas as esferas de nossas vidas terminam por ser monitoradas. Onde dar um tapa no filho como punição para um ato idiota é visto pelas outras pessoas como uma maldade passível de processo público, a coisa toda desmorona. Quando vemos, na televisão, dicas de como cuidar os nossos filhos, quando deixá-los sair à rua, quanto e como conversar sobre sexo, essa invasão do jeito de se educar alguém é o preparo perfeito para que o liberalismo, que começou na economia, invada também os lares que brevemente se desfacelarão perante à regra global do individualismo. Quando vemos casais que, embora casados, mantenham cada um a sua casa, vemos o quão longe esse pensamento pode chegar a vias de ações práticas. Os vínculos desmoronam e o viver com-junto, perde sua metade e passa só ao viver com. Viver com não necessariamente deixa implícito o "junto", e se mesmo casadas pessoas passam a ter seus próprios espaços, em épocas de liberalismo com pensamento moral e espiritual isso poderia significar a mais alta realização do espírito humano, infelizmente em nossos tempos de globalização da individualização, do enfraquecimento dos laços patriotas, e da cidadania atrelada ao consumo, só podemos presumir que é o maior alcance da incapacidade humana em se relacionar conjuntamente. Nossa comunhão (ou a capacidade dela) foi para o espaço, assim, como lá, estão os satélites que nos localizam a qualquer hora em nossos celulares, eternamente ligados e prontos para nos facilitar a vida. Deixando em segundo plano, nosso pensamento freqüentemente de que usar o celular é para algum caso de emergência, "se acontecer qualquer coisa...", o pensamento já é natural. O medo de qualquer coisa.
Com o Estado fora de jogo, a economia em ritmo de selva, a vida é imprevisível e por isso mesmo amedrontadora, os laços de comunhão entre as pessoas cada vez mais frouxos e o valor humano em baixa, o que resta é o individualismo temeroso, auxiliado pela mídia que atiça-alivia nosso temores, ao mesmo tempos que consumimos nossa proteção e relacionamentos. Uma inversão há de ser feita, em se tratando de um Estado laico, na nossa filosofia de vida, seriamente, primeiro para começarmos a ver que estamos a ponto de destruir o planeta com nosso meio de vida liberal, segundo que sem valores humanos a tecnologia não é nada, é apenas um mero utensílio que, como qualquer outro, se utilizado sem propósito faz mais mal que bem ao indivíduo e à humanidade. Creio que o único modo de sairmos desse lamaçal sem fim é através do pensamento, pensar como se age, e agir como se pensa. Conhecer-se profundamente é conhecer o outro. Saber-se temeroso é saber que o outro teme. Acabar com os problemas requer ação e pensamento, mas como vemos atualmente todos fazerem, ações descontroladas, sem pensamento algum, valem tanto ou menos quanto o pensamento somente sem ação. Sair do passivimos da imobilidade é tarefa árdua, mas só conseguimos se tentarmos, desliguemos nossas televisões e tratemos de ler mais, não só livros, um blog de uma pessoa pode dizer mais que a notícia de um jornal internacional. Um contato em um chat online pode tranqüilizar mais que uma reportagem sobre os pandas em cativeiro. Saber que os laços humanos só serão restabelecidos quantos os humanos os fizerem. A humanidade não veio pronta é para ser construída diariamente e se a construirmos sem leitura, com muita televisão, sem ativismo, mas muito passivismo, com muito medo e sem coragem alguma, criaremos gerações de pessoas amedrontadas, sem ânimo, consumistas e destruidoras do planeta. Cabe a cada um mudar-se e assim mudar o todo, pois, queiramos ou não (aí está a dor na consciência) somos responsáveis pelo todo.