Vamos conversar?

Porque falam de mim? Se me dei, foi por amor e amor não se discute. Fui a outra, e daí? Ela não soube amar, eu sim. Ela tem o papel, mas, eu o tenho representado. Ah... Mesquinhos esquadrinhadores dos corações alheios, que nada sabem de amar... Como bigornas do inferno, querem imprimir, com a forja da incompreensão, uma dor a mais ao meu destino. E pouco a pouco, me sentenciam ao distanciamento de tudo e de todos. Passo quase imperceptível pelas ruas, sou “a” invisível. Mulher ímpia, desabençoada! Sou? Heim Deus?! Eu, que lavo com beijos sinceros de amor, a face do meu amado? Ela quer o dinheiro. Eu quero o homem. Vamos conversar?