Handfasting -
As cordas deslizam em nossas mãos trêmulas,
Tecem promessas que nem os deuses ousam romper.
O vento sussurra entre as folhas douradas,
Como se o próprio tempo nos desse sua bênção.
Tuas mãos seguram as minhas, firmes, seguras,
Como quem encontra o porto após mil mares revoltos.
Respiro fundo, mas o peito transborda,
Porque hoje, amor, somos destino e escolha.
Os fios apertam, selam o que já era certo,
Não é prisão, é liberdade selada na pele.
O nó se forma, não como amarra,
Mas como raiz que finca e jamais desaba.
As palavras falham, a voz vacila,
É o peso de ter esperado por mil vidas.
E agora, diante de tudo, diante de todos,
Apenas tu e eu, desarmados e inteiros.
E quando o dia findar e as velas queimarem,
A corda que une ainda há de pulsar.
Pois não são laços de fibra ou de linho,
São feitos de alma, são feitos de lar.