[Armado]

Agora que o tempo passou e que sei que a eternidade não dura para sempre, começo a ver que todo amor que te dei não foi amor.

Foi, sei lá, algo tão forte tão louco e intenso que transpassou as barreiras do amor.

Foi "Eu".

Você me teve, talvez, como ninguém jamais teve a oportunidade (e que sabe nem mais terá!) de ver. Por completo, sem armaduras ou máscaras.

Me teve não só em desejos ou corpo, mas em alma.

Com você pude ver o tamanho de minha alma.

E vi em quantos pedaços ela pode ser dizimada quando ferida.

Agora que acabou, não lhe deferirei culpas e nem me preocuparei procurando explicações ao inexplicável (sei que já disse isso).

Acabou.

Voltei ao que era só que melhorado, ferido, mas melhorado.

Vesti de novo minha pesada armadura que, nas palavras de meu professor de educação física, ataca mais do que defende.

Bem, a batalha recomeçou.

Boa sorte, pois eu estarei aqui sempre.

E se nossos caminhos, de novo, se cruzarem não exultarei em atacar.

Tiago Marques
Enviado por Tiago Marques em 16/02/2008
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