Sociedade Doente

Os pais que não respeitam os filhos. Pensam que as suas admoestações baseados em suas crenças, hábitos, costumes é a única forma de viver e estar no mundo e a colocam como suprema; única, verdadeira. Os filhos que não respeitam os pais, e que pôr rancor as pressões que sofreram ou sofrem ainda ultrapassam o limite da rebeldia.

O grande que ignora o pequeno ou o pequeno que desconsidera o grande.

Pai que mata filho, filho que mata pai, mãe, avós e todo mundo que tiver pela frente.

Um degenerado que, por problema psicológico, psiquiátrico ou por uso de drogas pega o carro e entra na contramão de uma grande rodovia e causa um grave acidente.

Um “louco” que pega um carro e sai atropelando ciclistas.

Um desequilibrado que pega um revólver e mata crianças e adolescentes na escola.

Um alucinado que sai atirando em todos em uma sala de cinema.

Uma criança de 10 anos que atira na professora e se mata logo em seguida; caso que ocorreu em São Caetano do Sul (SP) em 2011.

O pai que coloca a camisa do Corinthians em seu filho de 6 meses, achando aquilo o máximo e pensando que têm o direito de escolher o time que seu filho vai querer torcer quando crescer.

Os pais que colocam brincos, correntes e outros acessórios reluzentes que envaidecem os olhos e os egos de seus filhos ainda pequenos e acham ruim quando eles levam uma vida de ostentação banhada em esnobação, quando adultos.

Os pais que se irritam facilmente com os filhos porque eles estão fazendo muita “bagunça”, sem levar em conta que, o desenvolvimento humano é composto por fases, e apesar de algumas limitações se fazerem necessárias, o processo natural a eles passará.

Os pais que pressionam seus filhos para que eles sejam o Superstar, o camisa 10 da escola.

Os pais que seguindo o regramento, as exigências do mercado capitalista que estamos todos envolvidos - exigem, sonham que seus filhos sejam gênios, superdotados, seres humanos de alta performance. Me desculpe, mas não aguento tamanha hipocrisia.

A escola que elege o melhor aluno.

A empresa que elege o melhor funcionário do mês.

A mídia que elege o “rei” de um determinado gênero musical, do futebol, de uma marca. Ou seja, a mídia que por interesses mesquinhos, obscuros e megalomaníaco nomeia uma pessoa, organização, instituição, empresa, etc., como Top da galáxia, sem o ser quando observado e analisado criticamente.

O aluno que espera que seu professor seja o máximo, o professor que anseia que o aluno corresponda o mínimo, e ambos por entorpecimento mental não entendem os espaços e as limitações de ambos.

A pessoa que supostamente estudou nos melhores locais durante a mocidade, mas não têm base/experiência/vivência nenhuma para adentrar no mercado de trabalho, pois esse não dá a mínima condição para que isso ocorra com facilidade.

Veja bem, o que escrevi até agora é apenas um conjunto de palavras que tecem entre si, e por assim ser, elas me levam a pensar que estamos vivendo num mundo extremamente superficial, ilusório, vazio e cheio de pompas que pouco parece se importar com as causas e consequências da vaidade, orgulho e egoísmo, tripé este que, a meu ver, tem nos levado a ser o que somos no prezado momento: -Uma sociedade doente. É o que penso.

Marco Bueno