Essa tal felicidade.

(A problemática de existir e amar)

Me diz qual o teu problema...

Me conta.

Fala;

Se abre comigo.

Expele esse câncer que te aflige.

Me dá uma luz.

Me fala, qual teu problema?

Por que não gosta de mim?

Por que me repele tanto?

E, quando vem, por que me adoça a boca, sacia o sexo, desperta desejos, acaricia, abraça, afaga, morde, torce e quando tô gostando... Vai!

Me diz qual teu problema!

Joga na minha cara o motivo de vir assim tão “de vez em quando”!

E de me enlouquecer toda vez que falo ao telefone.

Não me mata de esperanças, fala!

Vomita no meu rosto a razão de ser tão má!

Joga, se diverte com o motivo, dança em meu funeral.

Diz!

Me conta, por favor, a lógica de ser tão distante e necessária tua voz.

Grita aos ventos teus motivos.

Que eu grito aos céus a minha dor.

E te peço, baixinho, mais uma vez:

Diz qual o teu problema?

Será que tua existência é a resposta.

Que você nasceu pra ser uma “menina problemática”?

Uma coisa é certa.

Mesmo você se recusando a compartilhar suas razões comigo, me deixando doido, cobrindo de sarcomas e fazendo perder os sentidos, eu te amo.

Não sei como seria sem você.

Hoje existo de tua companhia distante.

Viciei.

E mesmo tão longínqua e arisca.

Eu ainda te quero:

Felicidade.

Dedicado a _______ Vinícius de Moraes

Tiago Marques
Enviado por Tiago Marques em 09/02/2008
Código do texto: T852551