Tecnologias

Por vezes agimos como tolos.

Desafiando todas essas leizinhas que colocaram por aí sem nos consultar.

E conhecemos centenas de pessoas ao mesmo tempo e em um mesmo espaço.

Todas mentindo suas mais sinceras verdades em busca de tudo.

Amigos.

Amores.

Afagos.

“Afôgos” [gansos afogados]

E o infinito leque de oportunidades que os três dáblios propõem se abre como aquela porta da felicidade que há muito tempo existia num programa de tv.

Eu não fui diferente.

Eu abri a bendita porta, olhei pela fresta e, finalmente, dei um chute. Arremessando-a.

Jogando longe toda barreira que me impeça de olhar.

Apenas olhar.

Por vezes ouvir.

Mas em centemporcentagens vezes, apenas olho.

Muitas coisas agradáveis, que me dão vontade de consumir.

Outras tão mais repugnantes, que me dão curiosidade de mais olhar.

Umas de tão comuns, passam despercebidas.

Algumas de tão exibidas, passam às vezes de comum.

E me comunico com elas. Posto em uma bandeja de prata minha cabeça, arrancada a próprio punho, para apreciação.

É bom se exibir.

Mas, alimentar o ego com comida de vento não leva a lugar algum.

Se deve ter, por demasiado, cuidado com as tecnologias.

Elas só, supostamente, estão aqui para ajudar.

Tiago Marques
Enviado por Tiago Marques em 09/02/2008
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